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O LIVRO ELETRÔNICO: subsídios para a aquisição e
implementação
Solange Ribeiro Viegas (UFRJ) - solangeviegas@letras.ufrj.br
Cila Verginia da Silva Borges (UFRJ) - cila@letras.ufrj.br
IRANY GOMES BARROS (UFRJ) - irany2012@yahoo.com.br
Resumo:
As Bibliotecas Universitárias, para atender de maneira eficiente seus usuários, precisam estar
sempre atentas as novas ferramentas disponíveis. A informação gera conhecimento, portanto é
inegável seu valor para toda sociedade. Com o avanço tecnológico, cada vez mais conteúdos
são disseminados. Dessa forma, as bibliotecas são personagens essenciais promovendo o
encontro entre a informação e o pesquisador. Dentro desse contexto está o livro eletrônico. O
formato eletrônico traz diversas vantagens para instituição, bibliotecários e discentes. Em
2012 o Ministério da Educação (MEC) passou a permitir que as bibliotecas das instituições de
ensino superior incluíssem, como parte de seu acervo de bibliografia básica, as obras em
formato digital. O MEC já permitia que a bibliografia complementar fosse toda digital. Em
relação aos hábitos de leitura dos discentes, estes já fazem uso de obras digitais, porém a
preferência continua sendo por obras impressas. Apesar dos discentes apontarem diversas
vantagens do formato eletrônico, só utilizariam esse formato caso a versão impressa não
estivesse disponível na Biblioteca.
Palavras-chave: Educação Universitária e avaliação do MEC. Livro eletrônico. E-books.
Biblioteca – Desenvolvimento de coleções
Eixo temático: Eixo 3: Gestão de bibliotecas: aquisição e tratamento de materiais no
ambiente físico e virtual, curadoria digital, coleções especiais,
desenvolvimento de serviços e produtos inovadores, bibliotecas digitais e
virtuais, portais e repositórios, acesso aberto.
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�O LIVRO ELETRÔNICO: subsidios para a aquisição e implementação
Solange Ribeiro Viegas
Cila VS Borges
Irany Gomes Barros
Resumo
As Bibliotecas Universitárias (UFRJ), para atenderem de maneira eficiente seus
usuários, precisam estar sempre atentas as novas ferramentas disponíveis. A
informação gera conhecimento, portanto é inegável seu valor para toda
sociedade. Com o avanço tecnológico, cada vez mais conteúdos são
disseminados. Dessa forma, as bibliotecas são personagens essenciais
promovendo o encontro entre a informação e o pesquisador. Dentro desse
contexto está o livro eletrônico. O formato eletrônico traz diversas vantagens
para instituição, bibliotecários e discentes. Em 2012 o Ministério da Educação
(MEC) passou a permitir que as bibliotecas das instituições de ensino superior
incluíssem, como parte de seu acervo de bibliografia básica, as obras em
formato digital. O MEC já permitia que a bibliografia complementar fosse toda
digital. Em relação aos hábitos de leitura dos discentes, estes já fazem uso de
obras digitais, porém a preferência continua sendo por obras impressas.
Apesar dos discentes apontarem diversas vantagens do formato eletrônico, só
utilizariam esse formato caso a versão impressa não estivesse disponível na
Biblioteca.
Palavras Chave: Educação Universitária e avaliação do MEC. Livro eletrônico.
E-boobks. Biblioteca – Desenvolvimento de coleções.
Introdução
O ensino universitário brasileiro tem seus processos de avaliação
instituídos a partir da década de 1990. Em 2004 a Lei n. 10.861/2004 institui o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, com o
objetivo de assegurar o processo nacional de avaliação das instituições de
educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de
seus estudantes. Essa lei foi regulamentada pela Portaria MEC n. 2051/2004
que cria a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES),
como órgão colegiado de supervisão e coordenação do SINAES e lhe compete
estabelecer diretrizes, critérios e estratégias para o processo de avaliação, em
conformidade com suas atribuições legais de coordenação e supervisão do
processo de avaliação da educação superior. A criação dos critérios de
avaliação é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
�O SINAES é formado por três componentes principais: a avaliação das
instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. O SINAES avalia
todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: o ensino, a pesquisa,
a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da
instituição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos.
Os instrumentos que subsidiam a produção de indicadores de
qualidade e os processos de avaliação de cursos
desenvolvidos pelo INEP são o Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (ENADE) e as avaliações in loco
realizadas pelas comissões de especialistas. (BRASIL, 2015, s.
p.).
Para avaliação são atribuídos conceitos de 1 a 5, em ordem crescente
de excelência, a cada um dos indicadores de cada um dos cinco eixos:
Planejamento e Avaliação Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas
Acadêmicas, Políticas de Gestão e Infraestrutura Física. Os cinco eixos
contemplam as dez dimensões estabelecidas na Lei n°10.861/2004 (SINAES).
O livro eletrônico possibilita uma maior difusão da informação,
transcendendo a barreira de tempo e espaço, é de suma importância para o
meio acadêmico, permite a adaptabilidade a leitores com necessidades
específicas, entre outras.
As Bibliotecas Universitárias possuem um importante papel no processo
de ensino-aprendizagem para a comunidade acadêmica. Elas realizam
funções, como a garantia do acesso e a disseminação da informação, bem
como a renovação dos acervos. Além disso, são responsáveis pela prestação
de serviços de informação para toda comunidade acadêmica.
Dentre os objetivos das bibliotecas universitárias está o de prover o
crescimento de seu acervo de forma qualificada, considerando o perfil dos seus
usuários.
Para atender esses objetivos a BJA precisa planejar o crescimento e
atualização dos seus acervos, acompanhando as mudanças tecnológicas de
comunicação e informação que permitem promover avanços voltados para o
aperfeiçoamento dos seus serviços.
A implementação de livros eletrônicos na BJA possibilitará qualidades
nos serviços oferecidos, não só para obter uma boa pontuação na avaliação do
MEC, como também para a comunidade acadêmica em geral.
�Ensino superior e avaliação do MEC
Em toda política de formação e desenvolvimento de coleções de
bibliotecas universitárias a questão da bibliografia básica e complementar são
destaques. O Ministério da Educação, em 2012, reformulou a avaliação dos
indicadores 3.6 (bibliografia básica) e 3.7 (bibliografia complementar)
promovendo e disseminando, assim, a utilização dos livros eletrônicos como
parte do acervo de uma biblioteca universitária. Nos cursos que possuem
acervo virtual (pelo menos 1 título virtual por unidade curricular)a proporção de
alunos por exemplar físico passam a figurar da seguinte maneira para os
conceitos 3, 4 e 5: Conceito 3 : de 13 a 19 vagas anuais; Conceito 4 de 6 a 13
vagas anuais; Conceito 5 : menos de 6 vagas anuais, no caso da bibliografia
básica. A bibliografia complementar deve ter acesso virtual para os conceitos 2
a 5 (BRASIL, 2012, s. p.).
Bibliografia básica é um conceito utilizado com o objetivo de apresentar
uma lista de livros que foram selecionados como fontes de consulta, visando
um melhor entendimento e aprimoramento da(s) disciplina(s) por parte do
acadêmico.
Método da pesquisa
Para realização desta pesquisa foi empregado o estudo de caso com o
objetivo de verificar a aceitação de livros eletrônicos pelos discentes; a
expertise dos bibliotecários quanto a esse formato, e avaliar validade da
aquisição/implementação de e-books na BJA - UFRJ.
Foram utilizadas técnicas qualitativas e quantitativas e de caráter
documental, além de dados de frequência de utilização da biblioteca pelos
alunos no período da pesquisa, como fonte documental de registros da
biblioteca.
De acordo com Rudio (1999, p. 71), “os dados obtidos devem ser
analisados e podem ser qualitativos, utilizando-se palavras para descrever o
fenômeno ou quantitativos, expressos mediante símbolos numéricos”.
Como instrumento de pesquisa, foram aplicados 3 (três) questionários
distintos: Para 300 (trezentos) alunos do curso de graduação da FL, para 9
�(nove) bibliotecários da BJA e para a Diretora da Divisão de Processamento
Técnico do SiBI da UFRJ, Samantha Pontes.
Resultados e Discussão
Todas as respostas indicadas pelos alunos, sobre as vantagens e
desvantagens, foram transformadas em descritores para facilitar a tabulação
dos dados. Alguns relatos dos discentes sobre o formato eletrônico, foram
selecionados e analisados qualitativamente.
A pesquisa buscou constatar os hábitos de leitura dos discentes dos
cursos de grduação da FL e também a expertise dos bibliotecários da BJA em
relação a esse formato, a fim de verificar a possibilidade de implementação dos
livros eletrônicos na BJA.
Os smartphone é o dispositivo mais utilizado pelos alunos com 42%
(126), IPhone com 11% (33) seguidos do Tablet com 8% (24). Os discentes
que não fazem uso de nenhum dispositivo com 45% (135).
Percebemos que poucos fazem o uso do dispositivo apropriado para
leitura, os e-readers que a maioria ficou empatado empatados com 1% (3) e
somente o Kindle 5% (15). Os dados revelam que a maioria dos discentes tem
o hábito de fazer leituras em
smartphone e poucos fazem leituras nos
dispositivos apropriados.
Os dados revelam que 76%, que equivalem a 228 alunos, já leram livros
eletrônicos na íntegra, ou seja, já fazem uso dessa tecnologia, enquanto 24%
que correspondem a 72 alunos declararam não possuir esse hábito.
Percebemos que que as obras digitais já faz parte do cotidiano dos alunos.
A preferência dos alunos é pelos livros impressos com 80%, que
equivalem a 240 alunos, a preferência pelos dois formatos correspondem a
10% que equivale a 30 alunos, enquanto 9%, que representam 27 alunos,
declararam que o tipo do formato utilizado depende do local da leitura. Apenas
1%, equivalente a 3 pessoas, prefere o formato digital.
Considerações Finais
As vantagens do formato eletrônico que foram citadas pelos alunos
como principais são a otimização de espaço, devido ao fato de armazenar
vários conteúdos em um único suporte, a praticidade/portabilidade relacionada
�ao peso da obra e possibilidade de poder estar sempre com ela. Este fato está
relacionado principalmente a equipamentos como tablet e smartphone, pois
muitos dos discentes relataram como facilidade, poder carregar dentro do bolso
ou na bolsa sem fazer peso, e também a acessibilidade.
Em menor escala ficaram a economia dos recursos naturais, o custo da
publicação eletrônica, a possibilidade de download, a facilidade de realizar
buscas nos conteúdos e referenciar, estes últimos estão diretamente ligados à
vida acadêmica. Possibilidade de ler no escuro e fazer anotações sem danificar
os livros também foram citadas. Quanto a expertise dos bibliotecários foi
verificada a necessidade de treinamento por parte dos bibliotecários
Referências
BRASIL. INEP. Censo da educação superior 2012: resumo técnico. Brasília:
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2014.
Disponível em: <http://www.censosuperior.inep.gov.br>. Acesso em: 26 jun.
2016.
BRASIL. INEP. Avaliação dos cursos de graduação. Brasília: INEP, 2011.
Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-condicoesdeensino> Acesso
em: 13 jul. 2016.
BRASIL. INEP. Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação
presencial e a distância. Brasília: INEP, 2012. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_cursos_graduacao/
instrumentos/2012/instrumento_com_alteracoes_maio_12.pdf>. Acesso em: 21
jan. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira – Inep. Diretoria de Avaliação da Educação
Superior – Daes. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior –
Sinaes. Instrumento de avaliação de cursos de graduação e a distância.
Brasília, junho de 2015.
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis, RJ:
Vozes; 1986.
UFRJ. Portal da Faculdade de letras. Disponível em:
<http://www.portal.letras.ufrj.br/institucional/a-faculdade-de-letras>. Acesso em:
12 jul. 2015.
UFRJ. SIBI. Portal do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ.
Disponível em: <http://www.sibi.ufrj.br/historico.htm>. Acesso em: 12 jul. 2016.
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Dublin Core
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Title
A name given to the resource
CBBD - Edição: 27 - Ano: 2017 (Fortaleza/Ceará)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2017
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Fortaleza (Ceará)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
O LIVRO ELETRÔNICO: SUBSÍDIOS PARA A AQUISIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Solange Ribeiro Viegas
Cila Verginia da Silva Borges
IRANY GOMES BARROS
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Fortaleza (Ceará)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
FEBAB
Subject
The topic of the resource
Eixo 3: Gestão de bibliotecas: aquisição e tratamento de materiais no ambiente físico e virtual, curadoria digital, coleções especiais, desenvolvimento de serviços e produtos inovadores, bibliotecas digitais e virtuais, portais e repositórios, acesso aberto.
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As Bibliotecas Universitárias, para atender de maneira eficiente seus usuários, precisam estar sempre atentas as novas ferramentas disponíveis. A informação gera conhecimento, portanto é inegável seu valor para toda sociedade. Com o avanço tecnológico, cada vez mais conteúdos são disseminados. Dessa forma, as bibliotecas são personagens essenciais promovendo o encontro entre a informação e o pesquisador. Dentro desse contexto está o livro eletrônico. O formato eletrônico traz diversas vantagens para instituição, bibliotecários e discentes. Em 2012 o Ministério da Educação (MEC) passou a permitir que as bibliotecas das instituições de ensino superior incluíssem, como parte de seu acervo de bibliografia básica, as obras em formato digital. O MEC já permitia que a bibliografia complementar fosse toda digital. Em relação aos hábitos de leitura dos discentes, estes já fazem uso de obras digitais, porém a preferência continua sendo por obras impressas. Apesar dos discentes apontarem diversas vantagens do formato eletrônico, só utilizariam esse formato caso a versão impressa não estivesse disponível na Biblioteca.
Language
A language of the resource
pt
cbbd2017