-
http://repositorio.febab.libertar.org/files/original/50/5649/SNBU2018_124.pdf
9589aa8274cffb6b9fbf1c41c30212c5
PDF Text
Text
Eixo II - Pesquisa e Extensão
OFICINA GUAIANASES DE GRAVURA: PRESERVAÇÃO E TECNOLOGIA A
FAVOR DA MEMÓRIA
OFICINA GUAIANASES DE GRAVURA: PRESERVATION AND TECHNOLOGY IN FAVOR
OF MEMORY
Resumo: O artigo visa mostrar o trabalho desenvolvido pelo Memorial Denis Bernardes da
Universidade Federal de Pernambuco em relação à catalogação, uso de técnicas de
preservação e o uso de tecnologia para a salvaguarda da memória em seus acervos.
Destacamos o acervo da Oficina Guaianases de Gravuras, movimento artístico cultural
ocorrido na década de 1970 em Pernambuco, o qual contou com a participação de artistas
como Ariano Suassuna, João Câmara e Tereza Costa Rêgo. Nos seus vinte e um anos de
existência, o Movimento produziu mais de 2.000 (duas mil) obras utilizando a técnica de
litogravura. Diante da importância artística e histórica do acervo, apresentamos o objetivo do
trabalho que consiste em relatar a experiência em foco, bem como, ressaltar a importância de
preservar e divulgar este acervo em mídia física e em mídia digital. Tais ações facilitarão o
acesso às obras para fins de pesquisa e conhecimento deste acervo, visto que, ele documenta o
passado da litogravura pernambucana e brasileira, que configura uma considerável fonte de
pesquisa não só na área de artes, como em toda a comunidade acadêmica.
Palavras-chave: Memória. Preservação. Acervo. Oficina Guaianases de Gravuras. Memorial
Denis Bernardes.
Abstract: The article aims to show the work developed by Memorial Denis Bernardes of the
Federal University of Pernambuco in relation to cataloging, use of preservation techniques
and the use of technology to safeguard memory in its collections. We highlight the collection
of the Guaianases de Gravuras Workshop, a cultural artistic movement that took place in the
1970s in Pernambuco, with the participation of artists such as Ariano Suassuna, João Câmara
and Tereza Costa Rêgo. In its twenty-one years of existence, the Movement produced more
than 2,000 (two thousand) works using the lithographed technique. Considering the artistic
and historical importance of the collection, we present the objective of the work that consists
in reporting the experience in focus, as well as highlighting the importance of preserving and
disseminating this collection in physical media and in digital media. Such actions will
facilitate access to works for the purposes of research and knowledge of this collection, since
it documents the past of the Pernambuco and Brazilian lithographs, which constitutes a
considerable source of research not only in the arts area, but also in the entire academic
community.
�Keywords: Memory. Preservation. Collection. Oficina Guainases de Gravuras. Memorial
Denis Bernardes.
1 INTRODUÇÃO
Inventada pelo Tcheco Aloysius Senefelder (1771-1834), a litografia ou litogravura é um
tipo de gravura que utiliza a técnica de impressão a qual envolve a criação de desenhos, marcas,
das outras técnicas da gravura, a litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através da
gordura aplicada sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como
Criada em 1974, a Oficina Guaianases de Gravuras (OGG) foi um movimento artístico
pernambucano, iniciado pelos artistas plásticos João Câmara e Delano e com os impressores
Alberto Souza Barros e Hélio Soares dos Santos, que aos sábados reuniam um pequeno grupo
de artistas para a produção das litogravuras, no ateliê de João Câmara na Rua Guaianases, bairro
de Campo Grande - Recife. Contudo o número de associados logo cresceu e passou a ser uma
sociedade sem fins lucrativos, mudando-se para o Mercado da Ribeira - Olinda, onde tornou-se
um movimento artístico com repercussão nacional, do qual fizeram parte muitos artistas como
Ariano Suassuna, Tereza Costa Rêgo, Raul Córdula e Inalda Xavier. A partir daí deixou de ser
apenas um ateliê, passando a abrigar também uma galeria para exposições, cursos, etc.
Este movimento durou cerca de 21 (vinte e um) anos, sendo desfeito oficialmente numa
assembleia geral em janeiro de 1995 por dificuldades e crise administrativa. Neste mesmo ano,
seu acervo com mais de 2.000 (duas mil) litogravuras, duas prensas e cerca de 700 pedras
litográficas, foram doados à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo abrigados
pelo Departamento de Teoria da Arte onde passou a ser chamado de Coleção Histórica da
Oficina Guaianases e criando o Laboratório Oficina Guaianases de Gravura (LOGG),
localizado no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da mesma universidade.
No ano seguinte, a UFPE convidou o ex-impressor da OGG Mestre Hélio Soares dos
Santos para comandar o LOGG. Aceitando o convite, ele voltou da Paraíba e passou a morar no
bairro da Várzea
Recife. No laboratório, ele fez a higienização de todo o material e passou a
orientar os alunos de vários cursos, entre eles, de Artes Plásticas e Licenciatura em Educação
Artística.
O presente trabalho está estruturado em cinco seções, sendo a primeira, a Introdução,
onde é apresentado um pouco da história do Movimento e do acervo em questão; a segunda
seção, Materiais e Métodos, descreve a metodologia utilizada para a construção do estudo; a
�terceira seção, Revisão de Literatura, explica alguns conceitos básicos sobre biblioteca
universitária, biblioteca universitária virtual ou ubíquas e instituições de memória; a quarta
seção, relata experiências e resultados da pesquisa e a quinta seção, contém as considerações
finais seguida das referências.
2 Materiais e métodos
Para a realização desse trabalho foram utilizados artigos científicos, monografias, entre
outros, dos quais tratavam de assuntos relacionados a Oficina Guaianases de Gravuras e afins.
A partir dos mesmos foi realizada uma pesquisa bibliográfica para obtenção de dados que
enriqueceram este relato.
3 Revisão de literatura
3.1 Biblioteca universitária
As universidades trouxeram mudanças para as bibliotecas, a exemplo da Sorbonne de
Paris, onde as pessoas tentaram organizar os livros pelo alfabeto. Em Oxford, no século
seguinte, já se usava o sistema arábico de numeração. Dessa forma, de acordo com Battles, é
entre os Séculos XIII e XIV que os estudiosos começam a tentar sistematizar as bibliotecas
universitárias através da elaboração de sistemas racionais, listagens e catálogos. (2003, p.80
apud SOUSA, 2009, p. 11).
As bibliotecas universitárias são bibliotecas especializadas em informações inerentes a
unidades de ensino superior, com o objetivo de fornecer insumos para a formação de
profissionais e pesquisadores. Disponibilizam materiais e documentos de acordo com as
necessidades de informação dos pesquisadores, professores e alunos de todas as áreas da
instituição. Além disso, apresentam a função de guarda da memória institucional, ou seja, do
material que é produzido pela universidade. Diante desse contexto, buscam priorizar que a
informação adequada chegue de forma otimizada ao usuário, ampliando o campo de estudo e
direcionando as informações necessárias ao pesquisador.
As bibliotecas guardam parte de nossa história e informações de diversas áreas do
conhecimento, sendo fundamentais para o desenvolvimento cultural e social dos cidadãos.
Desempenham um papel importante na sociedade e tem como objetivo disseminar informação,
sendo, portanto, importante manter o acervo longe de qualquer perigo que coloque em risco o
material. Assim, é preciso preservar e conservar os acervos de bibliotecas, visando a sua
proteção e garantia de uso e proteção (BARBOSA, 2015, p. 10).
�3.1.1 Biblioteca universitária virtual ou ubíquas
Além de acervos físicos, as bibliotecas se mantiveram atualizadas e começaram a
adquirir acervos virtuais com o intuito de otimizar o acesso à informação, facilitando a
realização de pesquisas em seu ambiente ou fora dele.
O oferecimento de serviços de acesso, distribuição, preservação e integridade
correspondem às demandas do público que necessitam de atendimento em tempo hábil.
Contudo, ocasionalmente, tais demandas não são totalmente satisfeitas por motivos variados,
como a falta de profissionais especialistas ou a escassez de investimentos para o devido
tratamento de conservação e restauro das obras. As bibliotecas físicas, especialmente as
universitárias, são
melhor canal para que tais finalidades sejam atingidas, do desenvolvimento de
produtos/serviços de informação à socialização dos mesmos a fim de atender demandas
específicas de uma sociedade que faz do aprendizado contínuo, a sua maior marca (ABREU,
2012, p. 34).
Na universidade, a preservação do conhecimento é uma das funções primordiais. O
computador ou mais precisamente, a convergência digital dos vários meios de comunicação
(impresso, vídeo e sonoro) e das experiências sensoriais por meio da realidade virtual já foi
além da imprensa e de seus impactos no conhecimento. Através dos séculos, o ponto focal da
universidade tem sido a biblioteca, com o seu acervo de obras impressas preservando o
conhecimento da civilização. Atualmente, esse conhecimento existe sob muitas formas: texto,
gráfico, som, algoritmo e simulação da realidade virtual e, ao mesmo tempo, ele existe
literalmente no éter, isto é, distribuído em redes mundiais, em representações digitais, acessíveis
a qualquer indivíduo e, com certeza, não mais uma prerrogativa de poucos privilegiados da
academia (CUNHA, 2000, p. 72).
Esse tipo de biblioteca foi nomeado de biblioteca Ubíqua. Bibliotecas ubíquas são
ambientes sem barreiras de tempo ou espaço, acessíveis em tempo integral. Fazem uso de
dispositivos móveis para oferecer serviços e além disso, o usuário pode acessar o site e o
catálogo de qualquer lugar e ter acesso a uma diversidade de materiais. Para isso, serão
utilizadas as ferramentas do século XXI, como tablets, celulares, e-books, e redes sociais,
ferramentas estas que permitem ao usuário estar conectado 24h. Sendo assim, as bibliotecas
também devem buscar meios para garantir que o acesso seja cada vez mais facilitado, por meio
de serviços online ou fisicamente. Esta é a nova missão da biblioteca universitária: tornar
absolutamente ubíquos e pervasivos o acesso à informação, à comunicação e à aquisição de
conhecimento (SILVEIRA, 2014, p. 72).
�3.2 Instituições de Memória
A expressão lugares de memória foi criada pelo historiador francês Pierre Nora.
Convencido de que no tempo em que vivemos, os países e os grupos sociais sofreram uma
profunda mudança na relação que mantinham tradicionalmente com o passado, Pierre Nora
acredita que uma das questões significativas da cultura contemporânea situa-se no
entrecruzamento entre o respeito ao passado
seja ele real ou imaginário
e o sentimento de
pertencimento a um dado grupo; entre a consciência coletiva e a preocupação com a
individualidade; entre a memória e a identidade (NEVES, 2007).
Para Pierre Nora, os lugares de memória são em primeiro lugar, lugares em uma tríplice
acepção: são lugares materiais onde a memória social se ancora e pode ser apreendida pelos
sentidos; são lugares funcionais porque tem ou adquiriram a função de alicerçar memórias
coletivas e são lugares simbólicos onde essa memória coletiva
vale dizer, essa identidade - se
expressa e se revela. São, portanto, lugares carregados de uma vontade de memória (NEVES,
2007).
A memória é um dos alicerces que dá sentido à vida. Com uma instituição não é
diferente. Preservar a memória institucional é manter a instituição viva e uma forma de
fortalecer suas bases. Para que essa memória seja preservada, é preciso conservar fotos,
documentos, objetos e organizar os registros dos fatos. Os erros e acertos do passado ajudam a
entender o presente e a planejar ações futuras (BRASIL, 2017.).
No século XXI, as instituições deixaram visíveis o grande interesse em resgatar,
organizar, assegurar e disponibilizar a história da instituição, seus objetivos e suas memórias.
Por lidar com o tratamento da informação, pesquisa, preservação, organização, registro e
divulgação, compete ao profissional da informação o dever de organizar, projetar e desenvolver
a Memória Institucional (SILVA, 2015).
Preservar a memória institucional não é só resgatar o passado. Também é compreender
as diferenças e reconhecer os limites de cada período. É ter referenciais consistentes para
construir o presente e planejar o futuro. É descobrir valores e renovar os vínculos. É refletir
sobre a história, não apenas como quem recorda, mas exercitando uma verdadeira práxis, em
que a reflexão e a prática andam lado a lado (BRASIL, 2017)
4 Relato de experiência
O acervo em questão ficou sob guarda da Biblioteca Joaquim Cardozo (BJC) no CAC
por um período relativo em que não houve tratamento específico com o material. Em
�decorrência disso, a maioria dessas gravuras não foi tratada tecnicamente, despertando
preocupação nos funcionários que, desde 1998, buscavam ações efetivas para o tratamento
técnico do acervo, unindo-se aos professores do departamento de Ciência da Informação,
professores do curso de Biblioteconomia, estudantes e técnicos em informática da UFPE.
Em 2002, a Biblioteca Joaquim Cardozo dá início aos trabalhos de preservação e ao
tratamento técnico de suas coleções especiais. Por meio do projeto financiado pela Petrobrás
, a coleção passou por
Cult
higienização, restauração, catalogação, digitalização e publicação de 929 imagens (todas
autorizadas pelos artistas) na internet. Após o término das atividades do projeto, com o acervo
higienizado e restaurado, foram realizadas exposições com o intuito de divulgar a coleção
(MENDES; SANTOS; SANTIAGO, 2010, p.60), dentre elas, uma que foi realizada no
Consulado Geral do Brasil em Nova York.
Em junho de 2008, o Consulado Geral do Brasil em Nova York, com produção da
Universidade Federal de Pernambuco e o patrocínio do Ministério das Relações Exteriores do
Brasil, sediou a exposição Oficina Guaianases e Laboratório OGG da UFPE: Tradição e
Experimentação, apresentando litogravuras produzidas no período de 1975-1994, além de
trabalhos de professores do Laboratório Oficina Guaianases de Gravuras (LOGG) da UFPE. Em
fevereiro de 2009, a Galeria Capibaribe, no Centro de Artes e Comunicação da UFPE, realizou
a exposição Oficina Guaianases de Gravuras - Anos 70, divulgando peças do acervo doado à
UFPE que vai do popular ao erudito de inspiração popular, além de produções abstratas de arte
moderna e contemporânea. Grande parte da coleção é de arte figurativa, com predominância de
figuras femininas (GASPAR, 2009).
Entre 2011 e 2013, a professora Irani Garbuglio incentivou uma aluna da disciplina de
Gravura a levar o conhecimento da gravura a uma turma de artes do 8º ano em escola particular
do município de Jaboatão dos Guararapes, região me-tropolitana de Recife-Pe. Ela conta que
sua aluna-professora Milena Leite dividiu a experiência em três momentos, sendo o primeiro
em sala de aula, onde os alunos viram os aspectos históricos e técnicas possíveis de serem
realizadas. No segundo, eles fizeram uma experiência de xilogravura em sala de aula utilizando
madeira reciclada ou MDF, ponta seca em suporte de acetato, CDs usados, entre outros
materiais com as impressões feitas com tinta guache. E por fim, eles foram levados ao ateliê da
UFPE onde tiveram contato com todos os materiais e equipamentos utilizados na produção de
gravura no curso de Licenciatura em Artes Visuais e vivenciaram todo o processo da produção
das gravuras. O resultado esperado não poderia ter sido melhor, os educandos vivenciaram a
teoria e a prática da gravura, conheceram o espaço acadêmico onde ela é ensinada, tiveram
�contato com o artista e impressor Hélio Soares, responsável pelo ateliê de Litogravura da
UFPE (GARBUGLIO, 2015, p. 127).
4.1 Acondicionamento de Memória
Em 2016, o acervo da Oficina Guaianases de Gravuras (OGG) foi realocado novamente
por meio dos esforços do professor Maurício Rocha de Carvalho, coordenador do Memorial e
de toda equipe. A coleção foi transportada para o Memorial Denis Bernardes, localizado na
Biblioteca Central da UFPE, pois se encontrava em um local que não apresentava condições
adequadas para a guarda e acondicionamento das obras.
O acervo contendo litogravuras, pedras, álbuns, folders, cartazes e documentos passou
por processos de inventário, classificação, indexação e catalogação. Durante a análise do
material, percebeu-se que, o catálogo produzido pelo projeto Arte e Tecnologia: Cuidando da
Memória, não abrange todas as obras do acervo. Notou-se também que há obras descritas que
não contém imagens, visto que só foram digitalizadas 929 pelo projeto, além de que não há
registro imagético das pedras, álbuns, folders, cartazes e documentos.
Propõe-se, dessa forma, a produção de um novo catálogo, que contemple a totalidade do
acervo com imagens resultantes de digitalização em parceira com o Laboratório de Tecnologia
da Informação da UFPE (Liber). O resultado final desse trabalho seria disponibilizado e
divulgado na Internet, de forma gratuita, possibilitando, assim, o acesso remoto. Contudo,
algumas litogravuras ainda permanecem sem identificação de artista e/ou data e passarão pela
avaliação de um especialista, antes que sejam divulgadas de forma mais ampla.
As litogravuras identificadas passaram por todo processo citado anteriormente e
encontram-se acondicionadas em 34 gavetas de mapotecas, que foram organizadas por ordem
alfabética dos artistas. As demais se encontram em outras mapotecas à espera da avaliação. Os
álbuns, folders, cartazes e documentos também estão em mapotecas separadas por tipo de
acervo, estando apenas as pedras em uma estante. Todos esses materiais ainda aguardam o
tratamento devido.
�Fonte: Print screen do site da biblioteca UFPE
Fonte: Tony Macedo (2017)
�Além da proposta da digitalização do acervo e produção do catálogo, há também uma
proposta de divulgar este acervo no site Flickr. Ele é um site da web onde pode ser sediado e
partilhado fotos e vídeos em álbuns, podendo ser compartilhados de modo público ou privado.
Alguns serviços online que fazem parte do conceito Web 2.0 são: iGoogle, Google
Docs, Joost, Flickr e muito mais, os quais provam ser possível utilizar programas como edição
de textos, por exemplo, sem precisar instalar nenhum aplicativo. Sem dúvida, o Flickr é um dos
melhores serviços online para compartilhamento de imagens atualmente (CAMARGO, 2008).
Como para explorar o Flickr não é necessário cadastro, qualquer um pode acessar as
publicações em modo público. Visando essa facilidade de acesso, pensou-se na possibilidade de
disponibilizar todas as imagens do acervo da Oficina Guaianases de Gravuras (OGG). Em 2017,
foram postadas mais de 100 (cem) imagens das obras desse acervo no Flickr, tendo como
objetivo, estender a ação às outras imagens.
Fonte: Print screen do site Flickr
No mesmo ano, com o apoio do Memorial Denis Bernardes e outros, foi realizada a
Exposição Pedra Nua no hall do Centro de Artes e Comunicação, que teve como objetivo
mostrar a nudez como forma artística em algumas das obras da Oficina Guaianases de Gravuras
(OGG). Na exposição, foram utilizadas reproduções de 20 (vinte) obras que foram digitalizadas
pelo projeto Arte e tecnologia: Cuidando da Memória. As obras da Oficina Guaianases de
Gravuras estão incluídas em outros projetos de exposições que visam divulgar esse grande e
importante acervo.
�5 Considerações finais
Ressaltamos, então, a importância de mantermos o acervo original da Oficina
Guaianases de Gravuras (OGG) preservado e conservado, para resguardar a memória dessas
obras de importância ímpar. Em mídias em mídia física, onde as obras vão sempre estar
catalogadas, classificadas, iventariadas, indexadas, acondicionadas corretamente e disponível
para acesso local, quanto em mídia digital, a qual ficará disponível 24 horas com livre acesso,
fazendo assim com que ele possa ser sempre consultado e utilizado para o conhecimento e
aprendizado de muitos com qualidade e facilidade.
Assim, a biblioteca ubíqua vem para somar na preservação da memória, visto que , vai
facilitar nesse aspecto da melhor acessibilidade e quebra o conceito de que preservação de
memória é algo velho, uma vez que se usa a tecnologia para preservar e disponibilizar diversos
acervos.
Referências
ABREU, Jônatas Souza de. Bibliotecas digitais e redes socais: motivos para integração. 2012.
163 p. Dissertação (Pós Graduação em Ciência da Informação)- Universidade Federal de
Pernambuco, Recife - PE, 2012.
AMOROSO, Danilo. O que é Flickr?. Disponível em:
<https://www.tecmundo.com.br/imagem/779-o-que-e-flickr-.htm>. Acesso em: 15 dez. 2017.
BARBOSA, Dayse De França. Um olhar sobre a preservação e conservação do acervo da
Biblioteca Pública Estadual Juarez Gama. 2015. 54 p. Monografia (Graduação em
Biblioteconomia)- Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa - PB, 2015
BRASIL. Ministério do Trabalho. A importância memória institucional. Disponível em:
<http://www.fundacentro.gov.br/resgate-historico/a-importancia-da-memoria-institucional>.
Acesso em: 15 dez. 2017.
BLASKOVSKY, Cintia; CAZARINI, Edson Walmir . Gestão do conhecimento e computação
ubíqua: o que há de novo? In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO, 23. Bento Gonçalves: ABREPO, 2012.
CAMARGO, Camila. Como usar o Flickr. Disponível em:
<https://www.tecmundo.com.br/internet/792-como-usar-o-flickr.htm>. Acesso em: 15 dez.
2017.
CARVALHO, Maria Auxiliadora; OTERO, Maria Mercedes Dias Ferreira; BARBOSA, Josefa
Pere
oleção Oficina Guaianases d
Informação &
Sociedade, João Pessoa, v.16, n.2, p.133-137, jul./dez. 2006.
�COLEÇÃO Histórica da Oficina Guaianases de Gravuras. Disponível em:
<https://www3.ufpe.br/guaianases/modules/home/projeto.php>. Acesso em: 15 dez. 2017.
CUNHA, Murilo Bastos da . Construindo o futuro: a biblioteca universitária brasileira em 2010.
Brasília, DF: Universidade de Brasília ,2000.
GARBUGLIO, Irani . Ensino de gravura: do ateliê da UFPE à sala de aula da educação básica.
In: DA COSTA, Robson Xavier; E SILVA, Maria Betânia ; CARVALHO, Silva Lívia Marques
(Org.). Pesquisas e metodologias em artes visuais. João Pessoa: Editora UFPE, 2015. p. 120129.
GASPAR, Lúcia. Oficina Guaianases de gravura. Disponível em:
<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id
=192&Itemid=194>. Acesso em: 22 dez. 2017.
LITOGRAFIA. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo:
Itaú Cultural, 2018. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5086/litografia>. Acesso em: 15 de Jan. 2018.
MENDES, Amélia; SANTOS, Charlene; SANTIAGO, Pietro. Preservação do acervo histórico
da Oficina Guaianases de Gravuras. Biblionline, João Pessoa, 2010. Disponível em: <
http://periodicos.ufpb.br/index.php/biblio/issue/view/816>. Acesso em: 03 jan. 2018.
NEVES, Margarida de Souza . Lugares de Memória da Medicina no Brasil. Disponível em:
http://www.historiaecultura.pro.br/cienciaepreconceito/lugaresdememoria.htm#_ftn1>. Acesso
em: 15 dez. 2017.
OHIRA, Maria Lourdes Blatt; PRADO, Noêmia Schoffen. Bibliotecas virtuais e digitais:
análise de artigos de periódicos brasileiros (1995/2000). Ciência da Informação, Brasília, v. 31,
n. 1, p. 61-74, jan./abr. 2002.
OTERO, Maria Mercedes; BORBA, Vildeane; SILVA, Neuman. Digitalização da
documentação histórica da Oficina Guaianases de Gravura: um relato de experiência.
Disponível em: <https://www.gapcongressos.com.br/eventos/z0070/trabalhos/final_446.pdf>.
Acesso em: 22 dez. 2017.
da Silva. Bibliotecas universitárias: uma abordagem organizacional.
Campinas: UNICAMP. Disponivel em:
<www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=1116>. Acesso em: 15 dez. 2017.
QUAL a importância da biblioteca universitária para os alunos? Disponível em:
<http://blog.unimonte.br/qual-a-importancia-da-biblioteca-universitaria-para-os-alunos/>.
Acesso em: 15 dez. 2017.
SILVA, Daniel. Memória institucional. Disponível em:
<http://biblioo.cartacapital.com.br/memoria-institucional/>. Acesso em: 15 dez. 2017.
�SILVEIRA, Nalin Ferreira. Evolução das Bibliotecas Universitárias: information commons.
Revista ACB, [S.l.], v. 19, n. 1, p. 69-76, maio 2014. Disponível em:
<https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/923>. Acesso em: 20 dez. 2017.
SOUSA, Margarida Maria de. A biblioteca universitária como ambiente de aprendizagem no
ensino superior. 2009. 90 p. Dissertação (Mestre em ciência da informação)- Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2009.
SOUTO, Clivea Farias. Biblioteca universitária: sua função social enquanto lugar de memória.
In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 19. 2016, Roraima. Anais... Roraima:
UFAM, 2016. Disponível em: <http://periodicos.ufam.edu.br/anaissnbu/article/view/3200>.
Acesso em: 05 jan. 2018.
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 20 - Ano: 2018 (UFBA - Salvador/BA)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: O Futuro da Biblioteca Universitária na Perspectiva do Ensino, Inovação, Criação, Pesquisa e Extensão.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Oficina Guaianases de gravura: preservação e tecnologia a favor da memória.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Macedo, Tony Bernardino
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Salvador (Bahia)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFBA
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
O artigo visa mostrar o trabalho desenvolvido pelo Memorial Denis Bernardes daUniversidade Federal de Pernambuco em relação à catalogação, uso de técnicas de preservação e o uso de tecnologia para a salvaguarda da memória em seus acervos. Destacamos o acervo da Oficina Guaianases de Gravuras, movimento artístico cultural ocorrido na década de 1970 em Pernambuco, o qual contou com a participação de artistas como Ariano Suassuna, João Câmara e Tereza Costa Rêgo. Nos seus vinte e um anos de existência, o Movimento produziu mais de 2.000 (duas mil) obras utilizando a técnica de litogravura. Diante da importância artística e histórica do acervo, apresentamos o objetivo do trabalho que consiste em relatar a experiência em foco, bem como, ressaltar a importância de preservar e divulgar este acervo em mídia física e em mídia digital. Tais ações facilitarão o acesso às obras para fins de pesquisa e conhecimento deste acervo, visto que, ele documenta o passado da litogravura pernambucana e brasileira, que configura uma considerável fonte de pesquisa não só na área de artes, como em toda a comunidade acadêmica
Language
A language of the resource
pt