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COMPETÊNCIA INFORMACIONAL: princípios para a formação contínua
de profissionais da informação em bibliotecas universitárias
VITORINO, E. V.1
RESUMO
Os resultados iniciais do projeto “Competência Informacional: construção social da
realidade sob o olhar do Profissional da Informação Bibliotecário” apresentados
neste trabalho, corresponde à primeira fase da pesquisa, identificada no projeto
inicial com o título de “Elaboração de um corpus teórico (baseado em levantamento
bibliográfico da literatura) sobre Competência Informacional nas suas diversas
dimensões e contextos”. Termo discutido amplamente, a Competência Informacional
já está bastante sólida noutros países, mas no Brasil ainda carece de estudos
teóricos e principalmente práticos, apesar do esforço importante realizado por
instituições de pesquisa e pesquisadores brasileiros. Este cenário indica que no
tocante a estudos teóricos sob a ótica dos profissionais da informação e a respeito
da atuação destes mesmos profissionais, são carentes na literatura e necessários
para o enriquecimento da Ciência da Informação. Articulada à atuação profissional
está a Competência Informacional do Bibliotecário em Bibliotecas Universitárias
tendo em vista que seu principal propósito é atender as necessidades informacionais
da comunidade acadêmica (corpo docente, discente, pesquisadores e técnicoadministrativos). O profissional da Informação Bibliotecário é a figura central no
discurso da Competência Informacional, pois se espera que saiba utilizar os
recursos informacionais para a resolução de problemas e aprendizado ao longo da
vida.
Palavras-chave: Competência Informacional. Profissionais da Informação.
Biblioteca Universitária.
ABSTRACT
The first results of the "Information Literacy: reality social production in the view of
Library Information Professionals" project, herein presented, regarding the first phase
of the research, named, in the initial project, "The production of a theoretical corpus,
based on the literature review, about information literacy in its different dimensions
and contexts". Widely discussed, the terminology 'Information Literacy' is already
soundly integrated in other countries, though further theoretical and, mainly, practical
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studies are needed in Brazil, despite the great efforts made by Brazilian research
institutions and researchers. This state of affairs indicates that theoretical studies in
the view of information professionals and practices of these same professionals are
reduced in the literature and imperative to the enrichment of the information science.
The information literacy of librarians is connected with the practice of such
professionals that work in university libraries, since their main purpose is to meet the
information needs of the academic community (faculty members, students,
researchers, and staff). The library information professionals are fundamental for the
Information literacy, in view of the fact that they are expected to know how to use
information tools in order to solve problems and to pursue their lifetime education.
Keywords: Information Literacy. Information Professional. University Library.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta um conjunto de reflexões sobre o tema Competência
Informacional. Vislumbram-se possibilidades de aplicabilidade da temática, tanto em
nível de pesquisas no Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação
(PGCIN), como em desdobramentos possíveis em nível de ensino, extensão e
educação continuada de Profissionais da Informação em geral e de Bibliotecários em
serviço. O propósito deste trabalho de pesquisa é a Competência Informacional no
âmbito do Profissional da Informação Bibliotecário. Assim, serão obtidos em etapa
posterior da pesquisa os discursos desses profissionais sobre as práticas
bibliotecárias à Competência Informacional em Bibliotecas Universitárias de Santa
Catarina, buscando-se elementos para a educação continuada desses profissionais.
2 PRINCÍPIOS À COMPETÊNCIA INFORMACIONAL
Para dar início a este trabalho, partiremos de um ponto bastante
discutível, mas que merece atenção: em dezembro de 1998, pesquisando na
Internet no provedor em serviços de pesquisa Altavista foram encontrados 9.510
resultados com a expressão information literacy (DUDZIAK, 2003, p.27). A título de
atualização e de comparação, inclusive, em fevereiro de 2008 (quase 10 anos
depois), pesquisando na Internet também no mecanismo de busca Altavista (2008)
foram encontrados 6.400.000 resultados no mundo (aproximadamente) e no
Google (2008) - uma ferramenta de busca de informações na Web - foram
encontrados 1.400.000 resultados no mundo e 3.110 no Brasil (aproximadamente)
�3
com a expressão information literacy. Este fato concreto denota um interesse cada
vez maior pelo tema e o crescimento vertiginoso de sites preocupados com o
assunto.
Tomemos, agora, como outro ponto de reflexão, as Metas do Milênio
(MDMs), constituintes da Declaração do Milênio, aprovada por 189 países, a qual
menciona que os governos "não economizariam esforços para libertar nossos
homens, mulheres e crianças das condições abjetas e desumanas da pobreza
extrema." Acima de tudo, as MDMs expressam a decisão da comunidade
internacional de reduzir à metade o número de pessoas que vivem com menos de
um dólar por dia até o ano 2015. Posto isso, as metas assim foram anunciadas (UN
MILLENNIUM, 2008) e uma delas em especial nos interessa – é a meta indicada
na alínea “h”: estabelecer parceria mundial com os países em desenvolvimento,
formular e executar estratégias que permitam aos jovens obter trabalho digno e
produtivo e tornar mais acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em
especial das tecnologias de informação. Como se pode observar, a MDM em
destaque refere-se à educação contínua (lifelong learning) e a competência
(literacy) quando menciona a inserção dos jovens no mundo do trabalho “digno” e
“produtivo”, seja ela voltada à tecnologia ou à informação (Competência
Informacional) para o uso de recursos informacionais.
Uma terceira argumentação também se faz necessária para discutir a
questão da Competência Informacional: historicamente a finalidade da formação
educacional foi a de formar profissionais para um trabalho estável, por toda a vida,
com indivíduos aptos a exercer uma função especializada. Essa situação já não é a
mesma nos dias atuais: cresce cada vez mais a demanda por profissionais flexíveis,
multicapacitados, capazes de aprender ao longo da vida. Dudziak (2003, p.31) nos
auxilia nesse argumento quando afirma que a informação, o conhecimento e a
habilidade em lidar com grandes massas de informação, assim como demandas
pessoais e profissionais, transformaram-se nos maiores determinantes dos avanços
sociais e econômicos.
Tal análise, referente ao mundo do trabalho, em se tratando dos
profissionais que lidam intensivamente com a informação e, em específico dos
profissionais da informação da área de Ciência da Informação já é motivo de estudos
�4
desde 1969 e de estudos recentes realizados pela Federação Internacional de
Documentação (FID) em 1997, estudos sobre a existência de mercados específicos
do profissional da informação (por exemplo em OBSERVATÓRIO..., 2006), o que
nos leva a crer na existência de uma tendência sem volta (não se trata de um
“modismo”) à educação ao longo da vida para a Competência Informacional. Tais
“entidades” não podem e não devem ser consideradas em separado, tendo em vista
que na maior das vezes ocorrem simultaneamente. Desses mercados, é possível
encaminhar uma importante noção do verdadeiro papel do profissional da
informação: o exercício da responsabilidade social e o auxílio e facilitação da
comunicação do conhecimento para aqueles que o necessitam (FERREIRA, D.,
2003). Esta situação demandou em todo o mundo o planejamento de projetos
educacionais buscando estabelecer uma educação centrada no aprendiz, em seus
processos de construção de conhecimentos e de cidadania. Expressões como
“aprendizagem do docente para o aprendiz”, “educação de qualidade”, “aprender a
aprender” enfatizando a formação totalizante do indivíduo, caracterizam as práticas
pedagógicas deste século, as quais se baseiam numa cultura educacional que
privilegia a atitude investigativa, a autonomia crítica e a busca criativa.
É fato, portanto, que novas competências profissionais só sobrevivem se
apoiadas numa prática reflexiva, na profissionalização, no trabalho em equipe e por
projetos, na autonomia e na responsabilidade crescentes, em pedagogias
diferenciadas, na centralização sobre as situações de aprendizagem, na
sensibilidade quanto ao saber. É, por assim dizer, um “novo ofício”, o qual surge
relacionado a uma crise, em um tempo em que os profissionais tendem a se voltar
para o coletivo e para as práticas que se mostraram válidas em suas trajetórias.
A partir do conhecimento de fatos e eventos históricos, e tendo-se em
mente que o próprio conceito de competência mereceria longas discussões neste
contexto (como nos assevera PERRENOUD, 2000, p. 15) – aliás, esse “atrativo
estranho” suscita desde tempos um número expressivo de estudos, tanto no mundo
do trabalho e da formação profissional, como na escola (PERRENOUD, 2000, p.15) e a partir da conscientização da importância da informação em meio às
transformações sociais, educacionais, políticas e econômicas do atual século, é
possível iniciar uma atitude em direção à transformação dos paradigmas
educacionais, profissionais e informacionais existentes. É nesse momento que se
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insere a information literacy, contemplando o uso de recursos informacionais para a
resolução de problemas e aprendizado ao longo da vida.
2.1 Argumentos à Competência Informacional
Os
termos
informação
e
conhecimento
são
reconhecidamente
compreendidos como elemento incontestável em todos os segmentos da sociedade:
é condição elementar para a cidadania plena dos indivíduos. Assim, há uma
tendência natural à crescente disponibilização de dados e de informações cujo
principal objetivo é a geração de conhecimento. De forma paradoxal, o que é
disponibilizado por vezes com essa intenção, torna-se exagero, principalmente via
Internet, surgindo daí “[...] barreiras relacionadas ao seu acesso, tais como o número
ilimitado de fontes e o desconhecimento de certos mecanismos de filtragem,
organização e mesmo da apropriação da informação.” (DUDZIAK, 2003, p. 23).
É, portanto, um cenário rico e ao mesmo tempo empobrecedor: acesso à
informação, e, excesso de informação. Pois aquilo que não é incorporado e
absorvido pelo indivíduo, transformando-se em conhecimento, acaba por se tornar
desinformação, levando ao lado perverso da informação: a dúvida e o
desconhecimento. Polêmicas à parte, este também é um cenário que propiciou o
surgimento de uma tendência sem volta: o da necessidade da information literacy
(aqui traduzida por Competência Informacional), principal propósito de indivíduos e
sociedade, e de Profissionais da Informação, particularmente no ensino universitário.
Termo discutido amplamente noutros países, a Competência Informacional
já está bastante sólida em outros contextos, mas no Brasil ainda carece de estudos
teóricos e principalmente práticos, apesar do esforço importante realizado por
instituições de pesquisa e pesquisadores brasileiros. Rockman (2004, p. 5), por
exemplo, argumenta que o termo, mesmo que de forma rudimentar, já se
apresentava na literatura mundial na década de 50, enquanto que para outros
pesquisadores isso só ocorreu na década de 70, com o relatório produzido por
Zurkowski (1974).
É possível afirmar, diante dos estudos já realizados e, neste caso por
Dudziak (2003, p. 23), que a information literacy ainda permanece, conceitualmente,
�6
um tanto indefinida. Nesta tendência, muitos estudos têm sido realizados sobre a
Competência Informacional abordando a definição, as características, as diferentes
concepções, as questões sobre a influência do contexto e alguns casos práticos
(DUDZIAK, 2003, p.23; BELLUZZO, ROSETTO, 2005). Porém, a pesquisa em
information literacy ainda está na sua “infância” (BRUCE, 1999; DUDZIAK, 2003) e é
um conceito dinâmico e constantemente repensado (DUDZIAK, 2003, 2007). É na
formação inicial e contínua do Profissional da Informação que a Competência
Informacional pode tomar proporções nunca antes imaginadas.
2.2 A Formação Contínua para a Competência Informacional
O aprendizado de toda a vida prepara o Profissional da Informação
Bibliotecário a atingir metas e aproveitar oportunidades em evolução para o
benefício compartilhado. Além disso, auxilia-o a enfrentar os desafios tecnológicos,
econômicos
e
sociais
para
reverter
as
desvantagens
e
incrementar
as
oportunidades. O que pensa o Profissional da Informação Bibliotecário sobre a
Competência Informacional? O Bibliotecário reconhece quais são as necessidades
informacionais dos usuários e as suas próprias? O Bibliotecário reconhece a
necessidade de aprendizado contínuo e das competências necessárias a sua
profissão?
Os Bibliotecários, parte do conjunto dos Profissionais da Informação (entre
eles os arquivistas, documentalistas, gerentes de bases de dados, consultores de
informação, profissionais da comunicação, analistas de informação, professores
etc.), por “tratarem” a informação – na sociedade da informação – requerem grande
variedade de competências (PIGGOT, 1996 apud FERREIRA, D., 2003). Desta feita,
surgem no cenário brasileiro, principalmente nos anos de 2000, um número
significativo de estudos que buscam tratar desse tema (CAMPELLO, 2003;
FERREIRA, D. 2003; GÓMEZ, 2003; FERREIRA, R., 2003; SILVA et al., 2005;
DUDZIAK, 2003, 2005; BELLUZZO e ROSETTO, 2005), contudo, a maior parte
deles sob o olhar dos usuários.
Percebe-se, então que estudos teóricos sob a ótica dos Profissionais da
Informação e a respeito da atuação destes, são necessários ao enriquecimento da
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Ciência da Informação levando-os à condição de agentes de transformação
(DUDZIAK, 2007). O atual cenário evidencia ainda que o próprio conceito de
Sociedade da Informação e do conhecimento necessitará de longas discussões
(TAKAHASHI, 2000).
2.3 Sociedade da Informação e Competência Informacional
Sociólogos como Castells (2002) e Lévy (1999) já mostravam que, das
sociedades descritas por eles, decorrem novas formas de pensar e de se relacionar
com a realidade, considerando-se a existência de novas economias informacionais e
a necessidade de uma cultura da informação. A sociedade da informação representa
uma profunda mudança na organização da sociedade e da economia – um novo
paradigma – mas é, principalmente um fenômeno global com elevado potencial
transformador das atividades sociais e econômicas, uma vez que a realidade social
será em alguma medida afetada pela infra-estrutura de informações disponível
(BRASIL, 2000).
É fundamental preservar o ambiente crítico e autocrítico para poder reduzir
e controlar a informação. Demo (2000), no seu artigo sobre as “ambivalências da
sociedade da informação”, discute de forma pontual e esclarecedora a também
“ambivalência da informação”. Segundo o autor, “[...] não se trata apenas de nos
entupir com informação de tal forma que já não a saibamos manejar, mas, sobretudo
de usá-la para seu oposto, no sentido mais preciso de cultivo da ignorância [...]”, pois
para ele, a informação é em si ambivalente, tanto em quem a pronuncia, quanto em
quem a recebe e em todos os momentos passa pelo filtro da subjetividade, além de
sua dimensão estar limitada pelo aparato perceptor e conceitualizador (DEMO, 2000,
p.41). A questão mais dura (e a que mais incomoda) quando estamos às voltas com
a compreensão da Sociedade da Informação se constitui no poder de agregar e
segregar que a informação alcança: constitui-se em duas mãos de direção de uma
operação construtiva que se funda em processos de emissão e captação de sinais,
em trocas que vinculam ou desvinculam (BAITELLO JUNIOR, 1994).
Segundo Campello (2003), a Sociedade da Informação é o espaço mais
abrangente por onde trafega o movimento da Competência Informacional. É um
�8
ambiente tão mutante que exige novas habilidades para nele se sobreviver. Pois
segundo os estudos de Campello (2003), um período de mudanças profundas na
educação e de intenso aumento da acessibilidade à informação, proporcionados
pelas TICs, é também uma oportunidade de desafiar Bibliotecários a planejar um
futuro proporcionalmente superior para os ambientes informacionais, pois é ao
mesmo tempo um momento complexo e potencialmente desafiador em todos os
sentidos.
No documento Information Literacy: a position paper on information
problem solving (AASL, 2001 apud CAMPELLO, 2003) afirma-se que a Competência
Informacional prepara o indivíduo para tirar vantagem das oportunidades inerentes à
Sociedade da Informação, constituindo-se em espaço para se discutirem questões
como a capacidade do país em competir internacionalmente, bem como as injustiças
sociais e econômicas, desde que as pessoas sejam capazes (literacy) para lidar com
a enorme quantidade de informação disponível.
Tanto a transformação do capital, quanto da ciência, articulada às
mudanças tecnológicas referentes à circulação da informação, produziu a idéia de
sociedade do conhecimento, na qual o fator mais importante é o uso intensivo e
competitivo dos conhecimentos (CHAUÍ, 2003). Nas palavras de Chauí (2003, p.8),
ao se tornarem forças produtivas, o conhecimento e a informação passaram a
compor o próprio capital, que passa a depender disso para sua acumulação e
reprodução. Cabe enfatizar que na sociedade da informação o conhecimento é
inseparável da velocidade, isto é, a acentuada redução do tempo entre a aquisição
de um conhecimento e sua aplicação tecnológica, a ponto dessa aplicação acabar
determinando o conteúdo da própria investigação científica. Fala-se, deste modo,
numa explosão do conhecimento, quantitativa e qualitativa, tanto no interior das
disciplinas clássicas como na criação de disciplinas novas e novas áreas de
conhecimento (CHAUÍ, 2003).
Assim sendo, a Sociedade da Informação constituída em um ambiente de
abundância informacional tem na tecnologia os recursos que irão permitir lidar com o
problema, potencializando o acesso à informação e conectando as pessoas aos
produtos da mente (UNITED KINGDOM, 1997). Aliada do Bibliotecário na
intensificação do acesso e uso da informação, a tecnologia é também fonte de
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preocupação constante: fala-se que a fluência nas TICs é apenas um dos
componentes da Competência Informacional (BAWDEN, 2001). Muitos especialistas
(entre eles OBERMAN, 1991) aconselham os Bibliotecários a resistir à sedução da
tecnologia, mas ao mesmo tempo compreender seu impacto e planejar estruturas
em que a tecnologia fortaleça a aprendizagem significativa e não a substitua.
A tendência em mostrar as TICs como meras ferramentas da Competência
Informacional, nas palavras de Campello (2003), não impediu que diversos textos
fossem escritos destacando o papel das tecnologias no processo de aprendizagem.
Em Tarapanoff et al. (2002), observa-se que entre as funções sociais delineadas
para o Profissional da Informação na Sociedade da Informação, está a função
educativa e a de mediação. A educativa relaciona-se à alfabetização em informação,
e a segunda, à animação da inteligência coletiva. Educar a si próprios e educar aos
outros para a sociedade da informação é um dos grandes desafios para o
Profissional da Informação e um passo importante para a formação da cultura
informacional na sociedade com o uso racional e equilibrado das TICs.
2.4 Competência Informacional em Bibliotecas Universitárias
O principal papel da Biblioteca Universitária – e por conseqüência dos
profissionais que nela atuam – é atender às necessidades informacionais da
comunidade acadêmica (corpo docente, discente, pesquisadores e técnicoadministrativos), concentrando sua coleção nos conteúdos programáticos ou em
projetos acadêmicos dos cursos ministrados pela universidade a qual está vinculada.
Há que se ponderar quanto à atuação do Profissional da Informação
Bibliotecário – e em específico de Biblioteca Universitária que a educação
continuada deste profissional é de responsabilidade do próprio profissional, pois ao
assumir uma postura ativa e crítica, o que pressupõe uma disposição de busca
incessante, o Bibliotecário terá competência para atuar em prol da sociedade
contemporânea (VALENTIM, 2002).
Para Bertucci (2000) muitas inquietações estão presentes há anos no
universo dos profissionais que atuam nas bibliotecas universitárias, mas que agora
ganham magnitude: preocupações com o tamanho das coleções, com a utilização
�10
da informática, com a formação contínua dos profissionais e com as relações
humanas (entre aqueles que atuam na instituição e entre eles e os usuários, são
alguns exemplos). Para a autora “[...] as bibliotecas e os que nelas trabalham estão
sendo cada vez mais cobrados pelos serviços que prestam.” (BERTUCCI, 2000,
p.3). Miranda (2007, p. 4) complementa: “[...] o seu diferencial com relação a outras
unidades de informação ocorre em virtude de a educação ser a base do
planejamento e seus usuários serem heterogêneos.” O profissional que pertence a
esta categoria de biblioteca tem um papel determinante no desempenho da
organização (MIRANDA, 2004). Assim, às atividades tradicionais atribuídas aos
Bibliotecários, como mediador entre a informação e o usuário, devem ser agregadas
as experiências com as técnicas de gerenciamento da informação e conhecimentos
sobre as tecnologias da informação para a confirmação do seu papel de filtrar a
informação em produtos e serviços de informação (MIRANDA, 2004).
Deste modo, o discurso é de dupla face: de um lado realça a competência
tradicional e única do Bibliotecário na abordagem crítica da informação, na sua
capacidade para lidar com os mais variados formatos da informação e na sua
sensibilidade para entender as necessidades de informação de diferentes públicos.
Noutra face, há insistência em que o Bibliotecário deva mudar, adotando atitudes
condizentes com o novo ambiente social (FRANCELIN, 2003). Isto significa que a
simples disponibilização de materiais na biblioteca, combinada com o nível limitado
de auxílio ao usuário, não é considerada suficiente para atender à crescente
sofisticação das demandas de aprendizagem sugeridas para a universidade na
Sociedade da Informação. Ainda, é preciso esclarecer que concepções “abstratas e
ambíguas” são insuficientes: o foco da biblioteca deve se deslocar dos recursos para
o usuário/cliente, a fim de criar a comunidade de aprendizagem (AASL, 1998 apud
CAMPELLO, 2003).
A percepção da necessidade desse viés educacional na profissão de
Bibliotecário não é recente. Desde a década de 1950 já havia a percepção por parte
de Bibliotecários de que a biblioteca poderia embasar uma aprendizagem mais ativa,
constituindo-se em campo fértil para o desenvolvimento de estratégias de
aprendizagem condizentes com as teorias educacionais centradas no aluno
(CAMPELLO, 2003). É fato que os documentos institucionais divulgados em todas
as partes do mundo sobre Competência Informacional mencionam de forma
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exaustiva as habilidades que consideram essenciais para sobreviver na Sociedade
da Informação (habilidades cognitivas de ordem superior ou de pensamento crítico):
habilidade de solucionar problemas; habilidade de aprender independentemente
(autonomia); habilidade de aprender ao longo de toda a vida (lifelong learning);
habilidade de aprender a aprender; habilidade de questionamento; e, habilidade de
pensamento lógico.
O Profissional da Informação imbuído da Competência Informacional pode
dar soluções a esta realidade que agora se faz presente e tem evidenciado ese
hecho, pois é mais visível e dramático através das demandas dos habitantes deste
mundo global (MORALES, 2006). Para Campello (2003), o discurso da Competência
Informacional se desenvolve em torno de quatro aspectos: a Sociedade da
Informação, as teorias educacionais construtivistas, a tecnologia da informação e o
Bibliotecário. Cabem aí importantes possibilidades de temas para a formação
contínua dos Profissionais da Informação Bibliotecários em serviço.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Até este ponto – aqui representado por algumas reflexões oriundas de
pesquisa em andamento – há uma sutileza neste estudo que nos transmite a
importância da educação para o desenvolvimento da Competência Informacional. Na
verdade, o engajamento em ações sobre o tema, a participação no debate sobre a
Competência Informacional e a formação continuada dos Profissionais da
Informação, nos possibilita prever que este é o caminho certo para alcançarmos
resultados futuros estimulantes para a continuidade desta pesquisa.
Entre as ações já desenvolvidas estão: docência na pós-graduação em
nível de mestrado da Disciplina PCI3304-04 (Tópicos Especiais - Competência
Informacional), ministrada no 3º. Trimestre de 2007, no Programa de Pós-Graduação
em Ciência da Informação (PGCIN) da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC); trabalhos aceitos em eventos, para apresentação oral; trabalhos publicados
em revistas com Qualis A; orientações em nível de graduação (Trabalho de
Conclusão de Curso - TCC) e de mestrado – em andamento; participação em
bancas de mestrado relativas à temática; projetos de pesquisa encaminhados a
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órgãos de fomento; projeto de pesquisa aprovado por órgão de fomento1 proposta
de oficina para Bibliotecários da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC); disciplina optativa em andamento, ofertada no segundo semestre
de 2008 para os alunos do Curso de Graduação em Biblioteconomia da UFSC.
Sendo assim, já é possível perceber com os dados levantados até então
que a temática é oportuna e vital à formação do Profissional da Informação
Bibliotecário, em Bibliotecas Universitárias.
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__________________
1
Elizete Vieira Vitorino, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Ciências da
Educação (CED), Departamento de Ciência da Informação (CIN), elizete@cin.ufsc.br.
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Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 15 - Ano: 2008 (CRUESP - São Paulo/SP)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: Empreendedorismo e inovação: desafios da biblioteca universitária
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
CRUESP
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2008
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
São Paulo (São Paulo)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Competência informacional: princípios para a formação contínua de profissionais da informação em bibliotecas universitárias.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Vitorino, E. V.
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
São Paulo (São Paulo)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
CRUESP
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2008
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Os resultados iniciais do projeto “Competência Informacional: construção social da realidade sob o olhar do Profissional da Informação Bibliotecário” apresentados neste trabalho, corresponde à primeira fase da pesquisa, identificada no projeto inicial com o título de “Elaboração de um corpus teórico (baseado em levantamento dimensões e contextos”. Termo discutido amplamente, a Competência Informacional já está bastante sólida noutros países, mas no Brasil ainda carece de estudos teóricos e principalmente práticos, apesar do esforço importante realizado por instituições de pesquisa e pesquisadores brasileiros. Este cenário indica que no tocante a estudos teóricos sob a ótica dos profissionais da informação e a respeito da atuação destes mesmos profissionais, são carentes na literatura e necessários para o enriquecimento da Ciência da Informação. Articulada à atuação profissional está a Competência Informacional do Bibliotecário em Bibliotecas Universitárias tendo em vista que seu principal propósito é atender as necessidades informacionais da comunidade acadêmica (corpo docente, discente, pesquisadores e técnico-administrativos). O profissional da Informação Bibliotecário é a figura central no discurso da Competência Informacional, pois se espera que saiba utilizar os recursos informacionais para a resolução de problemas e aprendizado ao longo da vida.
Language
A language of the resource
pt
snbu2008