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BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS EM REDE: UMA EXPERIÊNCIA DE
RESSIGNIFICAÇÃO DE TERRITÓRIOS
Maria Aparecida Arias Fernandez (CCLF) - fernandezcida@gmail.com
YASMIN Wink FINGER (RNBC) - yasminfinger@gmail.com
Resumo:
Este artigo visa destacar como a biblioteca comunitária impacta na ressignificação dos
territórios para os habitantes das comunidades onde estão inseridas. Para tanto tomam como
referência os resultados da pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil: impactos na formação
de leitores, realizada numa parceria entre o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), o Grupo de
Pesquisas Bibliotecas Públicas (GPBP), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), e
o Centro de Estudos de Educação e Linguagem (CEEL), da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), e que contou com o apoio do Instituto C&A e da Fundação Itaú Social. A
partir dos dados da pesquisa, as autoras provocam reflexões articuladas às suas próprias
experiências e observações na consultoria ao Programa Prazer em Ler (PPL) e na assessoria
direta à Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) em nível local e nacional. As
reflexões são costuradas com os relatos dos respondentes da pesquisa: leitores, mediadores de
leitura, gestores, bibliotecárias e/ou parceiros das bibliotecas comunitárias entrevistados.
Conclui que a identidade e participação ativa dos moradores e moradoras nessas experiências
fortalecem vínculos e consequentemente a sustentabilidade desses equipamentos e deveriam
inspirar estudos do poder público para contribuir com o desenho de políticas públicas para o
setor. Destaca, ainda, a evidência da articulação em rede como uma estratégia de ocupação
de espaços de incidência nas políticas públicas a fim de conquistar o direito de acesso ao livro,
à leitura, à literatura e às bibliotecas.
Palavras-chave: bibliotecas comunitárias; enraizamento comunitário; ressignificação do
território
Eixo temático: Eixo 2: Não devemos deixar ninguém para trás
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�BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS EM REDE: UMA EXPERIÊNCIA DE
RESSIGNIFICAÇÃO DE TERRITÓRIOS
INTRODUÇÃO
As bibliotecas comunitárias são um fenômeno cada vez mais presente nas
comunidades periféricas de todo o Brasil. Não existe um censo a respeito do número
desses equipamentos culturais, que são criados, em grande parte, por moradores das
próprias comunidades. Entretanto, em 2006, foi criado pelo Instituto C&A, um
programa de formação denominado Programa Prazer em Ler (PPL). Inicialmente esse
Programa apoiou projetos específicos de formação de leitores, em seguida passou a
apoiar bibliotecas comunitárias, elaborando uma metodologia de qualificação de eixos
relacionados a espaço, acervo, mediação e gestão para a formação das pessoas que
realizavam as atividades nesses espaços. Em 2007, começaram a surgir articulações
em rede entre as bibliotecas presentes em três territórios: Região Metropolitana do
Recife (Olinda, Recife e Jaboatão), Salvador e Porto Alegre. Sensível a essa
estratégia a partir de 2010, o PPL passou a apoiar projetos articulados em redes
locais, denominadas Polos de Leitura. Em 2015, essas bibliotecas comunitárias já
organizadas no que agora se denominavam Redes Locais, criaram a Rede Nacional
de Bibliotecas Comunitárias (RNBC). Entre 2006 e 2018, o PPL foi apoiado pelo
Instituto C&A, atualmente é apoiado pela Fundação Itaú Social, e segue fortalecendo
o desenvolvimento dessa articulação em Rede.
Este trabalho inspira-se na pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil:
impacto na formação de leitores, que dedica um capítulo à temática da organização
política e resistência comunitária, que nos revelou o potencial de mudança da imagem
que as próprias comunidades tem de si, a partir da sua organização e da gestão
desse equipamento e do acesso à leitura, aos bens simbólicos e materiais da cultura
letrada1, evidenciando como as bibliotecas comunitárias, por meio de sua
singularidade, estabelecem diálogos e ações que fortalecem o pertencimento,
permitindo que moradores e moradoras das comunidades passem a enxergar seus
territórios de forma diferente, não mais pela ausência, pela carência, mas pela
potencialidade, pela riqueza de seu universo humano diverso.
UNIVERSO DA PESQUISA
A pesquisa realizada entre janeiro de 2017 e julho de 2018, apoiada pelo
Instituto C&A (IC&A), foi coordenada pelo Centro de Cultura Luiz Freire em parceria
com o Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) e o Grupo de Pesquisas Bibliotecas Públicas no
Brasil (GPBP) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Foram pesquisadas 143 bibliotecas comunitárias (BCs), em 45 cidades de 15
estados e do DF. Dessas 143 BCs, 92 (65%) delas estavam articuladas à Rede
Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC). A RNBC criada em 2015, contava à
época da pesquisa com 115 integrantes, ou seja, 80% delas foram contempladas pela
pesquisa. Estas 115 BCs encontravam-se, à ocasião, distribuídas em 12 redes
1
GABÃO, Ana Maria de Oliveira. Cultura escrita. Glossário Ceale. Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG)/ Faculdade de Educação/ Grupo de Estudos e Pesquisas em História
da Educação (GEPHE). Fonte:
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/cultura-escrita
Acessada em 25 de abril, de 2019.
1
�locais, presentes nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do país e mobilizavam
anualmente em torno de 200 mil pessoas.
RESULTADOS: Sobre as bibliotecas comunitárias e a ressignificação dos
territórios
Segundo a pesquisa, 85,3% das BCs foram criadas para ser um espaço de
promoção da leitura e/ou formação de leitores, 11,2% indicam “ser um espaço de
referência para a comunidade”, que podemos traduzir como um lugar de
“empoderamento”2 da comunidade. Isso porque são locais de acolhimento, escuta,
debates, expressão e construção de novas possibilidades. Esses locais oportunizam
o acesso à cultura letrada, a informações, à arte em suas diversas linguagens, e,
ainda, à convivência cultural coletiva tão caras às populações negras, pobres e de
territórios periféricos deste país. Essas bibliotecas sustentam-se e fazem sentido,
justamente porque são implementadas pelas cidadãs e cidadãos que se sentem
usurpados do acesso a esses bens e criam estratégias para alcançá-los. Por isso a
BC não é apenas um serviço de acesso ao livro e à leitura, ela é um serviço de
referência para os moradores e moradoras porque os permitem construir outras
possibilidades; sair do que está posto. A biblioteca comunitária não está “a serviço da
comunidade”, ela é a própria comunidade gestando e qualificando os serviços de
informação tão caros para si.
Essa pesquisa nos revelou que essas bibliotecas comunitárias são espaços
organizados, planejados em seu desenvolvimento, com material impresso
selecionado, além de outros suportes informacionais, com processos técnicos
estabelecidos para atender as especificidades de suas comunidades. Soma-se a isso,
a singularidade desses equipamentos justamente pelo conhecimento que as pessoas/
profissionais que nele atuam têm com a comunidade. Esses equipamentos
desenvolvem-se a partir do diálogo e da gestão compartilhada que abre as portas
para o sentimento de pertencimento da comunidade em relação ao bem cultural
constituído em seu território. Tudo isso é feito com muito esforço coletivo para o
levantamento de recursos financeiros que viabilizem a realização das suas atividades,
seja por meio de projetos apresentados a editais públicos e privados, rifas, cotas,
vaquinhas feitas entre os grupos comunitários, e moradores e moradoras que as
mantém, entre outras alternativas.
Outro aspecto revelado pela pesquisa, é o quanto as bibliotecas da RNBC
construíram uma percepção sobre a importância da sua articulação tanto com outras
bibliotecas comunitárias quanto com outros movimentos sociais. Essa percepção
permitiu um aprofundamento na significação desses equipamentos, como se fossem
missangas (bibliotecas) irmanando-se no fio (vínculos), tecendo um colar único,
colorido e diverso. Ao olharem umas para as outras, os olhares melhoram-se mutua e
continuamente. Como diz o poeta Arnaldo Antunes: “o seu olhar melhora o meu”.
Melhoram o jeito de se ver e o jeito de fazer de cada uma, tanto em relação ao
espaço físico, acervo, mediação, etc. Mais do que isso nos revelaram que, ao longo
do tempo esses olhares expandiram a consciência sobre as ações, provocando a
visão para o que chamamos dimensões estratégicas: a comunicação interna e
2
Ação social coletiva de participar de debates que visam potencializar a conscientização civil
sobre os direitos sociais e civis. Fonte: https://www.significados.com.br/empoderamento/
Acessada em 25 de abril, de 2019.
2
�externa, a mobilização de recursos, o enraizamento comunitário e a incidência em
políticas públicas, como ações intencionalmente planejadas.
AS REFLEXÕES: A inalcançável habilidade de leitura
A leitura e a escrita, há tantos séculos sequestradas, tornaram-se um
obstáculo quase intransponível para boa parte dessas populações. Superar esse
obstáculo é um desafio imenso: precisa de acesso, precisa de acolhida, precisa de
apoio para superar especialmente a barreira simbólica da incompetência, gerada pela
falta de acesso à escola ou do próprio fracasso escolar, da “falta de inteligência”.
Esse sentimento de impotência frente ao direito de ler e de escrever faz do direito à
leitura, um direito estruturante para acessar outros direitos, inclusive o direito de
mudar sua própria história e a história de sua comunidade:
[...] quando alguns membros da comunidade, líderes e agentes sociais,
professores ou pais e mães de família, tomam a iniciativa de criar uma
biblioteca mudam os olhares que os moradores do território têm sobre si
mesmos, sobre suas capacidades de acessar algo que consideravam
distante e inalcançável, passam a dar valor a si mesmos e isso se converte
em motivo de orgulho para o resto da comunidade. Superam-se tabus
imaginários e representações sobre o livro e a leitura e ser leitor se converte
para eles em algo possível e desejável.” (FERNANDEZ, M. A.
A. ; MACHADO, E. C. ; ROSA, E. C. S., 2008, p. 10).
O eterno espaço da pobreza: a morte e a exclusão
Da mesma forma que simbolicamente a falta do acesso a esses bens culturais
mobilizam um sentimento de baixa estima, de incompetência, a pobreza material, a
falta de saneamento, de asfalto, de equipamentos de saúde, cultura e educação gera
a marginalização social e o sentimento de exclusão, rebatendo na imagem negativa
da comunidade, marginalizando seus moradores. Existe uma estrutura organizada de
comunicação na sociedade que ajuda a manter as coisas como estão. Nos jornais
impressos, rádio e televisão essas comunidades aparecem recorrentemente nas
temáticas que envolvem a violência e a banalização dos direitos humanos, o que
impacta na forma como essas pessoas se enxergam e enxergam suas comunidades.
Como afirmam depoimentos dos/as participantes dos grupos focais da pesquisa:
coletados nos grupos focais da pesquisa3:
Tem uma imagem negativa que foi construída em torno da nossa
comunidade. Uma comunidade marginalizada. Estamos localizados em um
ponto bem no centro de outros bairros. É uma comunidade que está perto de
bairros nobres e nós continuamos aqui, com poder aquisitivo baixo, e eles
não nos vêem como somos, eles têm medo da gente [...] (GF10). p. 43
Eu já deixei de ser contratada pra trabalhar numa casa de família quando
falei que morava no [...]. Os jornais, a tv só noticiam as coisas ruins que
acontecem aqui.” (GF09). p. 43
3
Os depoimentos citados foram coletados na segunda etapa da pesquisa, através da
realização de grupos focais (GF). Participaram dos grupos focais mediadores/as de leitura,
gestores/as, leitores/as e outros segmentos de parceiros e frequentadores/as das bibliotecas
em seus territórios.
3
�Outro aspecto que a pesquisa revelou foi a transformação física dos espaços
ocupados das bibliotecas, originalmente essas ocupam o espaço possível: uma ruína,
um galpão semiabandonado, uma pequena casa cedida ou alugada. Esses espaços,
muitas vezes, são pequenos, carentes de iluminação e ventilação, quentes e
inadequados. O trabalho é feito em mutirões. Juntam-se pessoas e pratas, braços e
bolsos e pouco a pouco os espaços vão sendo transformados, com o investimento de
cada um e cada uma. Desse modo, um pedaço de cada morador que se envolveu
somou-se simbolicamente a esse novo ente adaptado coletivamente, assim pouco a
pouco o pertencimento vai se constituindo, a partir do fortalecimento dos vínculos.
Encontramos espaços construídos pelas comunidades, em sistema de
mutirão, para sediar a biblioteca, mas a maioria dos espaços onde estão
instaladas não foi concebido para ser uma biblioteca, em alguns casos os
espaços foram ressignificados pelo grupo, anteriormente utilizados como
locais “de desova”, ponto de tráfico ou prostituição, assumem o papel de
espaços de leitura e de cultura no território, num indício concreto de
resistência cultural. (FERNANDEZ, Cida; MACHADO, Elisa; ROSA, Ester,
2018, p. 10).
A literatura como oportunidade e resistência
Destacamos ainda, o quanto o direito à literatura tem empoderado,
especialmente a juventude para se rever e rever seu território. Não é à toa que a cada
dia surgem novos movimentos literários nas periferias, tanto com produção autoral,
quanto com estratégias de acesso, disseminação e consumo. São grupos,
associações, organizações informais de escritores, poetas, editores cartoneiros, ditos
marginais, geralmente são jovens negros e da periferia. Mais recentemente, vem
crescendo o número de coletivos de mulheres, realizando saraus, slams, rodas de
leitura, debate, batalhas, conversas, enfim... e com isso renovam seus olhares, suas
expectativas, desejos e pertencimentos com esses lugares e seus habitantes:
Porque eu fui uma menina que sempre voltou pra zona oeste, sempre
achando que as coisas bonitas estavam lá. O mundo dizia pra mim que tinha
um lugar de beleza e aqui era o lugar de feiura. E eu descubro, depois de 10
anos que o sarau existe, que era do lado da casa da minha mãe e eu não
sabia porque eu tinha saído há 10 anos pra zona oeste, fui morar lá, então
quando eu volto, o sarau muda toda a minha vida. Vejo um movimento de
resistência, vejo uma literatura periférica, que eu não conhecia, vejo tudo o
que eu buscava nos outros espaços acontecerem aqui. A cultura popular, a
militância, as pessoas lutadoras. (GF06) p. 43-44
No meu bairro, a gente até brinca que só é lembrado em época de eleição
quando o pessoal sobe a rua. Depois disso não tem. Não tem absolutamente
nada. A gente é totalmente esquecido. Aqui, a biblioteca, quando eu conheci,
nó! O bairro tem uma biblioteca! O negócio está mudando mesmo porque
realmente não tem nada. O tanto de pessoas que estão crescendo com uma
mentalidade diferente. Estão buscando mais ser diferentes. Aceitando mais a
partir do pouco que é oferecido. [...] (GF07) p. 44-45
O fazer coletivo como força motriz da resistência e da transformação
No decorrer da pesquisa foi ficando evidente o quanto o movimento coletivo é
uma força motriz para que as pessoas juntem-se e acreditem no potencial de
transformação que tem. Ao se juntarem indivíduos, grupos e instituições são
4
�materializados sonhos. Como dizia o poeta Raul Seixas: “sonho que se sonha junto é
realidade”! Conforme conclui outro/a participante da pesquisa:
As ações positivas realizadas pela biblioteca, junto com os outros grupos e
instituições [...] têm de fato modificado o olhar das pessoas sobre a
comunidade (GF09) p.115.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A identidade das bibliotecas comunitárias com as comunidades, a participação
ativa de moradores e moradoras, o envolvimento co-responsável pela organização,
manutenção, desenvolvimento e sustentação dessas experiências deveriam ser
estudados pelo poder público para o desenho de políticas públicas para o setor do
livro, leitura, literatura e bibliotecas. Essas experiências dizem muito do que são os
serviços e produtos que as comunidades reivindicam e como enxergam que esses
serviços e produtos podem promover a sua mobilidade social, mais equidade e justiça
em seus territórios.
A pesquisa evidencia ainda, como essa articulação em rede favoreceu a
incidência de representantes comunitários nos espaços de construção das políticas
públicas, tais como conselhos de direitos, comitês executivos para a elaboração de
planos municipais e estaduais, e revela como esses equipamentos ressignificam a
relação da comunidade consigo mesma.
A experiência foi financiada pelo Instituto C&A e a publicação final contou com
o apoio da Fundação Itaú Social e da própria Rede Nacional de Bibliotecas
Comunitárias.
REFERÊNCIAS
INSTITUTO C&A. Prazer em Ler: dez anos de fomento à leitura literária. Volume I
Polos de Bibliotecas Comunitárias, uma história de parcerias para a garantia do
direito à leitura. Brasil, 2016. 125p.
FERNANDEZ, Cida ; MACHADO, Elisa ; ROSA, Ester, colaboração: LEITE, Camila;
BANDEIRA, Carmem Lúcia; DUBEUX, Maria Helena. Prefácio: Silvia Castrillón. O Brasil
que lê: bibliotecas comunitárias e resistência cultural na formação de leitores. Olinda:
CCLF, Brasil: RNBC, 2018. 200p.
5
�
Dublin Core
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A name given to the resource
CBBD - Edição: 28 - Ano: 2019 (Vitória/ES)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
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FEBAB
Date
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2019
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Vitória (Espírito Santo)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
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BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS EM REDE: UMA EXPERIÊNCIA DE RESSIGNIFICAÇÃO DE TERRITÓRIOS
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Maria Aparecida Arias Fernandez
YASMIN Wink FINGER
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Vitória (Espírito Santo)
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2019
Subject
The topic of the resource
Eixo 2: Não devemos deixar ninguém para trás
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Este artigo visa destacar como a biblioteca comunitária impacta na ressignificação dos territórios para os habitantes das comunidades onde estão inseridas. Para tanto tomam como referência os resultados da pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil: impactos na formação de leitores, realizada numa parceria entre o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), o Grupo de Pesquisas Bibliotecas Públicas (GPBP), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), e o Centro de Estudos de Educação e Linguagem (CEEL), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e que contou com o apoio do Instituto C&A e da Fundação Itaú Social. A partir dos dados da pesquisa, as autoras provocam reflexões articuladas às suas próprias experiências e observações na consultoria ao Programa Prazer em Ler (PPL) e na assessoria direta à Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) em nível local e nacional. As reflexões são costuradas com os relatos dos respondentes da pesquisa: leitores, mediadores de leitura, gestores, bibliotecárias e/ou parceiros das bibliotecas comunitárias entrevistados. Conclui que a identidade e participação ativa dos moradores e moradoras nessas experiências fortalecem vínculos e consequentemente a sustentabilidade desses equipamentos e deveriam inspirar estudos do poder público para contribuir com o desenho de políticas públicas para o setor. Destaca, ainda, a evidência da articulação em rede como uma estratégia de ocupação de espaços de incidência nas políticas públicas a fim de conquistar o direito de acesso ao livro, à leitura, à literatura e às bibliotecas.
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