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http://repositorio.febab.libertar.org/files/original/50/5423/SNBU2018_058.pdf
d6af178db00700222a955611d3365058
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Eixo I
Inovação e Criação
O BIBLIOTECÁRIO INTRAEMPREENDEDOR: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO
EMPREENDEDORA NAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
THE INTRAPRENEUR LIBRARIAN: THE IMPORTANCE OF ENTREPRENEURIAL
MANAGEMENT IN THE UNIVERSITY LIBRARIES
Resumo: Trata-se de uma análise sobre a gestão dos bibliotecários intraempreendedores nas
bibliotecas universitárias. Busca-se compreender o que é ser um bibliotecário
intraempreendedor e contemplar suas principais competências. Como este profissional poderá
proporcionar as bibliotecas universitárias inovações e otimização dos seus processos, serviços
e produtos, na busca por satisfazer as necessidades informacionais de seus usuários com
qualidade e maiores ganhos. A metodologia adotada para a realização desta pesquisa foi um
levantamento bibliográfico na literatura científica, incluindo além dos livros, a utilização das
bases de dados da Scielo, Brapci, Revista Biblioo e Google Acadêmico. Ao entender o
universo do empreendedorismo corporativo, constata-se a necessidade dos bibliotecários
desenvolverem técnicas com vistas à prática deste conceito, como também, se propor a estar
em constante atualização. Além de apresentar competências variadas, tais quais: liderança,
empatia, espírito empreendedor, possuir boa comunicação e entre outros atributos que o
propicie a alcançar resultados positivos e que traga um diferencial as organizações a e seus
usuários. Em contrapartida, as universidades precisam fornecer autonomia aos profissionais
da informação, possibilitando a criação, a inovação, a formulação e a implementação de novas
ideias, projetos e a otimização dos processos em virtude das melhorias do aprendizado, do
conhecimento, compartilhamento e disseminação da informação. Constatou-se ainda que,
embora no Brasil o conceito de intraempreendedorismo seja praticado ainda de maneira
incipiente, é possível encontrar bibliotecas universitárias que desenvolvem e incentivam
ações atreladas a este princípio.
Palavras-chave:
Bibliotecários
intraempreendedores.
Bibliotecas
Bibliotecários inovadores. Bibliotecas universitárias intraempreendedoras.
universitárias.
Abstract: This is an analysis on the management of intrapreneurs librarians in university
libraries. It seeks to understand what it is to be an intrapreneur librarian and to contemplate
his main competences. As this professional can provide the university libraries innovations
and optimization of their processes, services and products, in the quest to satisfy the
informational needs of its users with quality and greater gains. The methodology adopted for
the accomplishment of this research was a bibliographical survey in the scientific literature,
715
�including besides the books, the use of the databases of Scielo, Brapci, Revista Biblioo and
Google Scholar. Understanding the universe of corporate entrepreneurship, we note the need
for librarians to develop techniques for the practice of this concept, as well as to propose to be
constantly updated. In addition to presenting varied skills, such as: leadership, empathy,
entrepreneurial spirit, good communication and other attributes that allow it to achieve
positive results and that brings a differential to organizations and their users. On the other
hand, universities need to provide autonomy for information professionals, enabling the
creation, innovation, formulation and implementation of new ideas, projects and optimization
of processes due to improvements in learning, knowledge, sharing and dissemination of
information. It was also observed that, although in Brazil the concept of intrapreneurship is
still practiced in an incipient way, it is possible to find university libraries that develop and
encourage actions linked to this principle.
Keywords: Intrapreneurs librarians. University libraries. Innovative librarians.
Intrapreneurship university libraries.
1 INTRODUÇÃO
Percorrendo a evolução histórica da biblioteca universitária (BU), nota-se o importante
trabalho dos bibliotecários nos processos de otimização do ensino científico, tecnológico,
espaços de aprendizado e desenvolvimento intelectual, que necessitam constantemente de
atualizações e inovações. O conhecimento deve estar sempre em movimento, possibilitando
aos usuário a produção, o intercâmbio e o compartilhamento entre docentes, discentes e toda a
comunidade
envolvida.
Nesse
sentido,
o
papel
dos
bibliotecários
considerados
empreendedores internos é de suma relevância na evolução e disseminação de serviços e
produtos de forma eficaz e eficiente. Tais profissionais são capazes de desenvolver projetos,
otimizar processos e observar mudanças relevantes para o cenário das BU, trazendo melhorias
e qualidade aos usuários e as instituições de ensino.
Desta forma, esta pesquisa irá apresentar um panorama de ações efetuadas dentro das
bibliotecas universitárias e mostrar como os bibliotecários foram os principais agentes de
mudanças e mobilizadores de atitudes capazes de transformar comportamentos e melhorar
progressivamente os serviços e produtos ofertados dentro das unidades de informações.
Ao analisarmos a h
embora que de forma breve e pontual, é
possível vislumbrar a figura do profissional bibliotecário intraempreendedor atuando de forma
estratégica e em busca dos objetivos institucionais. Bem como, compreender o significado do
716
�termo intraempreendedorismo91 e a importância do incentivo da sua prática nas bibliotecas
universitárias, sendo um advocacy pela biblioteconomia e pelos profissionais bibliotecários.
2 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIAS: BREVE RETROSPECTO
status
bibliotecas desde o seu surgimento até os dias atuais, têm evoluído e se adaptado às mudanças
que estabeleceram suas atuais características e seu papel social (CARVALHO, 2004, p. 81).
Ao tratarmos, especificamente, a respeito das bibliotecas universitárias, observa-se que estas
configuram-se como unidades informacionais vinculadas às instituições de ensino superior
(IES). Sua missão é atuar no tripé ensino, pesquisa e extensão; possibilitando à universidade
atender às necessidades de um grupo social ou da sociedade em geral, através da
administração do seu patrimônio informacional e do exercício de uma função educativa, ao
orientar os usuários na utilização da informação. Trata-se, portanto, de um ambiente de
fundamental importância, pois promove a cooperação, gera conhecimento e produção
científica na comunidade acadêmica em que está inserida, bem como contribui para o
desenvolvimento intelectual da sociedade à qual ela pertence (MACHADO, 2009, p. 22).
Assim sendo, os serviços e produtos oferecidos por uma biblioteca universitária devem
ser definidos em consonância com os desígnios da IES na qual se encontra inserida. O
conteúdo do acervo relaciona-se diretamente aos conteúdos programáticos ou aos projetos
acadêmicos dos cursos oferecidos direcionando pela universidade. Infere-se, então, que cada
BU possui especificidades próprias, pois deve adotar uma política de gestão coerente com
fatores ambientais internos e externos, a fim de permitir que seus serviços agreguem valor ao
atendimento e, consequentemente, proporcionar satisfação contínua ao usuário.
Nesse sentido, ao tentarmos construir uma visão retrospectiva, a literatura
especializada aponta que a BU no Brasil, assim como na Europa, surge a partir das bibliotecas
de ordens religiosas que apoiavam as atividades de ensino, ou seja, dos colégios jesuítas,
franciscanos, carmelitas e beneditinos, durante o período colonial (entre o final do Século
XIX e início do XX). Nota-se, que a trajetória das BU
de ensino brasileiro, conforme afirma Diogenes (2012, p 123):
É preciso esclarecer a diferença entre empreendedorismo e intraempreendedorismo: enquanto o primeiro
termo se refere a criação de novas empresas e negócios por meio da criatividade e da vontade de obter
independência financeira e sem nenhum vínculo empregatício com outra organização. O segundo termo
relaciona-se com a capacidade dos indivíduos de constituir liberdade de atuação dentro dos limites das
organizações, criando, inovando e moldando as atividades com total autonomia e respaldo dos gestores e líderes.
717
�no Brasil só se conhece livros a partir da segunda metade do século XVI, desde que
se instala, em 1549, o Governo-geral em Salvador, na Bahia, marcando o início da
vida administrativa, econômica, política, militar, espiritual e social. Nessa data
também chegaram os jesuítas que, junto à criação dos colégios, fundaram também as
bibliotecas.
Ao passo que, de acordo com Cunha e Diógenes (2016), o processo de criação da
universidade no Brasil foi longo, tardio, envolvendo questões religiosas, ideológicas, uma
marcante presença do Estado.
Os vários séculos que antecederam a criação das universidades no Brasil foram
épocas em que houve a desarticulação do sistema educacional dos jesuítas, no século
XVIII, a reforma de Pombal, a configuração do Brasil como Estado nacional, o
surgimento do ensino superior no Brasil, em 1808, com viés profissionalizante e de
preparação de pessoal para o serviço público na Corte. Somente nas primeiras
décadas do século XX, no contexto da formação da nação brasileira, é que se dá a
origem das universidades brasileiras: a do Rio de Janeiro em 1920, criada por meio
da junção de faculdades, e a da USP que surge em 1934, com a proposta do modelo
que introduz nas funções da universidade as atividades de ensino e pesquisa
(CUNHA; DIÓGENES, 2016, p. 117).
Segundo as autoras supracitadas, o ensino superior no Brasil nasceu em 1808, com a
transferência da sede da corte portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro e a emergência do
Estado Nacional. Depois de várias tentativas de criação de universidades, foi criada a
Universidade do Rio de Janeiro, reunindo três faculdades já existentes, a de Direito, a de
Medicina e a Politécnica, passando a ter um caráter integrado somente em 1931. Observa-se
que somente a partir de 1931 foi fixado o regime universitário no Brasil. O qual ocorreu após
a Revolução de 1930, com as Reformas Francisco Campos. Mas, de acordo com Diógenes
(2012), os fatos históricos indicam que as modificações no modelo da universidade foram, de
fato, introduzidas com a criação da Universidade de São Paulo (USP), em 1934. Por isso, é
atribuído a ela o mérito de ter sido a primeira universidade do País que integrou às suas
funções a missão de desenvolver ações de pesquisa e ensino.
Ainda sob esse viés, a autora ressalta que a Fundação Universidade de Brasília (FUB),
instituída em 15 de janeiro de 1962, foi a primeira universidade do País totalmente concebida
no modelo moderno, ou seja, não é resultado da união de escolas e faculdades isoladas, mas
baseou-se na concepção tecnocrática norte-americana e com os princípios de produtividade,
eficiência, eficácia e fundacional, com departamentos em vez de cátedras. Em suma, é
somente depois da década de 1940 que, segundo Diógenes (2012), vê-se o crescimento das
universidades, a consolidação do ensino privado, a exigência de mercado de trabalho em
termos de ciência e tecnologia e com eles a criação de bibliotecas ligadas às universidades,
718
�com o nome de biblioteca central da universidade, ou bibliotecas ligadas às diversas
faculdades que foram reunidas e levavam o nome da universidade.
Sendo assim, em 1945, surge a Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Em 1947, cria-se a primeira Biblioteca Central na Universidade de São
Paulo, desenvolvendo o serviço de catálogo coletivo de livros e periódicos. Em 1953, a
Biblioteca da Universidade de Recife desenvolve o serviço central de bibliotecas. No ano
1960, a Biblioteca da Universidade Federal da Bahia. E, assim, foram se sucedendo a criação
Reforma Universitária (Lei n.5.540/68) que, de acordo com Lubisco (2001) e Diogenes
(2012), fixou
normas de organização e funcionamento do ensino superior e atribuiu à
universidade a visão de sistema, estabeleceu a obrigatoriedade da associação de ensino e
pesquisa, impôs o controle do Estado sobre as IES, como também, ofereceu uma ampla
liberdade de atuação ao setor privado. Entretanto, na concepção de Lubisco (2001), a Reforma
Universitária omitiu as bibliotecas e estas foram relegadas a uma posição coadjuvante no
ensino superior. Visto que, o governo preocupou-se em atender à pressão social por mais
vagas na universidades, mas não atentou-se para a qualidade do ensino que estava sendo
ofertado.
De acordo com Reis (2008), a partir de 1970, surgem várias discussões a respeito da
-se 1º Encontro Nacional de Diretores
de Bibliotecas Centrais Universitárias e cria-se a Comissão Nacional de Diretores de
Bibliotecas Centrais Universitárias (CNBU).
Em 1978, tem origem a Comissão de
Bibliotecas Universitárias (CBU), ligada a Federação Brasileira de Associação de
Bibliotecários (FEBAB) e realiza-se o 1º Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
(SNBU). Sob esse viés, após várias iniciativas visando o estabelecimento de processos
avaliativos na educação, tem-se a aprovação do Decreto nº 2.026 de 10 de outubro de 1996,
que fixou os procedimentos de avaliação dos cursos superiores no Brasil e atribuiu um papel
para a avaliação que permitiria a autorização de novos cursos de graduação, bem como o
reconhecimento daqueles já existentes, a biblioteca deveria ser considerada. Com atenção ao
acervo bibliográfico, inclusive livros e periódicos, regime de funcionamento, modernização
dos serviços e adequação ambiental (LUBISCO, 2001).
Através da apreciação de tudo que foi exposto, pode-se observar que a trajetória das
-se necessário destacar que,
719
�segundo Morigi e Souto (2005, p. 193), foi a partir da criação desse tipo de biblioteca, que o
bibliotecário surgiu de fato, como o organizador da informação.
3 O BIBLIOTECÁRIO INTRAEMPREENDEDOR
2016. p. 18).
-
Segundo autores como (LIMA, 2015; DRUCKER, 2008; HASHIMOTO, 2006;
PINCHOT, 1989), o capital humano e intelectual aspira à satisfação e o prazer pelo fazer e
pelo contribuir. Percebendo isso, muitas instituições observaram que reter talentos e
aproveitar o conhecimento dos seus colaboradores era o melhor meio de progredir e inovar,
dando-lhes autonomia, liberdade, estimulando a criatividade, e, assim, se sentirem úteis,
capacitados e valorizados. Assim, os funcionários deixaram de ser meros coadjuvantes
cobrados por trabalhos mecanizados e rotineiros, passando a ser reconhecidos como
intraempreendedores, ou seja, àqueles que possuem uma visão macro da organização e do
mercado, como ressalta o blog (EGESTOR, 2017):
O termo intraempreendedorismo vem da expressão inglesa intrapreneur, ou
seja, empreendedor interno. Ela diz respeito a um processo que ocorre dentro
dos limites de uma organização, independentemente de seu porte. Esse
processo envolve o desenvolvimento de novidades que podem ser negócios,
atividades e, até mesmo, técnicas administrativas, tecnologias e estratégias.
Como visto, o intraempreendedor atua dentro da empresa, sendo assim,
podemos defini-lo como um profissional que realiza mudanças ou
aperfeiçoamentos inovadores no ambiente interno dela, buscando oferecer
alto nível de competitividade a partir de um tipo de colaboração muito
próxima da característica empreendedora.
Ainda nessa direção, de acordo com Lima (2015), o termo intraempreendedor foi
cunhado por Gifford Pinchot III na década de 1980. O intraempreendedor remete para aquela
pessoa que trabalha dentro das organizações públicas ou privadas, inovando, criando seus
serviços direcionados aos usuários, com foco na melhoria contínua e luta contra a estagnação
de seu departamento ou da sua empresa. Nessa perspectiva, Drucker (2008) entende que as
organizações necessitam de uma competência fundamental para que o intraempreendedorismo
grandes empresas quiserem acelerar o ritmo da inovação e nisso serem eficazes no que tange
aos custos, elas devem valorizar e delegar poderes aos intrapreneurs
encontrarmos intraempreendedores frustrados que aguardam a permissão para agir e que veem
720
�organizações em observar o perfil empreendedor dos seus funcionários e, assim, não perdê-los
ou torná-los um concorrente em potencial. Com as pessoas cada vez mais qualificadas faz-se
necessário as empresas proporcionar um ambiente de trabalho atrativo, motivacional e
satisfatório.
Sabendo que o intraempreendedorismo pode ser praticado por profissionais com
capacidades variadas, multifacetadas, bem como de várias áreas do conhecimento, destaca-se
a relevância da atenção por parte dos bibliotecários à esta prática. Considerando que o perfil
do bibliotecário foi nitidamente modificado ao longo do tempo. Se no início o seu papel era o
de guardião, com o desenvolvimento tecnológico e o fluxo intenso de informações foi
necessário que o profissional desenvolvesse habilidades, por vezes, desconhecidas e fora da
concepção
estereotipada que o acompanhou (e ainda acompanha) durante sua trajetória
profissional.
Assim, a imagem do bibliotecário tradicional que se preocupava, sobretudo, com a
organização técnica, física e representativa, transfigura-se no profissional que, em conjunto
com estas funções, busca estar atento ao mercado, que se posiciona mediante os conflitos
internos e externos da organização a qual faz parte, é conhecedor das novas tendências, aberto
as novas tecnologias e voltado às questões gerenciais e humanísticas.
Ribas (2015) afirma que o bibliotecário na atualidade não atua somente em bibliotecas
e por conta disso, existe a necessidade de uma nova visão em relação a profissão ao longo da
sua formação. Durante o desenvolvimento de suas habilidades na academia deve aprimorar
questões relacionadas a gerencia e a criação de novos produtos e serviços para proporcionar,
tanto as unidades de informações mais tradicionais, quanto aquelas organizações não
convencionais, práticas empreendedoras conectadas ao crescimento e as mudanças do
mercado. Pensamento reforçado pelo Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB, 2017), ao
definir o profissional bibliotecário como aquele que:
[...] desenvolve atividades de organização, tratamento, análise e recuperação de
informações em diversos níveis e suportes físicos, por meios manuais e
automatizados, com vistas ao atendimento das necessidades informacionais de todos
os segmentos da sociedade, ao avanço científico-tecnológicos e ao desenvolvimento
social do país.
Partindo desse pressuposto (LANKES 2016. p. 20) argumenta que:
Os bibliotecários de hoje estão utilizando as lições que aprenderam ao longo de
aproximadamente três mil anos de história para construir uma nova biblioteconomia
que não seja baseada em livros e outros artefatos, mas no conhecimento e na
comunidade. Eles estão aproveitando os atuais avanços tecnológicos para capacitar
as comunidades a progredirem.
721
�Exacerbando ainda mais esta análise e retomando os objetivos desta pesquisa, Conti,
Pinto e Davok (2009) defendem que para um bibliotecário ser intraempreendedor deve ser
criativo, flexível, possuir espírito de liderança, competência, ser inovador, ter visão de
negócio e boa comunicação. Silva (2015) por sua vez, entende que as atitudes
empreendedoras possuem um papel fundamental na desmitificação de tais ideias préconcebidas, nos informando que o comportamento proativo e iniciativa são fatores essenciais
que contribuem para a libertação dos estigmas que o profissional é geralmente associado.
Pensamento complementado por (SPUDEIT e FRIVIER 2016, p. 56):
[...] pode-se dizer que o bibliotecário precisa estar sempre de olho às mudanças que
ocorrem rapidamente na sociedade e desenvolver competências profissionais que lhe
permitam criar, inovar e oferecer serviços confiáveis e de qualidade aos seus
clientes, esses os usuários da informação. Isso é independente do tipo de organização
em que ele trabalhe, sendo ela de caráter público ou privado, pois o que importa são
as suas condutas diante das adversidades e a sua capacidade de se adaptar aos
diversos ambientes.
Enquanto que Spudeit (2016) enaltece que os bibliotecários estão saindo da sua zona
de conforto, ultrapassando as paredes das bibliotecas e conquistando novos terrenos. Esta
postura relaciona-se com o fato destes apresentarem uma postura disposta a fazer algo novo,
algo que alinha-se a essa nova demanda informacional que a sociedade exige. Segundo a
autora, a inovação não está somente na invenção ou na melhoria dos processos, serviços e
produtos, mas principalmente no valor a ser agregado às organizações e como as pessoas
passam a enxergá-las após os bibliotecários tornarem-se protagonistas de suas carreiras e
mostrar a importância de um profissional empoderado e capaz de transformações sociais,
econômicas e culturais.
4 A GESTÃO EMPREENDEDORA NAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: UMA
PRÁTICA EM BUSCA DO PROGRESSO
possuem uma função de extrema importância ao incentivar a
produção e o intercâmbio do conhecimento tecnológico e científico com excelência e
responsabilidade entre os membros de sua comunidade, requerendo assim, uma gestão com
foco nas competências, como também, capacidades de seus colaboradores em alcançar metas
e objetivos organizacionais (VALENTIM, 2017). Dentro deste contexto, os bibliotecários que
atuam nessas instituições são instigados a prover serviços e produtos da unidade de
informação, visando a inovação e o atendimento dos seus usuários de forma que os satisfaçam
722
�e os surpreendam de maneira positiva, buscando no mercado as melhores técnicas e ações que
vão de encontro com as características e demandas do seu público alvo. Ou seja, tais
profissionais da informação devem desenvolver competências que lhe proporcionem uma
visão estratégica de mercado, compreendendo a organização como um todo e praticando seu
papel como líder que assume responsabilidades, que comunica-se de forma clara e efetiva e
que principalmente agrega valor a empresa e a sociedade.
Seguindo essa linha, autores como Vergueiro (2002), Valls e Vergueiro (1998; 2006),
dentre outros, reverberam que, desde a década de 1990, as bibliotecas brasileiras têm a
preocupação em desenvolver serviços com foco na qualidade e, em especial, oferecer
produtos de informação de acordo com a demanda e o perfil do seu público. Sendo assim,
salienta-se a importância do entendimento dos bibliotecários no campo da gestão
organizacional, se inteirando completamente dos objetivos, metas e planos institucionais e
adequando a sua atuação ao cenário que presta serviços (ASSIS e MAIA, 2014). Atuando
como empreendedores em suas instituições, assim como afirma Honesko (2002, p. 3):
A gestão empreendedora com ênfase na inovação e criatividade, se adotada pelas
bibliotecas, provavelmente proporcionará a possibilidade da abertura de novos
caminhos e oportunidades para que os gestores tenham uma ampla visão dos
objetivos corporativos e compreensão do propósito das atividades e dos serviços que
a biblioteca oferece, tornando-os diferenciados e relevantes. A efetivação de
mudanças nesse sentido sinaliza a possibilidade de prover os usuários com o que
lhes falta, antecipando dessa forma suas necessidades e superando suas expectativas.
Por outro lado, para que de fato ocorra uma gestão empreendedora, faz-se necessário
uma cultura organizacional que promova, incentive essa prática. Ou seja, um ambiente no
qual se permita que o risco calculado possa ser encorajado, proporcionando abertura às
mudanças e, principalmente, direcionando os esforços com vistas o cumprimento da missão
da biblioteca (HONESKO, 2001).
No entender de Honesko (2001, p.35 apud ST CLAIR, 1995, p. 29), a gestão de uma
biblioteca que assume riscos:
permite projetos de auto-iniciação, partilha a solução de problemas, estabelece
valores nas transações da informação, centraliza o foco no cliente, busca
relacionamentos interdepartamentais, encoraja o risco calculado e não só a mera
mudança. Fornece infra-estrutura para a inovação, tem forte compromisso da equipe
com a distribuição da informação, planeja suas atividades, respeita as metas do
indivíduo, encoraja a educação continuada e admite a utilização do tempo da
empresa para buscar idéias e pensar inovadoramente.
Silva e Fernandes (2015) ressaltam que o gestor deve possuir a perspicácia para lidar
com os diferentes perfis e subjetividades inerentes a cada pessoa.
723
�A função diretiva consiste em assumir a responsabilidade da operação de uma
atividade ou setor, e implica em competência técnica, largueza de pontos de vista,
inteligência social, capacidade para perceber o significado das coisas, além de exigir
coragem para levar até o fim qualquer trabalho ou mudança programada.
Tendo em vista as competências dos bibliotecários, como também, a importância das
de unidade de informação como um advocacy92. Sabendo que o intraempreendedorismo
envolve mudanças comportamentais, os bibliotecários devem apropriar-se destes conceitos
para modificar a visão distorcida da sociedade e conquistar a merecida valorização da área e
da profissão, compreendendo sua função como gestor e os fatores que circundam a sua função
(SOARES, 2016).
7 ANÁLISE DE RESULTADOS
Tratou-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e de método exploratório,
embasada em uma revisão bibliográfica a respeito dos assuntos aqui tratados.
A partir da coleta e análise dos dados, observou-se que apesar da carência de estudos
específicos sobre intraempreendedorismo em bibliotecas universitárias, vários autores da área
têm dado ênfase às qualidades empreendedoras durante a formação do novo perfil
bibliotecário frente às exigências do mercado de trabalho, bem como novas perspectivas para
a profissão. Verificou-se que uma das principais barreiras ao intraempreendedorismo é a
cultura organizacional. A motivação no ambiente interno é essencial para que os funcionários
se sintam à vontade e trabalhem desta maneira.
Destaca-se ainda que quando o bibliotecário possui além das competências técnicas
tradicionais inerentes à área, competências intraempreendedoras, tem mais facilidade para
criar, inovar e oferecer serviços confiáveis e de qualidade aos seus clientes, e assim, tornamse mais competitivos no mercado de trabalho, que está em constantes mudanças, obtendo com
isso, maior eficácia e eficiência na prestação de serviços em bibliotecas.
Nessa direção, com base nos referenciais teóricos aqui abordados, o quadro a seguir
apresenta algumas competências e características inerentes às práticas intraempreendedoras:
Advocacy, na atualidade, é utilizado como sinônimo de defesa e argumentação em favor de uma causa. É um
processo de reivindicação de direitos que tem por objetivo influir na formulação e implementação de políticas
públicas que atendam às necessidades da população. Disponível em<http://www.politize.com.br/advocacy-oque-e/>. Acesso em 02 jan 2017.
724
�Quadro 1
Competências
Proatividade
Competências dos Bibliotecários Intraempreendedores
Características
Ter iniciativa e mostrar disposição ao praticar suas atividades.
Liderança
Ter a capacidade de influenciar pessoas, traçar metas e objetivos, ter
motivação e ser capaz de inspirar as pessoas em busca de resultados.
Inovador
Promover melhorias contínuas no dia a dia, otimizando os serviços, processos
e produtos.
Dedicação
Oferecer o melhor de si com muito empenho, esforço e entrega.
Coragem
Ter ousadia para arriscar e encarar os desafios no decorrer da sua jornada.
Criatividade
Otimista
Planejamento
Pensar de maneira diferente, ter a capacidade de olhar o contexto e inserir
novas técnicas que gerem valor as organizações.
Acreditar que tudo dará certo, pensar de forma positiva e não desanimar caso
algo não saia como planejado.
Capacidade de traçar metas e objetivos com prazos determinados, moldar um
plano de ação e acompanhar cada etapa por meio do gerenciamento.
Fonte: Desenvolvido pelas autoras.
Observa-se que profissionais que têm ou que desenvolvem essas competências,
possuem uma capacidade diferenciada de analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas
oportunidades. São eles que ajudam na criação de ideias dentro das organizações, mesmo que
indiretamente.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa teve como objetivo norteador analisar a atuação dos bibliotecários
por meio do intraempreendedorismo dentro do contexto das bibliotecas universitárias.
Conforme o referencial teórico utilizado, notou-se que, embora no Brasil o conceito de
que desenvolvem e incentivam ações atreladas a este princípio, tendo em vista que estas
unidades de informação anseiam por dinamizar seus produtos e serviços em prol da sua
comunidade, priorizando a qualidade dos seus processos, aprimorando suas técnicas de
gestão, para melhor atender as expectativas dos que buscam acesso à informação.
Observou-se que os bibliotecários intraempreendedores são pessoas de visão, com um
perfil arrojado, proativo, capacitado a entender como tudo a sua volta é estruturado e
organizado. Além disso, planejam como querem alcançar seus objetivos, capazes de
725
�influenciar pessoas com uma liderança democrática e persuasiva, pensando sempre na
perspectiva do outro com empatia e otimismo.
Por fim, salienta-se que ao gerenciar uma BU, o bibliotecário é instigado a mostrar
disposição e vontade de mudar e construir algo que valorize esta instituição e sua forma de ser
vista na sociedade, agir em prol de um propósito, procurar inovar tanto nos processos,
serviços e produtos, qualificar-se e não ter medo de arriscar. Pode ser que algum projeto não
se concretize e não seja aproveitado, mas sempre continuar tentando propor novas formas de
fazer algo, mostrar que vale a pena um novo olhar e uma nova perspectiva, valorizando suas
expertises e seu modo de trabalhar com a informação e com seus principais ativos, as pessoas.
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Dublin Core
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Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 20 - Ano: 2018 (UFBA - Salvador/BA)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: O Futuro da Biblioteca Universitária na Perspectiva do Ensino, Inovação, Criação, Pesquisa e Extensão.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
O bibliotecário intraempreendedor: a importância da gestão empreendedora nas bibliotecas universitárias.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Sousa, Daniele Maria De; Lima, Aldenira da Costa; Valls, Valéria Martind
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Trata-se de uma análise sobre a gestão dos bibliotecários intraempreendedores nas bibliotecas universitárias. Busca-se compreender o que é ser um bibliotecário intraempreendedor e contemplar suas principais competências. Como este profissional poderá proporcionar as bibliotecas universitárias inovações e otimização dos seus processos, serviços e produtos, na busca por satisfazer as necessidades informacionais de seus usuários com qualidade e maiores ganhos. A metodologia adotada para a realização desta pesquisa foi um levantamento bibliográfico na literatura científica, incluindo além dos livros, a utilização das bases de dados da Scielo, Brapci, Revista Biblioo e Google Acadêmico. Ao entender o universo do empreendedorismo corporativo, constata-se a necessidade dos bibliotecários desenvolverem técnicas com vistas à prática deste conceito, como também, se propor a estar em constante atualização. Além de apresentar competências variadas, tais quais: liderança, empatia, espírito empreendedor, possuir boa comunicação e entre outros atributos que o propicie a alcançar resultados positivos e que traga um diferencial as organizações a e seus usuários. Em contrapartida, as universidades precisam fornecer autonomia aos profissionais da informação, possibilitando a criação, a inovação, a formulação e a implementação de novas ideias, projetos e a otimização dos processos em virtude das melhorias do aprendizado, do conhecimento, compartilhamento e disseminação da informação. Constatou-se ainda que, embora no Brasil o conceito de intraempreendedorismo seja praticado ainda de maneira incipiente, é possível encontrar bibliotecas universitárias que desenvolvem e incentivam ações atreladas a este princípio.
Language
A language of the resource
pt