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CDD 027.625
CDU 027-053.7
A BIBLIOTECA POBLICA
PÚBLICA E 0 MENOR CARENTE
Marli Mira Hoeltgebaum
Bibliotecária - Biblioteca Municipal
l^nicipal
de Guaianazes
CRB /8a./ 1.707
RESUMO
Estudan-se casos com base na experiência profissional em Biblioteca PúEstudam-se
blica Infanto-Juvenil de bairro menos favorecido social e economicamente,
na periferia leste do Municipio
Município de São Paulo. Nestes bairros a assistência
ao usuário (real e potencial) apresenta características que exigem do bibliotecário, alêm
além dos serviços tradicionais de atendimento e referência
,
compreensão global dos aspectos sociais da comunidade, maior envolvimento
pessoal e interação
interaçao com entidades várias, para encaminhamento e auxilio.
Questiona-se o relacionamento "bibliotecário-consulente" em termos
de
envolvimento pessoal, visando encontrar soluções para os problemas dele
decorrentes.
Expõe-se as conclusões e recomendações referentes aos casos estudados.
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1 INTRODUÇÃO
Públicas de zoO atendimento ao usuário infanto-juvenil nas Bibliotecas Publicas
nas menos favorecidas social e economicamente apresenta muitas vezes problemas característicos, que serão percebidos através do estudo de casos.
Tais problemas devem ser objeto de estudo e pesquisa, devendo-se questionar
até que ponto a Biblioteca Pública ié capaz de prevenir males sociais em se
tratando de cianças e adolescentes e que tipo de assistência devem prestar
a esses usuários, além daquela que já é prestada.
2 ESTUDO DE CASOS
Os casos aqui apresentados ocorreram durante o nosso exercício profissional na Biblioteca Infanto-Juvenil de Guaianazes, situada na periferia
leste do Município de São
são Paulo. (1)
Foram selecionados 3 casos, considerados de maior interesse humano e
mais representativos de características pertinentes a muitos outros, pois
fatos semelhantes ocorrem diariamente em várias Bibliotecas brasileiras,
particularmente na periferia dos grandes centros urbanos.
Caso A - Data da ocorrência - janeiro de 1978
Estando a bibliotecária em sua sala, entrou um menino e perguntou se era ali "que batiam ã máquina". Convidou-se-o a entrar, explicou-se-lhe
e
mostrou-se-lhe a Biblioteca. Conversando, soube-se que havia estado num
bairro relativamente próximo, tratando de obter carteira profissional; ali,
provavelmente por falta de informação, mandaram-no ã Biblioteca para preenchimento dos papéis. Ignorava completamente o convênio existente desde
(1) Para maiores informações sobre a populaçao de Guaianazes, ver anexo 1
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1976 entre a Secretaria do Bem-Estar Social do Estado e a Secretaria do
Bem-Estar do Município, que criou a Central de Documentação; esta funciona
no DAIS (Depto. de Amparo e Integração Social) e fornece todo tipo de documentos e orientação, visando encaminhar para um trabalho regular.
Conscientes de que tomara duas conduções e muito andara, preenchemos os
papéis para ele; ficamos informados de que se tornara, aos 12 anos, arrimo
de familia, por abandono de pai. Pesada carga, para 12 anos. Não
Mão é de admirar que não soubesse o que era uma Biblioteca. Ficamos seu amigo; foi
convidado a tomar café na Biblioteca, estimulado em seus projetos. Pedimoslhe que voltasse quando conseguisse a carteira profissional. Voltou com esta catorze dias depois. Damos-lhe os parabéns, encapamo-la com plástico para ele e convidamo-lo a voltar quando conseguisse emprego. Insistimos em
que voltasse aos estudos, pois cursara apenas a 4a. série do 19 grau, constituindo parte da grande porcentagem dos que abandonam a escola por necessidade de trabalhar, era
em São Paulo e no Brasil. (1) Encaminhava-se, talvez,
para um sub-emprego onde seria explorado por terceiros; um passo em
era direção
ã marginalidade.
Caso B - Data da ocorrência - janeiro de 1979
Tivemos uma tarde nossa atenção despertada por 2 meninos que brincavam
ruidosamente no saguão da Biblioteca. Nõs
Nos os chamamos, convidamos a entrar
em nossa sala e, conversando, ficamos sabendo do seguinte: tinham ali vindo por terem sabido, através de colegas, que na Biblioteca havia Livros
(1) HOELTGEBAUM, Marli Mira. A Biblioteca Publica
Pública e a Periferia
pio de Sao Paulo: um roteiro de atividades em benefício
In: ASSEMBLÉIA DAS COMISSÕES PERMANENTES DA FEBAB, 4a.,
1978. Anais da 4a. Assembléia das Comissões Permanentes
São Paulo, 1979, V. 2, p. 324-342.
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do Municido usuário
usuário.
São Paulo,
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que podiam ler sem pagar e uma sala de artes onde se podia pintar, desenhar,
etc. Ao entrar, tinham sido atraídos pelos objetos decorativos expostos na
vitrina do saguão.
saguao. 0 mais velho, João, 13 anos, era o que se podia realmente chamar de criança abandonada; havia sido expulso da escola no ano anterior, cursando a 3a. série do 19 grau, por briga entre colegas. Â
à nossa
pergunta, sobre se seus pais não tinham ido iã escola tratar de sua readmismãe o abandonara ã muitos anos e que o pai vivia emsao, disse-nos que a mae
briagado, raramente parava em casa e jamais fora ã escola saber dele. Revelou curiosidade e interesse pelos Livros, que escolheu livremente. Damoslhe também jogos para montar e ficou entretido, atenta e silenciosamente,
por mais de duas horas. Mais tarde foi-lhe dado dinheiro para que comprasse
doces e convidado a tomar café na Biblioteca. Voltou logo com o troco certo.
Estava inibido. Jamais havia tomado café numa xícara antes. Repetia constantemente que estava com vergonha. A certa altura, voltou-se para nós e
disse: "tá
"ti tudo muito bom, mais amanha eu não
nao volto mais aqui". Ao nosso
pedido de explicações, disse-nos uma das melhores coisas que ji
já ouvimos no
exercício de nossa profissão: "Porque eu fico gostando muito da senhora".
Caso C - Data da ocorrência - janeiro de 1979
Chegou uma tarde com um colega; chamava-se Antônio. Notou-se logo que
tinha grande dificuldade em entender e esquecia quase tudo o que se lhe dizia, exigindo cuidados médicos. Tinha 11 anos e uma dolorosa consciência de
suas deficiências. Depois de repetir 3 vezes a la. série do 19 grau, fora
recusado pela escola. Constituía, assim, um dos 10 milhões de excepcionais
no Brasil,segundo levantamento feito pela Unesco em 1975, dos quais apenas
96.413 recebem assistência educacional. (1) Também a ele e a seus colegas
(1) Por excepcionais entendemos: deficientes fisicos, mentais, de audição,
visão, deficientes com problemas de conduta e superdotados.
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foi'prestada
foi prestada toda a assistência que era possivel e explicada a Biblioteca.
Em relação a esta explicação, espero que nossos atos o tenham feito melhor
que nossas palavras.
3 INTERPRETAÇÃO
Os casos expostos são apenas alguns exemplos isolados de uma conjuntura
social muito mais ampla, que revela claramente alguns fatos:
fatos;
3.1
Desconhecimento da Biblioteca por parte do usuário em questão.
(Periferia leste do Municipio de são
Sao Paulo)
3.2
Crueza dolorosa dos fatos sociais:
3.2.1
Econômicos - Miserabilidade, Desemprego.
3.2.2
Culturais - Analfabetismo, Falta do hábito de trabalho. Desconhecimento de leis. Instituições, etc.
3.2.3
Familiares - Má estrutura da familia. Desorganização familiar. Falhas
no processo educativo. Abandono dos filhos.
3.3
Carência afetiva, bloqueio da afetividade pessoal; inibições; Autodesvalorização.
3.4
Ânsia de saber e progredir, revelada espontaneamente pela procura da
Biblioteca e pela tentativa de obter carteira profissional.
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Resultados positivos alcançados através de um maior envolvimento e
interesse pessoal demonstrados na Biblioteca.
4 CONSIDERAÇÕES
0 perfeito conhecimento da comunidade e o relacionamento a manter com o
usuário, seja este real ou potencial, éi especialmente importante para o bibliotecário que lida com crianças e adolescentes desfavorecidos do ponto de
vista sõcio-econômico.
sócio-econômico. EÊ preciso lembrar que estes;
estes:
4.1
Trazem em si todos os valores e padrões
comportamentais da comuni-
dade a que pertencem. 0 desconhecimento desses valores e padrões,
mesmo parcial, afetará negativamente os serviços a eles prestados.
4.2
Tem fontes adultas menos potentes em termos de calor e apoio em casa e por isso sao
são mais dependentes e mais influenciáveis por adultos .
4.3
Transferem as atitudes e reações aprendidas a um determinado estímulo a outros considerados semelhantes.
4.4
Levam desvantagem na realização
realizaçao de tarefas e pesquisas na Biblioteca por vários motivos:
4.4.1
Possuem limitações no que tange a habilidade linguísticas e cognitivas .
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4.4.2
são, eles e seus pais, menos motivados e tem menos aspirações por realizações escolares.
4.4.3
Fazem da Biblioteca um conceito e uso inadequado, pois que esta nunca
foi parte de suas necessidades.
4.4.4
Tem sentimentos de inadequação
inadequaçao e auto-conceito diminuído, resultante
das dificuldades que encontram e dos sentimentos de não
nao "pertencer" a
um ambiente social caracterizado por objetivos e códigos de conduta
diferentes dos seus.
4.4.5
Sofrem, muitas vezes, de alguma deficiência (auditiva, visual, motora, etc.) e nem sabem di^o.
Devemos questionar até que ponto a Biblioteca é capaz de prevenir males
sociais em se tratando de crianças e adolescentes e que tipo de assistência
se deve prestar a elas, além da que damos. 0 menor marginalizado Eé problema
de todos, da Biblioteca também.
nao se ignora que o volume de tarefas que cabe ao bibliotecáEntretanto, não
rio êé muito grande e o tempo limitado. Uma cooperação ativa com entidades
assistenciais para encaminhamento e auxílio seria o ideal, incluindo assistência médica, psicológica, etc., segundo a necessidade. Porém, sendo o Brasil um país em desenvolvimento, que enfrenta grandes dificuldades e onde a
assistência social é ainda insuficiente, Eé nossa obrigação moral contribuir,
dando um apoio total ao menor carente. Este necessita mais do que informação
e lazer; necessita recuperar seu amor-próprio, sua confiança no ser humano e
sua capacidade de amar. 0 interesse pelo indivíduo, a compreensão dos seus
problemas, a orientação e, se possível, o encaminhamento, por parte do bi-
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bliotecãrio, a alguma entidade assistencial, podem ser auxiliares poderosos
na prevenção da deliquência juvenil-
5 CONCLUSÕES
0 menor carente, usuário de nossas Bibliotecas Públicas em zonas menos
favorecidas social e economicamente, muitas vezes nao se encontra em condições de assimilar e usar a informação procurada, por deficências várias. 0
bibliotecário chamado a trabalhar com esse usuário deverá estar habilitado
a perceber casos problemáticos, a dar-lhes assistência biblioteconômica adequada e a encaminhamento, se possível, para auxílio especializado.
6 RECOMENDAÇÕES
6.1
Que se dê maior ênfase, no currículo das Faculdades de Biblioteconomia, ãs matérias de formação
formaçao humanística.
6.2
Que os bibliotecários se mantenham atualizados acompanhando os estudos e pesquisas acerca de crianças e adolescentes nas áreas das
Ciências Sociais, para poder reconhecer, entender e assistir os usuários portadores de deficiências e problemas.
6.3
Que a Biblioteca esteja em permanente contacto com os órgãos governamentais e entidades encarregadas da assistência social para encaminhamento e ajuda.
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Que os bibliotecários concursados sejam submetidos a teste de apti-
6.4
6.A
dões, para maior eficiência no trabalho e satisfação pessoal.
ABSTRACT
Case studies based on professional experience in children's and juvenile
departments of public libraries in the socially and economically poorer sections of the city of Sao Paulo, where assistance to users presents characteristics which require not only the traditional services
Services to readers but also
a greater understanding on the part of the librarian of the various social
aspects of the comunity, as well as a graeter personal involvement.
Aspects of assistance to these readers (actual and potentional) and the
necessity and importance of the interation of social groups that provide assistance, are among the other subjects treated.
The relationship "librarian-reader" is viewed in terms of personal involvement,
looking to Solutions
solutions to current problems.
Conclusions and recommendations concerning the study of these case studies are presented.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÄFICAS
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ANEXO 1
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(1) Dados obtidos no Depto. de Estatistica da Secretaria da Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.
Media da renda familiar mensal e estimativa da renda per capita. (1) Ano base - 1972
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
CBBD - Edição: 10 - Ano: 1979 (Curitiba/PR)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1979
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiriba (Paraná)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
A biblioteca pública e o menor carente
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Hoeltgebaum, Marli Mira
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Curitiba
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Bibliotecária do Paraná
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1979
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Subject
The topic of the resource
Bibliotecas Públicas
Description
An account of the resource
Estudam-se casos com base na experiência profissional em Biblioteca Pública Infanto-Juvenil de bairro menos favorecido social e economicamente, na periferia leste do Município de São Paulo. Nestes bairros a assistência ao usuário (real e potencial) apresenta características que exigem do bibliotecário, além dos serviços tradicionais de atendimento e referência, compreensão global dos aspectos sociais da comunidade, maior envolvimento pessoal e interação com entidades várias, para encaminhamento e auxílio. Questiona-se o relacionamento "bibliotecário-consulente" em termos de envolvimento pessoal, visando encontrar soluções para os problemas dele decorrentes. Expõe-se as conclusões e recomendações referentes aos casos estudados.
Language
A language of the resource
pt