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CARTOGRAFIA DE DISSERTAÇÕES E TESES: UMA APLICAÇÃO À ÁREA DE
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO.
Nair Yumiko Kobashi
Escola de Comunicações e Artes – USP-Brasil
Email: nykobash@usp.br
Raimundo Nonato Macedo dos Santos
Programa de Pós-graduação em Ciência da Informaçãp – PUC-Campinas - Brasil
Email: rnsantos@puc-campinas.edu.br
José Oscar Fontanini de Carvalho
Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação – PUC-Campinas - Brasil
Email: oscar@puc-campinas.edu.br
Resumo
Os repositórios de dissertações e teses, produzidas e gerenciadas por bibliotecas de instituições
de ensino superior, são fontes imprescindíveis para mapear a ciência produzida no país. Para uma
primeira abordagem do objeto, foram consideradas as dissertações e teses da área de Ciência da
Informação, no Brasil (1977-2004), para cuja análise foram utilizados os métodos bibliométricos.
Por meio de técnicas bibliométricas avançadas - como as de análise multidimensional -, podem ser
identificadas: áreas de concentração, orientadores, linhas e temas de pesquisa, redes de
cooperação e de produtividade científica. A análise bibliométrica foi antecedida de consolidação
dos dados bibliográficos, procedendo-se, em seguida, à representação de suas relações por meio
de mapas. Obtém-se, com esses recursos, visão global de conjuntos de informações, como
também as relações de natureza diversa entre eles. Além dos resultados específicos do estudo,
que poderão ser úteis para avaliar e direcionar a política de pesquisa em Ciência da Informação,
do país, foram sistematizados referencial teórico, metodológico e técnico para a exploração de
bases de dissertações e teses, com vistas à produção de indicadores. Esse referencial poderá ser
útil também para apoiar os processos gerenciais de produção, avaliação e controle das bases de
dados, como também para a concepção de novos tipos de interfaces visuais de recuperação de
informação.
Introdução
O presente estudo é parte integrante de projeto temático desenvolvido
cooperativamente entre pesquisadores vinculados a programas de pós-graduação
em Ciência da informação, da Universidade de São Paulo e PUC-Campinas1, com
o objetivo de mapear aspectos da institucionalização cognitiva e social da ciência
brasileira. O objeto empírico da pesquisa é constituído de dissertações e teses
produzidas no país.
Esta abordagem foi motivada pela constatação de que os estudos de produção
científica tradicionais, realizados com artigos científicos referenciados em bases
1
Institucionalização da pesquisa científica no Brasil: cartografia temática e de redes sociais por meio de
técnicas biblométricas (Projeto que conta com auxílio do CNPq (2006-2008)
1
�de dados internacionais, com vistas aos estudos de impacto, são altamente
questionáveis quanto à sua validade para conhecer a ciência efetivamente
produzida em cada país. Do ponto de vista teórico, esta pesquisa insere-se no
campo dos estudos sociais da ciência, tendo como objetos empíricos bases de
dados referenciais de dissertações e teses, cuja exploração se faz por meio de
métodos
bibliométricos
avançados,
os
quais
fornecem
as
estruturas
e
representações para análise e interpretação.
Para desenvolver o trabalho, partiu-se da hipótese de que as bases de dados de
dissertações e teses, produzidas e mantidas pelas bibliotecas das universidades
brasileiras, são fontes imprescindíveis para mapear a ciência produzida no país.
Com efeito, são essas bases permanentemente atualizadas, constituindo-se nas
mais exaustivas inscrições deste tipo de produção, sendo elas hoje mais
completas do que os repositórios mantidos pela CAPES (Coordenadoria de
Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior) e IBICT (Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia). As referidas bases de dados recebem
tratamento específico, por várias razões, dentre as quais podem ser destacados
os seguintes aspectos: disponibilizar informação sobre a produção científica da
universidade, manter atualizada a memória da instituição sobre a produção dos
programas de pós-graduação, prestar contas à CAPES e apresentar dados de
produtividade científica em projetos apresentados aos órgãos de fomento.
Deve-se assinalar, ainda, que a produção de dissertações e teses dá-se em
contextos altamente institucionalizados e controlados, Um exemplo pode ser dado
para ilustrar a magnitude dos dados disponíveis: a Base de Dados de
Dissertações e Teses, da Universidade de São Paulo, que cobre o período 1934 2006, acumula mais de 70.000 registros. Essa massa de dados não foi, ainda,
analisada sistematicamente para gerar indicadores de pesquisa científica.
A análise desses repositórios pode fornecer diversos tipos de representações, tais
como: distribuição quantitativa de temas de pesquisa, linhas de pesquisa e áreas
2
�de concentração, quantidade de trabalhos produzidos pelos programas de pósgraduação, número de orientadores de dissertações e teses, quantidade de
trabalhos orientados, redes de cooperação entre programas/pesquisadores,
produtividade dos programas por comparação, etc. Obtém-se por meio desses
dados e seus cruzamentos, cartografias que permitem fazer inferências sobre a
institucionalização cognitiva e social da pesquisa científica no país.
A representação gráfica de informações justifica-se por sua funcionalidade para
obter visualização global de informações, como também para destacar relações
estruturais e contingentes entre os dados. Deve-se salientar, ainda, que tais
formas de visualização vêm sendo propostas como poderosas interfaces para
serem utilizadas em sistemas de recuperação da informação, de modo a tornar
mais amigáveis os processos de busca de informação (Herrero-Solana e Hassan,
2005; Freitas et al, 2001; Nascimento e Ferreira, 2005).
Metodologia
Elegeu-se como método de abordagem dos dados a análise bibliométrica. A
bibliometria avançou teórica e metodologicamente, nas últimas décadas, apoiada
nas tecnologias da informação e da comunicação. Esse fato tornou possível sua
aplicação ampla em estudos para a produção de indicadores da ciência. A
construção de mapas da ciência é uma das aplicações que mais cresce, por sua
eficácia para monitorar a produção científica, base importante para orientar a
elaboração de políticas científicas. (Braam, Moed and Van Raan, 1991). Os mapas
obtidos por métodos bibliométricos configuram-se, pois, como instrumentos de
apoio ao planejamento, na medida que permitem elaborar tanto retratos
instantâneos de determinada atividade científica, como também mapas que
privilegiam a diacronia (Noyons, 1990).
Para a abordagem preliminar do objeto, por ora de natureza exploratória, foi
selecionado como campo de teste, as dissertações e teses da Ciência da
3
�Informação, pelo fato de os pesquisadores terem familiaridade com esta área,
aspecto importante para analisar o corpus. Para o desenvolvimento do estudo, foi
realizado, inicialmente, exaustivo trabalho de coleta de dados, do período 19772005, visto não existir no país base de dados de âmbito nacional sobre estes tipos
de documentos. O recorte temporal adotado deve-se ao fato de as bases
referenciais sistemáticas sobre dissertações e teses, no país, terem tido início em
1977.
Via de regra, os registros bibliográficos de dissertações e teses apresentam a
seguinte estrutura: orientador, grau acadêmico, autor, título, palavras-chave,
resumo, localização, instituição, área de conhecimento e ano de defesa. Para os
fins específicos deste estudo, os seguintes dados foram considerados: grau
acadêmico, palavras-chave, instituição e área de conhecimento. Em seguida, os
dados foram padronizados, para fins de tratamento bibliométrico.
Para garantir a consistência dos resultados, procedeu-se, inicialmente, à
identificação de erros nos registros considerados no corpus e sua correção.
Dedicou-se atenção especial à padronização das palavras-chave, com o fim de
evitar dispersões que pudessem comprometer a análise e a validação dos
resultados.
Uma das condições mais importantes do trabalho bibliométrico refere-se à
confiabilidade dos dados. Deve-se apontar aqui que muitos estudos bibliométricos
têm dado maior importância aos procedimentos técnicos e uso de softwares,
dedicando pouca atenção aos dados de partida, fato que compromete a validade
dos resultados obtidos. Neste trabalho, verificou-se que as bases de dados de
dissertações e teses, de forma geral, apresentam inconsistências em praticamente
todos os campos bibliográficos: não há padronização do nome do orientador,
nome da instituição que abriga o programa, nome do programa. O problema mais
espinhoso detectado refere-se ao campo das palavras-chave. Observa-se grande
variação na atribuição de descritores, que são ou muito genéricos ou muito
específicos,
utilizam-se
diferentes
formas
de
expressão
para
conceitos
4
�equivalentes, há atribuição excessiva ou insuficiente de descritores para identificar
os assuntos tratados nos trabalhos. enfim, há ausência de padronização temática
das bases. Semelhante situação impede a utilização direta das bases de dados, o
que requer a elaboração de base de dados ad hoc para garantir a fidedignidade e
validade dos estudos.
Os dados utilizados no estudo, ora apresentado, cobrem o período 1977-2001.
Não foram considerados dados de anos posteriores, visto termos obtido dados
efetivamente atualizados, dos anos 2002- 2005, de apenas duas instituições:
Universidade de São Paulo (USP) e Puc-Campinas.
Para assegurar a acurácia do estudo, foram utilizados os seguintes softwares:
Infotrans, VantagePoint,. Dataview, Excel / Statistica. Esses aplicativos permitiram
reformatar os dados de partida e transformá-los em registros bibliométricos,
contabiliza-los e representá-los em forma de matriz e/ou distribuição por
freqüência, para fins de tratamento estatístico e geração automática de clusters.
Apresentamos, a seguir, os gráficos das análises realizadas.
5
�Figura 1: Número total de titulados por instituição
350
300
PUCCAMP; 262
250
UFRJ/IBICT; 228
200
150
UFMG; 118
ECA/USP; 115
100
UFPB; 82
UnB; 63
50
UNESP; 9
0
-50
A Figura 1 mostra o número global de dissertações e/ou teses produzidas por
cada programa de pós-graduação em Ciência da informação do país, no período
1977 - 2001. Observa-se que a Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ/IBICT) e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
são as que formaram o maior número de pós-graduados da área, no período
considerado.
6
�Figura 2: Número de dissertações e teses por instituição
275
262
250
210
225
200
175
81
110
150
59
73
125
4
42
100
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1
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75
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8
50
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25
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es
A Figura 2 mostra que a PUC-Campinas formou o maior número de mestres,
nesse período, seguida de perto por UFRJ/IBICT. O maior número de doutores da
área foi formado pela ECA-USP, seguida pela UFRJ/IBICT.
7
�Figura 3: Número de dissertações e teses por ano.
80
78
70
72
60
61
60
61
50
40
44
40
36
34
30
35
35
39
34
31
20
19
10
6
1
5
6
1
5
5
1
0
2
2
13
3
4
4
1
7
1
1
9
6
1
1
7
1
01
20
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20
99
19
98
19
97
19
95
96
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94
19
93
19
92
19
91
19
90
19
19
89
19
88
19
87
19
86
19
85
19
3
84
19
82
8
19
81
19
19
80
19
79
19
8
7
19
1
Percebe-se, pela Figura 3, que o número de doutores da área é bastante
incipiente, se comparado com o número de mestres. É urgente identificar as
razões pelas quais os mestres formados não se dirigem ao doutorado. Não há
vagas suficientes nos programas? Não estão interessados no doutorado da
própria área os que obtiveram o grau de mestre da área? Não são os mestres
estimulados a prosseguirem para obter a formação doutoral? Os mestres
formados no país preferem fazer o doutorado fora do país? São, enfim, inúmeras
as questões colocadas por este gráfico, que exigem respostas rápidas para
reverter o quadro de formação de doutores para a área, no país. É bastante
conhecida a dificuldade para preencher as vagas docentes, para cursos de
graduação e pós-graduação, em Ciência da Informação, das instituições de ensino
superior do país.
8
�Figura 4: Temas das dissertações e teses
0
20
40
60
80
100
BIBLIOTECA ESPECIALIZADA
ESTUDO DE USUARIO
86
INFORMACAO ESPECIALIZADA
85
BIBLIOTECA UNIVERSITARIA
68
CIENCIA DA INFORMACAO
63
BIBLIOTECONOMIA
47
SISTEMA DE RECUPERACAO DE INFORMACAO
43
SISTEMA DE INFORMACAO
41
36
DISSEMINACAO DE INFORMACAO
PROFISSIONAL DA INFORMACAO
36
SERVICOS DE INFORMACAO
34
INFORMACAO
33
TECNOLOGIA DA INFORMACAO
32
BIBLIOMETRIA
26
PRODUCAO CIENTIFICA
24
AVALIACAO
23
COMUNICACAO CIENTIFICA
23
LEITURA
23
21
INDEXACAO
AUTOMACAO
20
INTERNET
20
18
INFORMACAO TECNOLOGICA
ARQUIVO
17
PERIODICO CIENTIFICO
17
16
FONTES DE INFORMACAO
16
LINGUAGEM DOCUMENTARIA
GESTAO DE INFORMACAO
15
14
DOCUMENTACAO
13
CIDADANIA
FLUXO DE INFORMACAO
MUSEOLOGIA
DESENVOLVIMENTO DE COLECAO
SOCIEDADE DA INFORMACAO
120
105
13
12
11
10
O gráfico acima (Fig. 4) foi elaborado com base nos descritores constantes do
campo de palavras-chave do corpus, limitados, no entanto, a um subconjunto dos
descritores, tendo em vista a abordagem ainda exploratória do estudo. Observa-se
que os temas Bibliotecas, Bibliotecas universitárias e Bibliotecas especializadas
foram amplamente abordados. Pode-se perguntar se esses temas não refletem
mais a perspectiva de resolução de problemas locais, por meio de estudos de
caso, do que preocupação efetivamente acadêmica, de desenvolver teórica e
metodologicamente a área. Percebe-se, por outro lado, que os descritores
referentes aos temas Ciência da Informação e Biblioteconomia começam a
aparecer nesse conjunto, indicando, talvez, a emergência de preocupações
epistemológicas. Da mesma forma, os descritores Sociedade da Informação e
Cidadania podem indicar a ampliação dos interesses da área, sinalizando para
uma possível preocupação com a contextualização dos temas abordados. Há,
ainda, a presença de descritores como Arquivologia e Museologia, que podem ser
indicativos de que estes duas disciplinas começam a se identificar como
constitutivas do campo da Ciência da Informação.
9
�70
70
70
Figura 5: Evolução temporal da denominação dos cursos.
50
60
38
50
35
41
40
12
2
3
30
17
8
1
20
15
9
19
94
19
93
19
92
19
91
19
90
19
89
19
88
19
87
19
86
19
85
19
84
193
8
192
8
191
8
190
8
199
7
198
7
19
2
27
23
14
3
4
2
30
24
21
13
1
4
2
1
23
17
10
11
5
1
4
27
24
19
19
21
23
11
14
11
10
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20
99
19
98
19
97
19
96
19
5
0
A Figura 5 mostra que há a gradativa modificação do nome dos cursos de
Biblioteconomia para Ciência da Informação. Esse fenômeno, fato empiricamente
conhecido, indica que a Ciência da Informação no Brasil constituiu-se a partir de
cursos de Biblioteconomia, majoritariamente pela modificação do nome deste
último para uma denominação mais contemporânea. Requer maior investigação o
fato de não terem sido criados novos cursos na área, aspecto que pode ser indício
de estagnação do campo científico, ou de ausência de iniciativas adequadas para
consolida-lo e faze-lo crescer.
Considerações finais
Diversas questões ficaram evidenciadas neste estudo, embora, tenham aqui sido
analisados apenas parte dos dados coletados. Uma primeira questão refere-se à
qualidade das bases de dados de teses e dissertações e teses do país. Verificouse que elas devem ser objeto de maior cuidado, quanto à padronização e
consistência, por parte das instituições que as produzem e as mantêm. Do modo
como se encontram, atualmente, comprometem tanto a recuperação da
informação quanto a produção de indicadores. Com efeito, as bases de dados,
que se configuram, atualmente, como dispositivos plurifuncionais, destinados a
10
�perpetuar a memória científica do país, sendo igualmente fontes de consulta para
fomentar novas pesquisas e de suporte à produção de indicadores da atividade
científica, somente poderão servir a essas funções se tiverem confiabilidade. A
ausência desses cuidados compromete, por outro lado, a construção da sonhada
base de dados nacional de dissertações e teses, na medida que tal base foi
concebida, pelo IBICT, para ser constituída cooperativamente, por meio da
captura dos dados referenciais produzidos localmente por cada universidade ou
institutos de pesquisa.
Quanto à análise proporcionada pelas representações gráficas, duas questões
saltam aos olhos: primeiro, o número incipiente de doutores na área, fato que
indica a necessidade de estabelecer políticas específicas para reverter o quadro;
segundo, os dados sobre as temáticas mais freqüentes das dissertações e teses
merecem estudos mais aprofundados. No entanto, essa tarefa será árdua, na
medida que a continuidade dependerá da análise de cada trabalho (ao menos do
título e resumo), para a padronização dos descritores, porque, em várias
ocorrências, os descritores atribuídos não refletem nem o título nem o resumo das
dissertações e teses. Fica claro, portanto que, na atual situação, os estudos de
mapeamento da produção científica devem ser precedidos da construção de
bases de dados ad hoc para que as análises sejam válidas. Com os olhos
voltados para uma Base Digital de Dissertações e Teses, de cobertura nacional,
além da padronização dos dados bibliográficos, urge que seja atualizado o
Tesauro de Ciência da Informação, instrumento que servirá para parametrizar a
atribuição de descritores à produção científica da área. Para esta tarefa específica,
foi estabelecido um acordo de cooperação, entre IBICT e Universidade de São
Paulo, para atualização do Tesauro de Ciência da Informação.
Além dos resultados específicos obtidos, foi possível, com esta experiência,
aprimorar referencial teórico e metodológico imprescindível para fazer incursões
em outras áreas do conhecimento. Foi possível, também, aprimorar as
competências do grupo de pesquisa, constituído de pesquisadores seniors, alunos
11
�de pós-graduação e estudantes de graduação, de modo a fortalecer as condições
de produzir novas pesquisas que sirvam de bases efetivas para avaliar a produção
científica nacional.
Finalmente, a indicação de como prosseguirá este estudo: serão feitas análises de
co-ocorrência de descritores para obter maior clareza sobre os temas estudados,
na medida que os objetos de estudo se expressam, via de regra, pela
coordenação de descritores. Em seguida, serão feitas experiências de construção
de mapas dinâmicos de representação da informação, com base nos estudos
desenvolvidos no campo da Interação Humano Computador (IHC).
Agradecimentos: Manifestamos nossos agradecimentos a Antonio Carlos da Silveira
Junior (aluno de mestrado em Ciência da informação), Cesar Antonio Pereira (aluno de
mestrado em Ciência da informação), Oscar Eliel (aluno de mestrado em Ciência da
informação), Regiane Alcântara Eliel (aluna de mestrado em Ciência da informação),
Rubenildo Oliveira da Costa (aluno de mestrado em Ciência da informação), Tatiana
Santana (bolsista de Iniciação Científica - PIBIC) e Vanessa Evelyn Costa (bolsista de
Iniciação Científica PIBIC). Este trabalho não teria sido possível sem o dedicado trabalho
de coleta e padronização dos dados por eles realizada.
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13
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
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SNBU - Edição: 14 - Ano: 2006 (UFBA - Salvador/BA)
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Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
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Tema: Acesso livre à informação científica e bibliotecas universitárias.
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SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
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Evento
Coverage
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Cartografia de dissertações e teses:uma aplicaçao à área de ciência da informação.
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Description
An account of the resource
Os repositórios de dissertações e teses, produzidas e gerenciadas por bibliotecas de instituições de ensino superior, são fontes imprescindíveis para mapear a ciência produzida no país. Para uma primeira abordagem do objeto, foram consideradas as dissertações e teses da área de Ciência da Informação, no Brasil (1977-2004), para cuja análise foram utilizados os métodos bibliométricos. Por meio de técnicas bibliométricas avançadas - como as de análise multidimensional -, podem ser identificadas: áreas de concentração, orientadores, linhas e temas de pesquisa, redes de cooperação e de produtividade científica. A análise bibliométrica foi antecedida de consolidação dos dados bibliográficos, procedendo-se, em seguida, à representação de suas relações por meio de mapas. Obtém-se, com esses recursos, visão global de conjuntos de informações, como também as relações de natureza diversa entre eles. Além dos resultados específicos do estudo, que poderão ser úteis para avaliar e direcionar a política de pesquisa em Ciência da Informação, do país, foram sistematizados referencial teórico, metodológico e técnico para a exploração de bases de dissertações e teses, com vistas à produção de indicadores. Esse referencial poderá ser útil também para apoiar os processos gerenciais de produção, avaliação e controle das bases de dados, como também para a concepção de novos tipos de interfaces visuais de recuperação de informação.
Language
A language of the resource
pt