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DIVULGANDO O FOLCLORE EM MINAS GERAIS
CDD 398.0981
CDU 398 (81)
Marilia Salgaío Gontijo - CRB -6 244
Rcmanelli - CRB-6 113
Maria de Lourdes Cortes Ratanelli
Regina Mariné
Marine da Cunha Fleischer - CRB-6 088
RESUMO
Relato de experiência realizada pelo Grupo de Bibliotecários de Ciên
cias Sociais e Humanidades de Minas Gerais no campo do folclore,con^
folclore,cons
tando de: bibliografia de obras encontradas em três importantes bi bliotecas
bllotecas do Estado, bibliografia de bibliografias de folclore e exposição de trajes e objetos folclóricos das festas mineiras.
Todos os anos acontece a mesma coisa nas bibliotecas
de Belo Horizonte no mês de agosto. Os alunos de 19 e 29 graus precisam de informações sobre folclore e não as encontram nas bibliote
cas. As perguntas são muitas
multas e as respostas insuficientes. Se não
houvesse realmente material, nada poderiamos fazer. Mas, na verdade,
os livros, revistas, discos e jornais estão nas bibliotecas, mas co
mo não foram analisados na integra, não são também recuperados. Por
essa razão, o Grupo de Bibliotecários de Ciências Sociais e Humanida
des da Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais teve a idéia de
levantar todo o material existente no Estado sobre o assunto; uma b^
bliografià exaustiva que serviria
serviría não só aos estudantes, como aos es
e^
tudiosos do assunto. Foi feita uma reunião do Grupo com profissionais
de outras áreas, para se traçar o programa de trabalho. Dessa reunião
surgiram várias idéias. O objetivo principal seria atrair a atenção
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�do público
publico em geral para a bibliografia. Ficamos bastante entusiasma
das e resolvemos participar da Semana do Folclore, promovida pela
Coordenadoria de Cultura do Estado de Minas Gerais. Procuramos o ilu£
tre folclorista,
folclorlsta. Prof. Saul Martins, e expusemos-lhe nossos propósitcs
propõsitcs
Com ele, eliminamos algumas idéias e chegamos ã conclusão de que o ideal seria organizar uma exposição de trajes folclóricos de Minas.F^
zemos um planejamento inicial da exposição, que constou de;
de:
1. Identificação das festas folclóricas em Minas.
2. Seleção dos grupos folclóricos das cidades do interior de maior
significação em cada uma das festas.
3. Localização dos dirigentes dos grupos folclóricos.
4. Escolha de local para a exposição.
5. Orientação de museólogo competente para a apresentação da mostra.
6. Publicidade do evento.
7. Visita das escolas de Belo Horizonte ã exposição.
8. Orientação aos visitantes.
9. Avaliação da exposição através de questionário aos visitantes.
Entregamos o plano ã Coordenadoria de Cultura, que
convocou uma reunião da Comissão Mineira de Folclore. Essa Comissão
aprovou nossas idéias. A Coordenadoria deu-nos seu apoio. Faltava ain
da o patrocinador. Solicitamos entrevista com a Presidente do Conselio
Conseüho
Estadual de Cultura, Sara Avila.
Âvila. Levamos-lhe o esquema de trabalho e
uma estimativa do custo total da exposição. Em sessão plenária, o Con
selho aprovou nosso piano
plano e resolveu patrocinar a mostra.
Contando sempre com o inestimável apoio do Prof. Saul
Martins, entramos em contato com os dirigentes dos grupos folclóricos
mineiros, por carta e por telefone. Fizemos uma lista dos trajes e ob
jetos que seriam enviados a Belo Horizonte.
Escolhemos para a realização da exposição a Grande Galeria da Fundação Clovis Salgado, por ser o local mais aprppriado e
mais central da cidade. Convidamos a museóloga Conceição Piló para or
ganizar a exposição propriamente dita. Sob sua orientação, foram toma
das as seguintes providências:
- Confecção de manequins para os trajes - blocos de isopor colados e
modelados (trabalho feito pelas próprias bibliotecárias do Grupo)
- Ampliação de fotografias das festas mineiras para colocação em pai463
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�néis vizinhos aos trajes, dando ao visitante uma idéia da festa vi
néls
v^
vo.
- Desenho de mapa do Estado de Minas Gerais com a localização das c^
dades representadas na exposição.
- Cessão de vitrines pelo Museu de Arte de Belo Horizonte para colocação de jóias e peças de prata e ouro.
- Preparação do catálogo.
A publicidade ficou a cargo da Coordenadoria de Cultu
ra que mandou confeccionar o cartaz comemorativo da Semana do Folclo
re e imprimir o catálogo da exposição. Encarregou-se ainda da distri
buição dos cartazes pela cidade, além dos anúncios e reportagens nos
meios de comunicação (rádio, televisão e jornais).
Através da Secretaria de Estado da Educação, enviamos
a todos os grupos escolares da Grande Belo Horizonte, convite para
visitar a exposição. As
Äs escolas particulares foi também enviado o me£
mo convite, pela Coordenadoria de Cultura.
A fim de orientar os visitantes e, principalmente, as
escolas, foi organizado rodizio
rodízio dos 25 membros do Grupo de Bibliotecários de Ciências Sociais e Humanidades de Minas Gerais para todos
os dias da exposição, turnos da manhã, tarde e noite. Para isso, as
bibliotecárias compareceram
compateceram ã exposição e receberam instruções do
Prof. Saul Martins e dos chefes dos grupos folclóricos,antes de sua
inauguração. Além das bibliotecárias que atuaram como Cicerones,
cicerones, o
Grupo contratou três recepcionistas, uma para cada turno, que ficaram
encarregadas da distribuição do catálogo e da marcação de horários
para as visitas das escolas.
Ao lado da exposição, oferecemos também vários filmes
documentários das festas folclóricas mineiras. A Fundaçã'o
Fundaçãb Clovis Sa^
gado conta com excelente sala de projeção, a Sala Humberto Mauro, com
100 lugares. Os filmes foram exibidos a intervalos regulares, várias
vezes ao dia. Desse modo, quase todos os alunos das escolas que fizeram visitas programadas ã exposição, tiveram oportunidade de assistilos. A bibliotecária cicerone também fazia breves comentários, antes
de cada filme a ser exibido.
Para avaliar a exposição, foi elaborado questionário
aes visitantes, que contribuiram bastante com idéias e sugestões. Eis
aos
algumas delas:
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�- "A exposição deveria ter contado com a colaboração de mais cidades
mineiras, tendo em vista a grande riqueza do folclore do nosso E£
tado."(12 respostas)
- "Continuem mostrando-nos coisas do nosso Pais.
País. Cultura nunca é demais ."
."
- "Espero que vocês não parem aqui e organizem mais exposições. Dessa
forma, estarão contribuindo para a valorização da cultura do nosso
povo." (11 respostas)
- "Levar a exposição a outros estados, se possível a outros países."
- "Precisamos incentivar nossos costumes e tradições. Não podemos per
pe£
mitir que as tradições mineiras sejam sufocadas pelo progresso."
- "Deveria constar junto ã capa e coroa dos reis da Congada o nome d£
de
les, procedência e o nome da Guarda."
- "Excelente a iniciativa de propagar costumes tipicamente brasileiros. £E bem completa a mostra, alêm da gentil apresentadora que,
com muita paciência, respondeu a todas as minhas perguntas. Obrigada);""
gada
- "Lindo cartaz)
cartaz! Diz tudol"
tudo!"
- "A exposição está excelente. Não podería
poderia ser melhor. Parabéns!£
Parabêns)£ Isom
a gente ver de perto o folclore brasileiro."
- "Gostei do incentivo ã arte popular mineira."
- "Deveria ser criado o Museu do Folclore. (2 respostas) (Observação:
existe, mas não ê conhecido).
Ele já existe,,
- "Deveria ser feita pesquisa sobre o folclore rural de Minas (ex:ch£
(ex:che
gada do milho)."
- "Realização de festas folclóricas ao vivo em Belo Horizonte para o
povo conhecer de perto suas próprias manifestações." (3 respostas)
- "Valorizar mais nossa cultura com mais exposições, filmes e prcpagan
da."
- "Intensificar as atividades relacionadas ã nossa cultura popular e
ãâ nossa arte em geral, com constante apoio governamental nos níveis
estadual e federal."
0 saldo da exposição foi compensador: comparecimento de
16.000 pessoas e de um grande número de escolas da rede estadual é da
rede particular. O Grupo certamente contribuiu muito para a Semana do
Folclore em Minas Gerais em 1979. Alêm de atrair a atenção para a bibliografia a ser elaborada, tornou mais conhecida e respeitada a cla£
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�se profissional de bibliotecários, facilitando para o futuro o apoio
dos órgãos do Governo do Estado às
ãs nossas iniciativas.
Pretendiamos, incjalmente,
incialmente, fazer a pesquisa bibliográ
bibliogrã
fica apenas nas bibliotecas ligadas ao Grupo. Posteriormente, sentimos a necessidade e a oportunidade de estender a pesquisa a outras
bibliotecas, tanto da Capital quanto do interior do Estado. Essa pr^
pri
meira fase do trabalho foi desenvolvida na Capital com recursos próprios das bibliotecas e membros do Grupo e com a colaboração dos bibliotecários das instituições pesquisadas. No interior, os dados foram levantados pelas prefeituras municipais, com a colaboração dos
departamentos de Educação e Cultura, bibliotecários, responsáveis per
bibliotecas públicas e comunitárias,representantes do MOBRAL, foi cloristas e outras pessoas interessadas na pesquisa.
Até setembro de 1980 foram os seguintes os resultados
do trabalho, relativos âã pesquisa bibliográfica:
1. Levantamento de Bibliografia das Bibliografias já existentes.
2. Levantamento de dados novos, na Capital.
Bibliotecas já pesquisadas;
pesquisadas: Centro de Educação Permanente Prof.
Luiz de Bessa (Biblioteca Pública do Estado), SESC, SENAC, Fundação João Pinheiro, Escola de Belas Artes, Centro de Recursos Huma
nos João Pinheiro, Faculdade de Educação, Faculdade de Filosofia
e Ciências Humanas e Centro Pedagógico da UFMG, parte da coleção
particular do Prof. Saul Martins.
3. Levantamento de dados novos, no interior.
Recebemos respostas de cerca de 190 municípios mineiros, com grande número de dados, incluindo trabalhos inéditos e outros
em fase de preparação para publicação.
A apresentação do plano de trabalho e da pesquisa bi bliogrâfica na Coordenadoria de Cultura motivou a Comissão Mineira de
Folclore e demais representantes de entidades ligadas ao assunto, a
planejar e realizar, durante a Semana do Folclore, "Simpósio para Co
municações de Pesquisas em Andamento". O primeiro, realizado em 1979
municaçóes
contou com a apresentação de 9 pesquisas. No segundo, realizado em
1980, foram apresentados 16 trabalhos, incluindo pesquisadores de vã
rias áreas (arquitetos, urbanistas, geógrafos, musicistas, comunicõlogos, jornalistas) todos preocupados com os problemas da permanên cia X desvalorização de nossa cultura popular.
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�o0 Grupo apresentou o projeto inicial da pesquisa no
19 Simpósio, tendo recebido muitas sugestões dos especialistas inte
ressados pelo trabalho (alguns deles colocaram suas coleções particulares ã disposição do Grupo, para serem pesquisadas, porque conhe
cem a dificuldade de localização de obras sobre o assunto. No 29 Sim
pósio o Grupo pôde apresentar o primeiro resultado do trabalho que é
o levantamento das bibliografias gerais, regionais e especiais existentes.
Os dados já.levantados no Centro de Educação Permanente Prof. Luiz de Bessa (Biblioteca Pública do Estado), SESC e
SENAC e a dificuldade de concluir a pesquisa bibliográfica no momen
to presente nos levaram a pensar em publicar uma primeira parte do
trabalho. O preparo constou de:
- Conclusão da normalização dos dados.
- Elaboração dos índices de assunto e geográfico.
- Elaboração do prefácio (Prof. Saul Martins) e sumário.
- Datilografia.
- Revisão.
Gostaríamos de salientar alguns fatos a respeito do
trabalho relatado:
- O0 trabalho foi feito sob forma de colaboração, i.e., os bibliotecários compilaram o material existente em suas instituições dentro
do seu esquema de trabalho, o que nos sugere que todos estão aptos
a fazer o mesmo desde que se disponham.
- A receptividade foi enorme: pessoas do interior (não bibliotecários)
enviaram levantamentos em resposta âã solicitação do Grupo. E uma
forma de recuperar informações ainda não sistematizadas ou publica
das e que podem revelar novas riquezas ou curiosidades do nosso
Ccimpo a ser explorado. Por outro lado,
folclore. Trata-se de vasto campo
foi tão grande a quantidade de material recebido que há necessidade de elementos para o trabalho de normalização, não podendo a tarefa ser executada de modo semelhante aos levantamentos feitos den
tro da instituição.
- Em nosso País, onde as bibliotecas são pequenas e pobres, vemos
nesse tipo de trabalho uma forma de melhor divulgar o potencial in
formative das coleções, não só na área de folclore, como também em
formativo
vários outros assuntos.
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�ABSTRACT
Report on what on done by the Grupo de Bibliotecários
de Ciências Sociais e Humanidades de Minas Gerais on folklore in
the period of 1979 to 1981: bibliography of works found on three
important libraries of the State of Minas Gerais, bibliography of
bibliographies of folklore and exhibit of clothing and various items
of our popular events.
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
CBBD - Edição: 11 - Ano: 1982 (João Pessoa/PB)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1982
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
João Pessoa (Paraíba)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Divulgando o folclore em Minas Gerais
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Gontijo, Marilia Salgado
Romanelli, Maria de Lourdes Côrtes
Fleischer, Regina Mariné da Cunha
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
João Pessoa
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB & Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1982
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Subject
The topic of the resource
Folclore
Bibliografias
Description
An account of the resource
Relato de experiência realizada pelo Grupo de Bibliotecários de Ciências Sociais e Humanidades de Minas Gerais no campo do folclore, constando de: bibliografia de obras encontradas em três importantes bibliotecas do Estado, bibliografia de bibliografias de folclore e exposição de trajes e objetos folclóricos das festas mineiras.
Language
A language of the resource
pt