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http://repositorio.febab.libertar.org/files/original/21/2077/Febab_C_B_B_D_V_I_Joao_Pessoa_23.pdf
c9482a06c51231c0feceb409f05be43d
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CDD
027.4813
CDU 027.4(813.4)
BIBLIOTECAS PÚBLICAS NA PARAÍBA: UM DIAGNOSTICO
Maria Neusa de Morais Costa
Profa. Assistente do Departamento de
Bi
blioteoonomia e Documentação do Centro diê
blioteaonomia
ãê
Ciências Sociais Aplicadas da. UFPb .Assoei^
,Assooia_
ção Profissional de Bibliotecários
Bibliotecárijos da
Pa
P£
raiba.
raíba. Associação de Bibliotecários
do
dõ
Distrito Federal e CRB-4.
Analisa-se a situação das bibliotecas públicas do Esta^
Esta
do da Paraíba, enfocando os aspectos referentes a
re
cursos humanos, recursos financeiros, recursos
mate
mat£
riais, nível organizacional e localização geográfica .
Sugere-se, com base na atual precariedade de condições,
devido ã falta de apoio governamental, a participação
de cada comunidade como força de pressão para desenc^
desenca
dear o processo de mudança a nível municipal.
INTRODUÇÃO
A informação assume, atualmente, importância vital para
o progresso da civilização. Entretanto, não há ainda,
por
parte dos governos, a consciência de que é de sua responsabil^
responsedail^
dade coletar, organizar e disseminar informações de todos
os
tipos, de modo a que todos os indivíduos possam participar do
processo de desenvolvimento do pais.
país.
Inexistência de políticas nacionais vo^
Disso resulta a inexistência
tadas para o desenvolvimento das infraestruturas necessárias ao
347
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11
12
13
�planejamento e execução dos serviços de informação e bibliote
ca.
0 Estado da Paraíba reflete essa situação geral, sobre
tudo, na ârea
área de bibliotecas públicas onde, apesar da iniciat^
va do INL em criar um Sistema Estadual de Bibliotecas,elas con
tinuam sem o apoio governamental e sem exercer qualquer papel
tlnuam
na vida informativa, cultural, educacional e social da comun^
dade paraibana.
0O presente trabalho tem por objetivo analisar a situação das bibliotecas públicas da Paraíba e, a partir dela, apre
sentar sugestões que possam modificar a situação vigente.
Na realização deste trabalho, foi utilizado um levanta
mento feito pelos alunos do Curso de Mestrado de • Bibliotecono
Bibllotecono
mia da UFPb, em agosto de 1979, que atingiu 66 das 83 biblio
blblio
tecas públicas existentes no Estado (79,5%), abrangendo 11 mi
crorregiões das 12 em que se distribui o espaço territorial da
crorreglões
Paraíba.
Essa análise se efetivou a partir dos fatores comumen
te apontados na literatura corrente como responsáveis pelo de
sempenho das bibliotecas, a saber: recursos humanos, recursos
financeiros, recursos materiais, nível organizacional e locall
locali
zação geográfica.
1 - CARACTERIZAÇÃO SUMARIA
SUMÁRIA DO ESTADO DA PARAÍBA
Conforme concenso geral, compete ã biblioteca um papel
dinâmico, criativo e transformador dentro da comunidade ã qual
pertence, ao mesmo tempo, em que recebe dela influências llm^
limi
tativas ao seu pleno desempenho. A biblioteca deve ser encara
tatlvas
da como uma célula viva em permanente interação com o organis
organls
mo social no qual está Inserida.
inserida. Ao avaliar, portanto, o
de
sempenho das bibliotecas públicas da Paraíba, é indispensável
ter-se em conta o quadro sóclo-econômlco
sõcio-econômico que compõe a realida
348 _
cm
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�de estadual essencialmente marcada de pobreza e desafios.
E a partir dessa lógica que se apresenta uma caracteri
caracter^
zação sumária do Estado da Paraíba nos aspectos mais
relevan
tes e que, direta ou indiretamente, mantém certa relação com a
função da biblioteca pública.'
- territorial da Paraíba mede 56.372 Km2 ,
A extensão
o
que representa, apenas, 3,5% do território compreendido pela
Região Nordeste.
Em 1980, registrava-se uma população de 2.772.571
2,772.571 habi
hab£
tantes, com uma taxa de incremento anual de apenas 1,52% no pe
ríodo 1970/80.
riodo
A partir dos dados censitários, detecta-se que a Paraí
ba sofreu um intenso fluxo migratório, quer interno, no senti
do rural-urbano, quer, principalmente, pela transferência
de
sua população do âmbito do Estado para outras regiões do país,
notadamente, o Centro-Sul. Em relação a esse fenômeno, a
es
e£
tatística censitãria constata uma intensa drenagem da
tatistica
popula
ção ativa para outros centros, em decorrência da pouca oportu
nidade de emprego ofertada por uma economia, visivelmente, em
declínio, a partir dos anos sessenta.
No balanço das trocas populacionais, no penúltimo
re
censeamento, a Paraíba exibia o segundo maior saldo negativo
dentre os Estados do Nordeste, expresso por uma taxa de 20,8 %
sobre a população presente. Estima-se que já existam cerca de
800.000 paraibanos fora da terra de origem. E isto um indica
dor de que escasseiam as oportunidades de sobrevivência no Es
tado, confirmado, inclusive, pela perda de posição em termos
'Nessa caracterizaçao, foram usados os dados
das
seguintes
obras :
1. FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PLANEJAMENTO DA PARAÍBA.Coordena
doria de Estudos e Pesquisas. Estudos básicos para
o planejamento estadual. João
Joio Pessoa, 1979. v. 2.
2. PARAÍBA. Governo do Estado. Secretaria do Planejamen
to e Coordenação Geral. Plano de ação
açao do
governo
da Paraíba - PLANAP. João
Joao Pessoa, A União,
1980.
14 6 p .
146
349
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�de renda "per oapita"
capita" que, em 1950, era maior que a do Norde£
te e, já em 1975, representava apenas 73% da registrada para a
região.
Por outro lado, a distribuição de renda apresenta-se,
cada vez mais, assimétrica. Com efeito, o rendimento mensal
familiar estava, em 1970, abaixo do salário mínimo para
68%
das famílias, enquanto apenas 2% se situavam nonivel
no nível de rendimento superior a 7 salários mínimos.
Nessa realidade, em que a atividade agrícola tem peso
substancial na formação da renda interna do Estado, ê importan
te evidenciar que a tendência concentraclonista
concentracionista de renda tam
bém êé espelhada pelo comportamento da estrutura fundiária. A£
sim, o índice de GINI^ que expressa a concentração da
terra
era de 0,792, em 1970, e já atingia 0,814, em 1975.
Enquanto
isso, o tamanho médio dos estabelecimentos menores de 100 hec
tares diminuía de 3,2 para 2,7 ha, ao tempo em que o tamanho
médio dos grandes estabelecimentos aumentou de 727,4
para
1.864,8 hectares.
Uma das vias, através das quais se realiza o processo
de ascensão social das pessoas, é a educação. No Estado da Pa
raiba, os programas educacionais estão muito longe de desemperaíba,
nhar esse papel, ou seja, o de tornarem a estrutura social mais
permeável aos estratos que se situam na base da pirâmide
so
ciai.
Alguns indicadores podem ser utilizados com vistas
evidenciar esta assertiva.
a
Com efeito, no período 1970/77 não ia além dos
dois
terços a população de 7 a 14 anos, que teve acesso ã escola.
Com referência ã evasão, constata-se que, da 1- para a
2- série do 19 grau, registra-se um índice acima de 50%. Há in
*0 índice GINI representa o grau de concentração de proprie^0
dade da terra. Quanto maior se apresenta este índice-,mais
assimétrica é a distribuição da terra, isto é, poucas pes
soas com muita terra e muitas pessoas com pouca terra.
350
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�dlcações que levam a acreditar que esse fenômeno está ligado,
dicações
além da situação de emprego e renda familiar, a
outros fato
res impeditivos, como "inexistência de vagas nas escolas,incom
patibllldade
patibilidade entre o ano agrícola e o ano escolar,
migração
sistemática dos trabalhadores e suas famílias, a
inadequação
curricular, etc."’
A deficiência do setor educacional se reflete, também,
no nível de rendimento escolar dos alunos expresso por uma ele
vada taxa de repetência que, na zona rural, chega
a atingir
es
74,8%. Esse rendimento pode ser explicado pelo fato de os e^
tudantes, além de submetidos a um regime permanente de s\A>nusubnutrição, estarem sujeitos a um currículo inadequado
trlção,
Inadequado e a uma si
s^
tuação de quase total inexistência de material didático.
Por outro lado, o nível de qualificação do professora
do está multo
muito aquém da exigência mínima que se pode
esperar
do papel a ser desempenhado por um professor. Mais da
metade
dos docentes pertence âã administração municipal e desses ape
nas 8% têm o 19 grau completo.
Com relação ã alfabetização de adultos,
tomando
o
MOBRAL como referência, parece ter havido um declínio no desem
penho desse programa, a julgar pela taxa de aprovação
que,
em 1971, foi de 52% e, já em 1977, decresceu para 38%.
A saúde pública, na Paraíba, apresenta aspectos repre
sentatlvos do baixo nível de renda e do baixo nível
sentativos
educacio
educado
nal da população.
Em 1975, o coeficiente de mortalidade por 1.000
hab^
tantes se situava em 13,0, no Estado,contra 11,8 no Nordeste .
Na faixa de 1 a 4 anos, a mortalidade era de 15,8, slgnificat^
significat^
vamente, acima do Nordeste que no ano de referência, foi de,
apenas, 8,6. Já os óbitos de pessoas menores de um ano conf^
cond
guram, nesse mesmo ano, um coeficiente de mortalidade infantil
’FUN0AÇÃ0
’fundação instituto de planejamento da paraíba. Coordenadoria
de Estudos e Pesquisas. Estudos básicos para o planejamen
planejaraen
to estadual. Joao Pessoa, 1979. p. 78.
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�na ordem de 70,81. Essa alta taxa de mortalidade é influencia
da, basicamente, por ocorrência de enterites e outras doenças
diarrêicas, causas perinatais e pneumonia.
diarréicas,
Ê, portanto, nesse contexto de problemas econômicos e
sociais tão complexos que se localizam as bibliotecas, cuja s^
sl^
tuação se passa agora, a analisar,
analisar.
Como já foi mencionado, a unidade amostrai do trabalho
cada uma das 66 bibliotecas estudadas e que
foi constituída de cada-uma
representam 79,5% do universo de bibliotecas públicas do Esta
do da Paraíba.
Tenta-se aqui, esboçar o perfil da amostra selecionada,
mostrando como se apresenta ela do ponto de vista de cada um
dos fatores básicos considerados capazes de interferir no
de
sempenho das bibliotecas públicas.
2 - RECURSOS HUMANOS
Do ponto de vista dos recursos humanos, verificou-se ,
nas 66 bibliotecas visitadas, um total de 175 pessoas ocupadas
de acordo com a tabela abaixo:
TABELA 1
PESSOAL OCUPADO NAS BIBLIOTECAS POBLICAS, SEGUNDO O NlVEL DE
INSTRUÇÃO — ESTADO DA PARAIBA — 1979
Nível de instrução
Superior
29 grau
19 grau
Sem instrução
TOTAL
N9 de pessoas ocupadas
% sobre o total
Total
6,3
38.4
44.5
10,8
100.0
11
67
78
19
175
Verifica-se, de acordo com a tabela acima, que o maior
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*
�número de pessoas tem o curso de 19 grau.
Quanto ao pessoal de nível superior, está localizado em
7 das 66 bibliotecas, havendo maior concentração na Biblioteca
Pública Estadual de João Pessoa. Vale esclarecer que nem todo
pessoal de nível superior, que atua nas bibliotecas públicas do
164
Estado, tem o Curso de Biblioteconomia, e que 72,7% das
pessoas de nível não superior não tiveram qualquer treinamento
específico para atuar nas bibliotecas.
especifico
0 quadro, que ora se esboça sobre a realidade paraibana, demonstra claramente que é critica
crítica a situação das biblio
tecas do Estado, em termos de recursos humanos. Há deficiin
deficiên
cias quantitativas (em 19
1970
70 havia um "deficit"
"déficit" de 1'69 bibliotecariod’ e qualitativas.
tecáriod’
Os treinamentos levados a efeito pelo INL e Secretaria
da Educação e Cultura do Estado não têm conseguido mudar essa
feição, em 19 lugar, porque, de modo geral, o pessoal que vem
participar desses treinamentos não é submetido previamente
a
qualquer critério de seleção pelas prefeituras e, em segundo ,
é grande a mobilidade funcional: as pessoas treinadas
pelo
PROTIAB não são mantidas pelas prefeituras, sobretudo, por im
■plicações
■plicaç5es financeiras e polltico-partidãrias.
político-partidárias.
Uma consequência grave dessa situação éê o desconheclmen
to quase total da função da biblioteca e a dissociação comple
ta entre o pessoal ali existente e a realidade sobre a qual de
ve influenciar. Isso se reflete na sua preocupação maior,qual
seja, a de "comprar livros" para os possíveis leitores, quando
a sua clientela potencial é constituída de elevado número
de
analfabetos e, dessa forma, deveria ser alcançada através
da
prestação de outros serviços. Há um desconhecimento quase to
tal das necessidades da comunidade. Os seus problemas
funda
mentais, como analfabetismo, subnutrição, condições precárias
de saúde, elevada mortalidade infantil, além de outros,
são
biblibliot e'‘CUNHA, Murilo Bastos da. Necessidades atuais de biblibliote‘‘CUNHA,
cãrios no Brasil. Revista de Biblioteconomia de Brasília^
Brasília,
2(l):15-24, jan./jun. 1974.
353
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♦
�desconhecidos por essas pessoas. Essa desinformação, em ter
mos das ocorrências sociais, econômicas, políticas,históricas
e recreativas locais, leva a biblioteca a uma total alienação
cum
cultural, distanciando-a da comunidade e impedindo-a de
prir a sua função maior, qual seja, a de servir aos seus inte
resses de educação, informação, cultura e recreação.
3 - RECURSOS FINANCEIROS
No que se refere a recursos financeiros, apurou-se que
83,0% das bibliotecas visitadas não têm recursos próprios eque
não há destaque de verba orçamentária específica para as bi
b^
bliotecas públicas, inclusive para a estadual.
Os parcos recursos aí aplicados provêm de verbas
con
signadas no orçamento sob elementos de despesas de denominação
genérica, sem especificação que identifique uma relação direta
com as bibliotecas.
Essa situação provoca seríssimas dificuldades ás
às
b^
bi
bliotecas que ficam impossibilitadas de adquirir, por compra,
qualquer tipo de material, bem como, de promover qualquer ati
vidade informativa, educativa, recreativa ou cultural que
ne
cessite de apoio financeiro.
Se, por um lado, há inexistência e insuficiência de re
cursos internos, por oútro, nunca são procurados os recursos
externos, não apenas pelo desconhecimento que os administrado
tes têm de carreá-los, mas também, pela pouca importância atri^
atri
bulda ã biblioteca.
Dessa forma, ficam as bibliotecas a depender do
grau
de conscientização dos administradores municipais, quanto
ãâ
importância dos serviços bibliotecários. Essa conscientização
quase inexiste e esse fato éê agravado pela incompetência
do
pessoal da biblioteca para conscientizar as autoridades, pela
simples razão de também não estar conscientizado.
354
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�- RECURSOS MATERIAIS
Na análise desse fator, diversos problemas foram cons
tatados. As coleções apresentam sérias dificuldades, como a
pouca existência de periódicos (14,1%) e folhetos (3,1%), oca
sionando, dessa forma, a predominância do livro como material
de leitura num percentual de 82,8%. Esse fato é agravado por
problemas, tais como, coleções estragadas (25,4%),
desatual^
desatuali_
zadas (30,5%), incompletas, difíceis e insuficientes (18,2%).
Ademais, o acervo bibliográfico é constituído por doações, qua
se sempre, do INL e a sua formação inicial permanece como única, até hoje, na grande maioria das bibliotecas. Quando espo
radicamente se adquire, por compra, algum material bibliogrâf^
bibliográf^
CO, com recursos quase apenas das prefeituras municipais, essa
compra éê feita, geralmente, pelo prefeito do município (64,8%),
sem qualquer critério de seleção.
A coleçãc
coleção apresenta, portanto, deficiências quantitati
quantitat^
vas e qualitativas. Com relação ã quantidade, a Paraíba
dis^
dis
punha, em 1974, de apenas 9,73 livros para cada 100 habitantes,®
habitantes/
situação essa que não se acredita haver modificado nas áreas v^
sitadas.
Os esforços encetados pelo INL, no sentido de efetivar
doações anuais às
ás bibliotecas públicas, parecem pouco
contri
buir ã mudança dessa situação na Paraíba, sobretudo, por dois
motivos: não há regularidade nessas doações (não cabe aqui te
cer considerações acerca das causas, embora se tenha
ciência
de que elas se relacionam muito com o comportamento das prefe^
turas municipais) e, de modo geral, os livros doados não aten
dem ã realidade local.
Quanto aos prédios de funcionamento das bibliotecas ,
40,9% pertencem às
ãs prefeituras municipais. Os demais são alu
gados ou constituem dependências de prefeituras e escolas, em
geral, utilizados em forma de cessão. E quando as duas últ^
últi
®McCARTHY, Cavan. Bibliotecas
^McCarthy,
Btbllotkcas Brasileiras; exemplos de dados e
indicadores situacionais,
siCuacionais, elaborados com base em dados do
(mimeografado).
IBGE. Joao Pessoa, s.d. (mlmeografado).
355
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♦
11
12
13
�mas circunstâncias ocorrem, o pensamento corrente é o de que
a biblioteca é uma instituição que existe em função da comuni
dade escolar ou de pessoas da corrente político-partidãria do
prefeito.
As consequências imediatas desse fato são que, quando
a biblioteca se localiza, na escola ela não somente perde
as
suas características de biblioteca pública, como grande parte
da população não a procura, ou por julgá-la como instrumento de
função exclusiva da escola ou pela vaidade de não querer se con
fundir com os escolares.
A situação é ainda mais grave quando a biblioteca é lo
calizada dentro da prefeitura municipal. Nesse caso, a instituição é considerada como um instrumento polltico-partidãrio e,
de modo geral, não apenas, deixa de ser procurada pelo grupo
oposicionista, mas também,
tambim, depreciada através de
comentários
que, cada vez mais, comprometem a sua imagem já desgastada na
comunidade.
Vale, ainda, salientar que ê grande a pobreza em
mos de equipamento e mobiliário.
ter
5 - NÍVEL ORGANIZACIONAL
Os dados estão a demonstrar um nível muito baixo de or
ganização nas bibliotecas públicas da Paraíba.
Em 90,5% das bibliotecas pesquisadas, não há qualquer
estatuto, regulamento ou regimento que disponha sobre as b^
bi
bliotecas e suas atividades.
A primeira conseqüência
conseqflência desse fato está expressa na
indefinição de objetivos para a instituição e, consequentemen
te, na não especificação dos serviços a serem prestados àâ comu
nidade e das atribuições dos funcionários da biblioteca.
O
baixo nível organizacional se evidencia, ainda, na ausência de
planejamento das atividades, o que ocorre em 89,1% das biblio
blblio
tecas.
356
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�näo eleiboram
elciboram relatórios e 71,9%
81,7% das bibliotecas não
não têm qualquer registro estatístico, o que as leva ã imposs^
bilidade de informar sobre circulação, sobre número de
usuã
usuá
rios inscritos, bem como de demonstrar a efetivação de
qua^
quer trabalho.
A inexistência ou deficiência de processamento imposs^
bilita a informação precisa acerca do seu acervo, tanto com re
ferência a número de títulos, quanto de volumes.
Vale acrescentar que há uma ingerência bastante
acen
tuada do prefeito do município nos assuntos pertinentes ã b^
blioteca, tanto nos aspectos administrativos (em 32% das
b^
bliotecas), quanto técnicos (em 13,6%). Em 64,8% das
biblio
tecas visitadas, o prefeito é a pessoa que indica o material b^
bi
bliográfico a ser cortprado
comprado para as bibliotecas quando
quando,esporad^
,esporad^
camente, qualquer aquisição é efetivada.
Esse baixo nível organizacional se constitui, sem dúv^
da, num fator impeditivo ao cumprimento, por parte das biblio
tecas públicas municipais, da função social que justificou a
sua criação.
- LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
GEOGRAFICA
Há dois pontos que merecem reflexão, quanto ã localiza
ção geográfica: um diz respeito ãá associação entre número de
habitantes e desenvolvimento da biblioteca e o outro se
refe
re ao número de bibliotecas por habitantes, conforme se
pode
observar na tabela seguinte:
357
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♦
11
12
13
�TABELA 2
SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS VISITADOS, SEGUNDO O TAMANHO DA
POPULAÇÃO, POR NOMERO DE BIBLIOTECAS - ESTADO DA PARAlBA
1979
Tamanho da população por
Município
mais de 50.000
30 a 50.000
20 a 30.000
10 a 20.000
07 a 10.000
menos de 7.000
TOTAL
Municípios
visitados
06
09
11
16
13
09
64
Número de
Bibliotecas
08
09
11
16
13
09
66
Tem-se, portanto, através da tabela acima, a
indicação
de que hã
há mã
má distribuição entre o número de bibliotecas e o con
tingente da população. Os municípios mais populosos têm
igual
número de bibliotecas com relação aos menos habitados. Essa s£
si
tuação demonstra a pouca importância e a pouca função que tem a
biblioteca pública na vida dos municípios; daí a quase convenção
da sua existência, apenas, nas respectivas sedes. Ã
Ä exceção de
João Pessoa e Santa Rita hã,
há, apenas, uma biblioteca em cada muni
cípio visitado.
Essa ocorrência não teria qualquer significação, se
as
bibliotecas destinadas a servir a maior contingente populacional
estivessem num nível de desenvolvimento compatível com essas co
si
munidades. Entretanto, os dados estão a demonstrar que tal
tuação pouco ocorre, ou seja, que as diferenças de condições
e
organização entre as bibliotecas são pouco relevantes e que elas
estão longe do desejável em relação ã qualidade dos
serviços
prestados.
Isso leva a crer que, quanto maior for o município, maio
res são as probabilidades de piores ofertas de serviços por par
te das bibliotecas, por não estarem aptas para atender a maior
demanda.
. 358
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�Dessa forma, o tamanho do município, em face da pouca
compreensão dos serviços bibliotecários pelas autoridades e pe
Ias próprias pessoas ligadas ã instituição, não está contribui^
contribuin
do ao desenvolvimento da biblioteca e ã melhoria dos serviços
que oferece ã comunidade.
Da análise feita nas páginas anteriores, depreende-se ser
caótica a situação das bibliotecas públicas na Paraíba, com re
lação a fatores que determinam, de forma substancial, o
seu
desenvolvimento. E, nessas circunstâncias, que esperar aelas
em termos de desempenho das suas funções informativas, educat^
vas, recreativas e cuiturais?
culturais?
Respostas para essa indagação poderão ser deduzidas
análise que se apresenta a seguir
da
7 - FUNÇÕES D/SBIBLIOTECAS
Tenta-se, agora, fazer uma análise sumária do que é rea
lizado pelas bibliotecas públicas da Paraíba, no sentido
do
desempenho de suas funções culturais, informativas,recreativas
e educativas.
Em relação ao aspecto cultural, 95,0% das
bibliotecas
não promovem qualquer atividade, seja por sua própria iniciat^
iniciatj^
va, ou associando-se a outras instituições da comunidade. Nada
é feito no sentido de promover a reunião de pessoas, de apoiar
ou preservar e difundir a cultural local, de elevar o nível cu^
cuJL
tural da população através de cursos, palestras, debates, expo
sições, campanhas, etc.
Em pouco difere a situação referente ã informação .61,3%
das bibliotecas não fornecem qualquer tipo de orientação quan
qucin
to ãâ sua utilização, e 73,8% nada divulgam acerca do material
existente na biblioteca e dos serviços que podem oferecer
ã
comunidade. Nem mesmo a informação utilitária, do dia a dia ,
e de que as pessoas tanto necessitam e que seria, sem dúvida ,
um instrumento eficiente para atrair os adultos ã biblioteca ,
359
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�é prestada ã população.
Essa atitude das bibliotecas é muito nociva ã
popula
ção. E de conhecimento geral que as pessoas vivem desesperada
mente buscando informações de todos os tipos, seja a técnica,a
cientifica ou utilitária.
científica
Quanto ã função recreativa, apenas algo é digno de men
ção, ou seja, o fato de sê ter disponível, no acervo, boa quan
tidade de obras literárias (53,0% do acervo total) que, quando
solicitadas, constituem uma forma de lazer da população.
Horas do conto, lei'tura
lei’tura de lazer são atividades recrea
tivas tão importantes, mas tão pouco realizadas ou incentiva
das pela Biblioteca Pública que, dessa forma, deixa um enorme
espaço a ser preenchido, quase exclusivamente, pelos meios de
comunicação de massa, já tão pobres em termos de programas re
creativos.
vejamos
Vejamos o que ocorre em relação ã função educativa.
Devido ã ausência de bibliotecas escolares no Estado, a
grande clientela das bibliotecas públicas, tanto da estadual
(situada na capital), quanto das municipais, èé o escolar,
ou
seja, o estudante de 19 e 29 graus, num percentual em torno de
90%.
Entretanto, nenhum trabalho educativo é feito com
e£
es^
ses estudantes. A biblioteca limita-se tão somente a colocar
o livro solicitado ã disposição do escolar - quando existente
no acervo - para quê
que proceda às
ãs suas "pesquisas",
entendidas
como tais, cópias de folhas inteiras de livros, enciclopédias
ou outros materiais
materiais..
Dentre as várias causas apontadas como responsáveis pe
lo baixo nível de rendimento escolar na Paraíba,
destacam-se
a permanência dos estudantes no regime de subnutrição, a inade
quação do currículo e a quase total inexistência de material
didático. E aí está uma grande omissão das bibliotecas públi-
360
Digitalizado
gentilmente por:
�cas que, por nao estarem aptas e engajadas, de fato, no proces
so educacional, falham em não colocar ã disposição dos estudan
tes obras didáticas e de referência, a fim de complementar
a
atividade escolar.
Ao trabalho que, no momento, realizam as
bibliotecas
com relação ao escolar, não se pode chamar "educação", quando
muito, poder-se-ia denominá-lo "escolaridade".
Essa tarefa educativa poderia ser desenvolvida na
b^
blioteca no sentido de ajudar a criança a estudar, de
traba
lhar com ela, apoiando, dessa forma, a escola que dispõe de um
professorado"aquém da exigência mínima que se pode esperar
do
papel a ser desempenhado por um professor (mais da metade dos
docentes pertence ã administração municipal e desses
apenas
8,(1% têm o 19 grau completo) . *■
Se a Biblioteca Pública da Paraíba pouco faz em benef^
cio da educação formal, onde reside a sua principal clientela;
clientela,
bem menos ou n-da faz em relação ã educação não-formal e infor
mal. Atividades educativas, como palestras, campanhas, cursos,
exposições são realizadas apenas por 9,0% da amostra.
Essa negligência, com relação a esse trabalho
educatl^
educat^
vo, êé prejudicial âã grande maioria da população carente de at^
vidades educativas em torno de problemas básicos, como mortal^
mortali
dade infantil, controle de natalidade, analfabetismo, nutrição
e outros que tanto afetam as populações de mais baixa renda e
de mais baixo nível social, educativo e cultural.
Enquanto o "problema do analfabetismo tem
recebido
atenção mundial e no "International Symposium on Literary" (se
está
tembro de 1975) advertia-se que o número de iletrados
crescendo constantemente",’
constantemente",^ as bibliotecas públicas da Paraíba,
®Ver . p. 5
^ANEÂADE, Ana Maria Cardoso de & MAGALHÃES, Maria Helena de An
’aNDJIADE,
drade. Objetivos e funções da biblioteca pública. Revista
da Escola de Biblioteconomia da ÜFMG,
48-59 , mar.1979.
UFMG, 8(l):
8(l):48-59,
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�onde há um percentual de 60,6% de analfabetos, segundo os
dos censitãrios
censitários de 1970,® nenhum serviço lhe oferece.
da
O trabalho do MOBRAL, bem como do Departamento de Ens^
no Supletivo da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, ®
não encontra nenhuma ação de continuidade nas bibliotecas
pú
blicas paraibanas, e o retorno das pessoas recém-alfabetizadas
ao estado de analfabetismo se torna inevitável, uma vez
que
nenhuma outra instituição assume essa tarefa.
Pode-se concluir este trabalho, deixando com o leitor a
certeza de que as bibliotecas públicas da Paraiba, ã
exceção
de um pequeno número, pela sua pobreza e timidez, apenas perma
neoem de portas abertas, numa prova de que, heroicamente,ainda
necem
sobrevivem, a despeito da insensibilidade e da negligência das
autoridades estaduais e municipais.
Desprovidas de material adequado e de pessoal capaz de
dinamizá-las, constituem-se em pequenos depósitos de livros ,
sem qualquer função social, nos municípios em que estão locali
locaM
zadas.
Com relação ãs
às suas funções, fazem, portanto, um pouco
de lazer, fornecendo obras literárias aos leitores e apoiam um
pouco a escolaridade, áã medida em que oferecem ao escolar as
obras utilizadas nas suas "pesquisas". Nada fazem com relação
às atividades informativas, educativas e culturais.
ás
Apesar dos esforços encetados pela UNESCO, a nível
in
ternacional, e da ação paciente e motivadora do INL, a nível
' FUNDAÇÃO
FUNDAÇAO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
ESTATiSTICA Cen
Ceií
so demográfico - Paraíba. VIII
VlII recenseamento geral - 197&.
Rio de Janeiro, 1973, v. 1, t. 1, p. 22-23.
Rib
®"Com relação ãs atividades desenvolvidas pelo Departamento de
Ensino Supletivo, de modo geral, tem
têm por finalidade ofere
cer oportunidade de estudos e/ou
e/oú orientação pedagógica
a
adolescentes e adultos que não tenham recebido
educaçao
educação
pãgi
regular". Essa informação está contida no volume 2, pági
na 100, da publicação da Fundação Instituto de Flanejamen
Planejamen
to da Paraíba, intitulada "Estudos básicos para o planejamento estadual", publicado em João
Joao Pessoa, no ano de 1979.
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�nacional, continua-se a assistir, na Paraíba, àã tragédia
do
anonimato e da mediocridade das bibliotecas públicas,
graças
ao descaso e ã inconsciência governamental.
Uma atitude tem que ser tomada pelas autoridades com re
lação ã Biblioteca Pública, na Paraíba: ou dinamizá-la ou fe
chá-la. Dessa forma, pouco útil e alienada da realidade
chã-la.
e
dos interesses locais, "existir ou não exist...r
existir não fará a me
nor diferença", de acordo com Antônio Miranda, e conforme "Or
tega y Gasset, a sociedade pune com o esquecimento e o abando
no os que não a servem devidamente
devidamente..."''
8 - CONCLUSÃO
A falta de conscientização acerca da contribuição
que
pode dar a biblioteca pública ao desenvolvimento cultural
e
educacional das comunidades conduz as autoridades ao descaso,
quase total, com relação ã funcionalidade dessa instituição qu^
desprovida de todo tipo de recursos, constitui-se em depósito
de livros sem qualquer função social.
Por outro lado, a comunidade, também ainda não
desper
tada para a importância da biblioteca, não exerce qualquer ti
t^
po de pressão sobre as autoridades para tratar o problema
ao
nível de prioridade compatível com a sua relevância.
Dessa forma, fecha-se al o circulo
círculo vicioso da inércia :
a biblioteca não atua por falta de condições e, desse modo,não
cria expecattivas na comunidade acerca da contribuição que ela
pode dar ao seu desenvolvimento; a não exigência da comunidade
provoca o comportamento apático das autoridades com relação às
condições da biblioteca.
^"MIRANDA,
’'miRANDA, Antônio. A missão da biblioteca pública no Brasil.
Revista de Biblioteconomia de Brasília, 6(l):69-75, jan./
jun. 1978.
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Q
II
12
13
�9 - SUGESTÃO
Para a modificação da situaçao vigente, em termos de
bliotecas públicas, na Paraíba, é indispensável que se
rompa
o círculo da Inércia
inércia que se estabeleceu, atacando a variável
mais estratégica que tudo indica ser a comunidade.
Assim sendo, como primeiro passo, a alternativa que
apresenta é capacitar pessoal para mobilizar a comuniaade.
comunicade.
se
Para tanto, urge que os Cursos de Treinamento Intensivo
para Auxiliares de Bibliotecas promovidos pelo INL sejam.
sejam reo
rlentados
rientados de modo a permitir que os treinandos absorvam essa
realidade e sejam capacitados a modlficá-la.
modificá-la, A ênfase do tre^
tre£
namento estará, sobretudo,não na parte interna da biblioteca ,
mas no contexto, no exterior, na comunidade, de modo a que os
treinandos a mobilizem, de forma a desencadear o processo
de
mudança.
ABSTRACT
The paper presents an analytical survey of public library
provision in the state
State of Paraiba, Brazil, paying particularparticular
attention to questions of staff, buildings,
equipment,
equlpment,
administrative structures, geographlcal
admlnistrative
geographical dispersion
disperslon
and
financial constraints. Changes in both function and structure
are seen to be an urgent necessity. In view of the low level
levei
of past and current government support, the author stresses
the need for each community to act as a pressure-group to
promote development in its own locallty.
locality.
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�
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
CBBD - Edição: 11 - Ano: 1982 (João Pessoa/PB)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1982
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
João Pessoa (Paraíba)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Bibliotecas Públicas na paraíba: um diagnóstico
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Costa, Maria Neusa de Morais
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
João Pessoa
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1982
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Subject
The topic of the resource
Bibliotecas Públicas
Description
An account of the resource
Analisa-se a situação das bibliotecas públicas do Esta do da Paraíba, enfocando os aspectos referentes a recursos humanos, recursos financeiros, recursos materiais, nível organizacional e localização geográfica. Sugere-se, com base na atual precariedade de condições, devido à falta de apoio governamental, a participação de cada comunidade como força de pressão para desencadear o processo de mudança a nível municipal.
Language
A language of the resource
pt