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Trabalho completo
WHITE PAPER SOBRE OPEN SOURCE, OPEN ACCESS, OPEN
STANDARDS E O FUTURO DA CATALOGAÇÃO
Adriana Nascimento Flamino 1
1 Mestre em Ciência da Informação pela FFC/UNESP/Marília ; Diretora da Divisão de Gestão e
Tratamento da Informação (DGTI) do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da
USP (DT/SIBiUSP) , Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Resumo
As discussões sobre o futuro da catalogação tem recebido maior atenção nos
últimos dez anos, principalmente devido ao impacto do rápido desenvolvimento das
tecnologias de informação e comunicação, no mesmo período, o que tem
proporcionado o acesso à Web a qualquer momento e lugar. Tais discussões giram
em torno da necessidade de uma nova estrutura bibliográfica para atender à
demanda desta nova realidade do ambiente digital, ou seja, como as bibliotecas
poderão tratar, armazenar, disponibilizar, compartilhar e integrar seus acervos
(físicos, digitais ou digitalizados), na atual era pós-PC? Diante desta questão, Open
Access, Open Source e Open Standards são três conceitos que precisam receber
maior atenção nas áreas da Biblioteconomia e Ciência da Informação, pois acreditase que sejam elementos fundamentais para a mudança de paradigma da
representação descritiva, atualmente baseada conceitualmente no item físico ao
invés do trabalho intelectual. Este trabalho tem como objetivo levantar e discorrer
sobre tais questões e instigar profissionais da informação, em especial os
Bibliotecários, a pensar, discutir e propor iniciativas para tais problemas, contribuindo
e compartilhando ide ias e possíveis soluções, em equipes multidisciplinares. Ao final
é sugerida a criação efetiva de grupos de estudos multidisciplinares e
interinstitucionais sobre o futuro da catalogação e seu impacto nos acervos
nacionais, de forma a contribuir para a área da representação descritiva em âmbito
nacional e internacional.
Palavras-Chave:
Catalogação; MARC; Padrões Abertos; Fontes Abertas; Acesso Aberto.
Abstract
The discussions on the future of cataloging has received increased attention in
the last ten years, mainly due to the impact of rapid development of information and
communication technologies in the same period, which has provided access to the
Web anytime, anywhere. These discussions revolve around the need for a new
bibliographic framework to meet the demand of this new reality in the digital
environment, ie how libraries can process, store, deliver, share and integrate their
collections (physical, digital or scanned), in current post-PC era? Faced with this
question, Open Access, Open Source and Open Standards are three concepts that
need to receive greater aUention in the field of Library and Information Science, as it
is believed to be fundamental elements for the change of paradigm of descriptive
representation, currently based conceptually on physical item rather than intellectual
work. This paper aims to raise and discuss such issues and instigate information
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professionals, especially librarians, to think, discuss and propose initiatives for such
problems, contributing and sharing ideas and possible solutions, in multidisciplinary
teams. At the end is suggested the effective creation of multidisciplinary and
interinstitutional study groups on the future of cataloging and its impact on national
collections, in order to contribute to the area of descriptive representation in national
and internationallevel.
Keywords:
Cataloging; MARC; Open Standard; Open Source; Open Access.
1 Introdução
Por décadas as bibliotecas têm adotado como padrão de descrição
bibliográfica o formato MARC e o AACR, para registro e intercâmbio de dados. Tais
ferramentas serviram muito bem para as bibliotecas entrarem para a era do
computador e intercambiar dados. Entretanto, as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC's) tem impulsionado consideráveis mudanças no ambiente digital
e, consequentemente, no comportamento do usuário frente aos conteúdos de
informação. Dispositivos portáteis (Iaptops, smartphones, tablets) tem proporcionado
o acesso à Web a qualquer momento e lugar.
Considerando esta nova realidade do ambiente digital, como as bibliotecas
poderão disponibilizar, compartilhar e integrar seus acervos (físicos, digitais ou
digitalizados), na atual era pós-PC? Como descrever recursos informacionais
(muitas vezes multimídia) criados em ambientes de web 2.0, os quais,
intrinsecamente, a autoria tem caráter colaborativo e a sua construção é contínua?
Quais normas, padrões, protocolos, métodos, podem atender a esta demanda
urgente? Que filosofia adotar?
Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre tais questões e instigar
profissionais da informação, em especial os Bibliotecários, a pensar, discutir e propor
iniciativas para tais problemas, contribuindo e compartilhando ideias e possíveis
soluções.
2 Revisão de Literatura
A área da Biblioteconomia possui um padrão para a descrição bibliográfica de dados,
o MARC, um formato (standard) que possui uma estrutura que cobre os mais
diversos tipos de materiais. A seguir, são apresentados algumas considerações
sobre o formato .
2.1 Formato MARC: breves considerações
Desenvolvido por bibliotecários e analistas de sistemas da Library of
Congress (LC) nos anos 1960, uma época em que a automação estava começando .
Foi um desenvolvimento de ponta e o MARC serviu de base a muitos outros
padrões. De acordo com Tennant (2004, p. 175, tradução nossa) ,
Sem dúvida, o desenvolvimento do padrão Machine Readable Cataloging-
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MARC nos anos 1960 foi um avanço revolucionário na biblioteconomia
moderna [do século XX] . Ele formou a base para as bibliotecas moverem
para a era do computador, provendo uma sintaxe comum para registrar e
transferir dados bibliográficos entre computadores. Em associação com o
Anglo-American Cataloging Rules - AACR , o MARC permitiu as bibliotecas
compartilharem a catalogação em larga escala , e assim aumentar
grandemente a eficiência da tarefa de catalogar como também estabelecer
a plataforma para a criação de bancos de dados de biblioteca centralizados
tal como esses administrados pela OClC e RlG, os quais são agora os
maiores recursos mundiais.
o MARC é utilizado atualmente por diversas bibliotecas nacionais e
internacionais ao redor do mundo, geralmente de grande porte, já que é um formato
com um alto custo para implementação para as unidades de informação,
principalmente devido a sua estrutura e linguagem.
Marcum (2005), bibliotecária associada à LC , em sua carreira na área de
biblioteconomia possui diversos trabalhos de catalogação e entende como sendo
parte principal do funcionamento de uma biblioteca a representação descritiva. A
autora não havia percebido o quanto fundamental a catalogação é até fazer uma
descoberta, quando se tornou bibliotecária associada da LC. A descoberta foi
financeira - a LC investe em catalogação por volta de quarenta milhões de dólares
ao ano . Um custo desta magnitude obviamente chamou sua atenção:
Se tal despesa produz grandes benefícios para a Library of Congress, às
diversas bibliotecas espalhadas pelo país, e outras ao redor do mundo,
então poderemos argumentar justificavelmente que os quarenta e quatro
milhões estão bem gastos. Mas na era da informação digital, do acesso a
Internet, da busca eletrônica de palavras-chave, exatamente quanto
precisamos continuar a gastar na construção de catálogos cuidadosamente
construídos? [ ... ] Como deveríamos pensar em catalogação na era do
Google? (MARCUM , 2005, p. 1, tradução nossa).
Partindo desta constatação, o momento exige reflexão e reestruturação das
práticas e metodologias biblioteconômicas, principalmente quando se pensa nos
atuais ambientes de informação digital.
Ou então, se continuará a mover grandes esforços no sentido de reproduzir
velhas práticas em suportes novos sem dar o necessário salto qualitativo
que vem a ser a busca pelo aprimoramento e superação de práticas pouco
eficientes que acabam por afastar o bibliotecário do processo de tratamento
eletrônico da informação (DZIEKANIAK, 2004, p. 54) .
De acordo com Marcum (2005), com o advento da constante sofisticação
automatizada , a atenção detalhada que os bibliotecários tem tido para com a
catalogação descritiva pode já não ser justificada.
Se o trabalho de catalogação descritiva pudesse ser assumido por técnicos,
então os catalogadores poderiam ter mais tempo para o controle de
autoridade, análise de assunto, identificação e avaliação de recursos, e a
colaboração com unidades de tecnologia da informação em projetos de
aplicações automatizadas e de digitalização (MARCUM, 2005, p. 11 ,
tradução nossa).
Ciente de toda essa realidade, possibilidades e necessidades vigentes, é
preciso refletir coletivamente sobre questões como: O MARC é adequado e
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necessário para o atual contexto informacional?
Sabe-se que ele é uma estrutura de representação bibliográfica completa e
atende as necessidades de padronização de metadados, que facilita a
interoperabilidade entre sistemas de informação devido a sua arquitetura
organizacional, etc. Mas, somente essa estrutura não efetiva a interoperabilidade. É
preciso outros serviços acoplados a esta estrutura MARC, para garantir e efetivar a
interoperabilidade entre sistemas heterogêneos de informação. No entanto,
atualmente existe a necessidade de ferramentas mais flexíveis e preferencialmente
não proprietárias, para atender as atuais necessidades informacionais. Os
profissionais da informação, especificamente os bibliotecários encontram-se
atualmente em uma posição privilegiada, uma vez que já possuem o MARC como
base, diferentemente dos profissionais da década de 1960.
O MARC serviu e muito bem, para a época inicial da era da informação, fase
em que os acervos eram maciçamente físicos e estáticos, o contrário de hoje em
que se lida, em grande parte, com uma informação dinâmica, mutável e acessível
por diferentes meios. Conforme Tennant (2004, p.175, tradução nossa, grifo nosso),
o
ambiente técnico mudou completamente desde os primeiros dias do
MARC . Quando o MARC foi criado, o armazenamento em computador era
muito dispendioso - tão dispendioso que cada carácter era muito valioso.
Pouquíssimas pessoas tinham acesso a um computador - nem no trabalho,
e muito menos em casa . A Internet não era mais do que uma idéia. A
XML, então, estava, há décadas, longe de ser pelo menos uma idéia.
Tem-se agora, de acordo com Tennant (2004 , p. 175, tradução nossa , grifo
nosso) ,
A oportunidade para recriar nossos padrões bibliográficos fundamentais
para tirar proveito de uma nova ordem de oportunidades, como também
fixar problemas com nosso atual conjunto de padrões . Não será suficiente
avivar nossos padrões existentes , uma vez que nós temos usado este
método [ ... ]. Precisamos de uma infra-estrutura de metadados bibliográficos
que seja compatível com qualquer metadado acessível, e que possa
facilmente produzir registros simples quando necessário. ou registros
complexos, quando solicitado a fazer assim .
Para facilitar a implementação e extensibilidade desta nova infra-estrutura,
Tennant (2004 , p. 176, tradução nossa), propõe que
Padrões, protocolos e softwares deveriam ser abertos e transparentes tanto
quanto possível. [ ... ] Transparência é importante para os implementadores
potenciais para ver como os sistemas trabalham (por exemplo,
compartilhamento de código fonte, formatos de metadados legíveis por
humanos, etc) .
De acordo com Tennant (2004, p. 176, tradução nossa), o que ele está
sugerindo,
É diferente em extensão e estrutura do que está insinuado por mim em
"MARC must die" na coluna do Library Journal, embora eu tenha referido a
isto na coluna seguinte "MARC exit strateg ies". O que deve morrer
especificamente não é o MARC e o AACR2. apesar dos seus claros
problemas , mas a nossa confiança exclusiva nesses componentes como as
únicas exigências para metadados de biblioteca.
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Parece que a grande questão atual não é mais se o MARC é adequado e
necessário para o novo contexto informacional, mas como migrar da estrutura MARC
para uma outra estrutura sem criar grandes problemas informacionais. A visão da
Bibliotecária associada da Library of Congres, Marcum (2005, p. 12, grifo nosso),
confirma tal afirmação quando diz, que estas e outras questões críticas como:
"introduzimos nossas regras de catalogação e o formato MARC em bibliotecas
no mundo inteiro. Como faremos mudanças de grandes proporções sem criar
caos?" , e mais especificamente, "devemos proceder com essa estrutura
levando em consideração um ambiente totalmente mudado?"; deverão ser
enfrentadas pelos profissionais da informação, especificamente os bibliotecários.
Mas tais questões, assim como, o futuro da profissão e do profissional
bibliotecário, não poderão ser resolvidas somente por uma instituição ou por um
grupo pequeno de profissionais. Questões de grandes magnitudes como estas
deverão ser resolvidas coletivamente com muitas outras comunidades relevantes de
profissionais da informação como bibliotecários, cientistas da informação,
publicadores, cientistas da computação dentre outros (MARCUM , 2005) .
2.2 Open Source
Percebe-se atualmente a necessidade e o uso cada vez mais constante e
intenso de recursos abertos, produtos de código-fonte aberto ou sistemas "open
source", nas mais diversas áreas. Essa inovação tecnológica é hoje considerada por
muitos, uma das ferramentas mais importantes e indispensáveis na sociedade da
informação. E o momento exige cada vez mais o uso dessas tecnologias de fontes
abertas, de baixo custo e de licença pública, uma vez que elas dispensam custos
com licenças reduzindo muito mais os investimentos nessas tecnologias, além de
contribuir para o futuro da preservação informacional na era digital.
Castells (2005 , p. 1), em entrevista ao Comciência no fórum Social mundial
diz que, "a informação, para ser distribuída de forma justa, precisa ser livre". O autor
ainda relaciona a "Internet e os Open Sources, afirmando que ela não teria
alcançado seu desenvolvimento atual se não se baseasse em protocolos abertos e
livres".
Pode-se, no entanto, questionar em relação à segurança dos dados, mas a
filosofia dos recursos open source é que, outros serviços acoplados a esses
produtos de fontes abertas se encarregam de prover a segurança e o controle de
acesso às informações, que envolvem a encriptação, autenticação, senha e outros.
Vê-se então, a importância da Biblioteconomia, de possuir ou de incentivar a
utilização de padrões, protocolos e softwares de código aberto, sob licença pública
para as bibliotecas interessadas no Brasil. Assim como equipamentos (hardwares),
necessários para implementação, sejam de baixo custo, para que os custos de
implantação e operação sejam o mínimo possível. Desta forma os profissionais da
informação estariam comprometidos com a função social da profissão, assim como,
o papel da área da Biblioteconomia cujos alguns dos objetivos são a inclusão digital
e o acesso às informações disponíveis, visto que, "não é suficiente que a mensagem
esteja disponível, ela deve também poder ser apropriada pelo receptor" (SMIT;
BARRETO, 2002 , p. 16). Assim, estariam beneficiando não somente as instituições
de grande porte, mas também pequenas bibliotecas e outras unidades de
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informação. O usuário teria qualidade nas informações, com soluções de baixo
custo, minimizando a distância tecnológica existente entre bibliotecas e/ou unidades
de informação que podem investir grandes somas em sistemas digitais e aquelas
que por força maior não podem dispor de tais recursos. Ou seja,
Tornando possivel a informatização de bibliotecas sem recursos para
aquisição de sistemas proprietários. O que amenizaria o gap tecnológico
inclusive entre as diferentes bibliotecas: desde as públicas até as
especializadas e oportunizaria a aquisição destes sistemas livres, provendo
o acesso à informação aos [ ... ] [seus usuários] (DZIEKANIAK, 2004, p. 40).
No entanto, é interessante frisar que pouco vem se discutindo na área
biblioteconômica a importância de tecnologias abertas para o desenvolvimento de
sistemas de gerenciamento de informações. Segundo Dziekaniak (2004, p. 39),
Prova de que a Biblioteconomia tem esquecido sua função social quanto à
disseminação da informação, vem do fato de que a área pouco discute a
importância da utilização de tecnologia Open Source para o
desenvolvimento de sistemas de gerenciamento de bibliotecas e inclusive,
não discute que estes sistemas sejam resultados de projetos em nivel de
graduação e pós-graduação dentro das escolas de Ciência da Informação e
da Ciência da Computação.
Atualmente, a aquisição de softwares proprietários, os quais já trazem
embutidos em sua estrutura protocolos de intercâmbio e formatos de descrição de
dados também proprietários para o gerenciamento de informações em unidades de
informação, não mais se justifica, uma vez que existem disponíveis na Internet,
softwares livres, protocolos, formatos e outros produtos também livres que estão,
cada vez mais, sendo utilizados nas mais diversas áreas.
Tais inovações vêm ao encontro da filosofia biblioteconômica e dos objetivos
da Ciência da Informação: criar mecanismos para que as informações disponíveis
estejam acessíveis e que um maior número de pessoas tenha acesso, no momento
certo, na hora certa e com o menor custo possível , de preferência a custo zero .
Adicionalmente, as instituições ao utilizarem produtos open source se livram do
aprisionamento tecnológico. Item imprescindível na atual economia da informação.
Na opinião de Galvão (1998) citado por Dziekaniak (2004),
A informática na Biblioteconomia dinamizou serviços , mas não alterou
processos, o que leva a pensar que a área não deu o necessário salto
qualitativo, apesar de realizar tantos investimentos por parte das bibliotecas,
principalmente as universitárias, na aquisição de software [padrões e
protocolos] proprietários em que não houve transformações significativas na
práxis biblioteconômica.
2.3 Open Access
Nesta perspectiva, este cenário se torna preocupante em relação ao futuro
das bibliotecas tradicionais baseadas em grandes coleções de materiais impressos,
já que a informação na atualidade não é mais disseminada apenas em suporte físico
e que a sociedade atual, a Sociedade da Informação, está agora sob um novo
paradigma , o do acesso, em que Ué mais interessante ter condições de acessar a
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informação, o conteúdo do documento, do que ter o próprio documento (posse) em
mãos, uma vez que isto se torna desnecessário frente às tecnologias digitais e
virtuais que rompem barreiras geográficas" (DZIEKANIAK, 2004, p. 44) .
Os grandes debates, discussões e iniciativas na atualidade giram em torno do
acesso às informações, ou mais especificamente, ao Acesso Aberto às essas
informações. Para Rodrigues (2004, p.25),
o debate e as iniciativas relacionadas com o acesso à literatura científica
tem crescido de forma significativa nos últimos anos. No quadro desse
debate, a aspiração e exigência de Acesso Livre ao conhecimento
produzido pelos investigadores e acadêmicos tem conquistado cada vez
mais defensores e adeptos , dentro e fora do mundo universitário.
De uma forma simples, o Acesso Aberto significa a disponibilização livre na
Internet de literatura de caráter acadêmico ou científico , permitindo a qualquer
pessoa ler, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos
documentos (RODRIGUES, 2004) . Para que o Acesso Aberto seja possível é preciso
utilizar tecnologias de fontes abertas como, softwares livres, protocolos, padrões e
outros, também livres.
O surgimento do movimento de Acesso Aberto se deu devido às crises no
tradicional sistema de comunicação científica , como por exemplo , o aumento
exponencial dos títulos de periódicos e a diminuição significativa das assinaturas
destas revistas científicas, devido ao expoente custo em obtê-Ias.
Harnard (2001), em citação de Hunter e Guy (2004), diz que os custos para
publicar trabalhos no formato tradicional são agora tão grandes que são cobradas
das bibliotecas taxas de assinaturas enormes para acesso aos periódicos, o que
significa que cada vez menos podem arcar com estas subscrições. No final das
contas, a comunidade a qual o estudante/cientista deseja se dirigir em muitos casos
já não tem acesso. Em casos extremos isto poderia significar que o autor, ele
mesmo, já não pode entrar na biblioteca de sua instituição, e ver o seu próprio
trabalho nas estantes (FLAMINO, 2006).
Os profissionais da informação, conscientes da crise designada "crise dos
periódicos" e das graves consequências que as limitações ao acesso à literatura
produziam ao próprio sistema científico e, ao mesmo tempo, a generalização da
utilização da Internet e da Web, acompanhada por uma maior compreensão das
suas potencialidades e aplicações na publicação científica, contribuíram de forma
significativa para o surgimento de diversas iniciativas que estão na base do atual
movimento do Acesso Aberto como, OAI , OAI-PMH, BOAI , open sources, arquivos
abertos (open archives), repositórios institucionais dentre outros, (RODRIGUES,
2004).
Os repositórios institucionais são sistemas abertos de informação que
servem para armazenar, preservar e difundir a produção intelectual de uma ou várias
instituições universitárias. Podem ser criados e mantidos de forma individualizada ou
cooperativa , utilizando-se de uma das múltiplas plataformas Open Source, padrões
e protocolos também abertos, atualmente disponíveis (RODRIGUES, 2004).
Portanto,
a tendência para os próximos anos é de que a iniciativa dos Repositórios
Institucionais ganhe maior visibilidade, uma vez que, sua promoção e,
consequentemente, a sua utilização será vista como um dos indicadores
significantes da qualidade acadêmica de uma instituição visto que eles têm ,
como alguns de seus objetivos, preservar a produção intelectual dos seus
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membros , dinamizar a comunicação científica entre os pares e dar
credibilidade a instituição promotora (FLAMINO, SANTOS, FUJITA, 2005 , p.
192).
2.4 Open 5tandards
Os standards podem ser considerados "open" quando a sua utilização é
suficientemente aberta . Mas há também quem somente considere um standard
aberto, se a criação, desenvolvimento e modificação se derem por um processo
também aberto.
O termo Open Standard pode ter significados diferentes para pessoas
diferentes, no entanto a definição de Pountain (2003) é um bom ponto de partida . Ele
define Open Standard como um padrão que é independente de uma única instituição
e o qual se podem propor emendas.
Em especial para as bibliotecas garantir o acesso a longo prazo à informação
digital é extremamente importante. O desenvolvimento das tecnologias digitais
permitiu novas e melhores aplicações para a preservação digital.
Porém, este processo conduziu a alguns problemas também. Dois desses
problemas são a obsolescência e a dependência. O problema da obsolescência é
causado pelos avanços de hardware e software que fazem com que muitas
aplicações tornem-se obsoletas em menos de três anos. Os problemas de
dependência podem surgir se as ferramentas que são necessárias para a
comunicação entre sistemas ou ler formatos se tornam indisponíveis como, por
exemplo, a descontinuidade de desenvolvimento, por parte de uma empresa, da(s)
ferramenta(s) adquirida(s) (CORRADO, 2005).
Para superar estes problemas, as organizações deveriam ser capazes de
migrar seus dados para novos sistemas, preferencialmente Open Source . A
utilização de Open Standards pode ajudar no arquivamento de longo prazo, pois
permite a independência de software e hardware.
3 Materiais e Métodos
A partir da revisão de literatura, que consiste em uma metodologia necessária
para identificar, conhecer e acompanhar o desenvolvimento de um determinado
tema, este trabalho se propõe levar à discussão o tema da representação descritiva
(FLAMINO , 2003) .
4 Resultados Parciais/Finais
Os profissionais da informação, especialmente os bibliotecários "devem
buscar otimizar os processos de catalogação, classificação e indexação - áreas
críticas quanto à explosão documental/digital pela qual a sociedade atravessa, sob
pena de cair em desuso" (DZIEKANIAK, 2004, p. 54).
Acredita-se que as bibliotecas tradicionais (através de seus bibliotecários)
bem como as escolas de Biblioteconomia brasileiras (através de pesquisas,
da atualização de seus docentes, pesquisadores e da estrutura do ensino)
precisam atualizar-se com relação não somente às novas tecnologias, mas
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também com vistas a novas metodologias, novos serviços , e novas formas
de fornecê-los , através de uma visão pró-ativa, que antecipe as
necessidades da comunidade a qual se destina. E que em linhas gerais
essa profissão possa ser necessária aos usuários de bibliotecas e também
à sociedade (DZIEKANIAK, 2004, p. 54) .
Para Dziekaniak (2004 , p. 49), "O caminho que o bibliotecário percorre com
relação à tecnologia parece ser o inverso do lógico, está longe de ser o caminho
'ideal' . É preciso que os bibliotecários permitam que os objetivos definam a
tecnologia, ao invés da prática oposta, que é a mais utilizada".
A sociedade da informação exige, cada vez mais, profissionais da informação
que tenham conhecimento no tratamento, armazenamento e recuperação de novas
mídias e acervos em ambientes digitais.
É evidente que o ambiente informacional evoluiu, assim como os suportes e
os conteúdos informacionais. A tendência atual é de que o bibliotecário trate de
informação cada vez mais em meio virtual , em acervos não físicos e de acesso ao
conteúdo completo dos documentos. De acordo com Dziekaniak (2004 , p. 52) "a
produção da informação foi elevada exponencialmente e sua forma de disseminação
passou a ser o espaço virtual, e o bibliotecário continua a pensar e fazer
Biblioteconomia com as velhas técnicas de catalogação, classificação e indexação".
É, portanto , visível à necessidade deste profissional colocar em prática a
multidisciplinaridade para avançar no tratamento da informação. Para tanto, é
necessário que bibliotecários envolvam-se em equipes multidisciplinares com
profissionais das mais diferentes áreas (DZIEKANIAK, 2004) . Caso contrário,
andarão a passos lentos e não acompanharão a revolução tecnológica, quando na
verdade deveriam estar à frente, direcionando, sinalizando a "infovia" e deixando sua
contribuição para futuros profissionais.
Para Alvarenga (2002) e Dziekaniak (2004), a parceria entre profissionais da
Informação, com relação a trabalhos integrados e contínuos de pesquisa dos
profissionais da Ciência da Computação e da Ciência da Informação, é inexistente
no Brasil, o que "faz com que se veja atrasado o desenvolvimento de bibliotecas
digitais. Incluindo-se também o atraso no desenvolvimento de softwares integrados
de bibliotecas".
É importante salientar ainda que, em muitos desenvolvimentos de sistemas de
informação, quando há a participação do profissional bibliotecário , este
[... ] o faz de forma empírica ou então reproduzindo discursos do tipo: "o
software precisa utilizar o padrão MARC", ou então, "ele precisa apresentar
o protocolo Z39.50", sem mesmo saber o que tais ferramentas são e
representam na realidade e, mais grave ainda , para que são necessárias.
Não há oferta deste perfil de formação nos cursos de Biblioteconomia
brasileiros, apesar de haver tal demanda no mercado de trabalho
(DZIEKANIAK, 2004, p.46) .
É preciso, portanto, por parte dos profissionais, menos acomodação e mais
espírito científico e crítico, e capacidade não somente de valorizar o que é feito, mas
também de disseminar o seu trabalho, sua contribuição para a humanidade. Precisase para isso de competência profissional e competência informacional (e digital),
ambas imprescindíveis para o ambiente informacional digital em que os profissionais
da informação estão mergulhados.
Como disse o autor Alvin Toffler, "informação é poder", frase muito famosa
pronunciada pelos mais diversos profissionais. No entanto, o próprio autor
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reformulou a sua frase para melhor representar o novo contexto da informação: "o
poder é a informação da informação", ou seja, a nosso entender, a Ciência da
Informação. Logo, os profissionais desta área trabalham com o poder, e então tem
influência o suficiente para modificar, fundir, potencializar e desenvolver estruturas
e/ou infraestruturas que possam melhor lidar com os processos e fluxos da
informação.
No entanto, é imprescindível que os profissionais da informação sejam
conscientes de que eles não são profissionais imparciais em sua profissão . Mas
independentemente de que lado estiver é preciso que estejam conscientes e sejam
também críticos.
De acordo com Smit e Barreto (2002, p. 17),
As palavras citadas por Nietzsche em Assim falava Zaratrusta , 'Eu só amo
aqueles que sabem viver como que se extinguindo, porque são esses os
que atravessam de um para o outro lado', são uma referência de
posicionamento para o trabalhar com as práticas de informação. O
profissional desta área se encontra em um ponto no presente entre o
passado e o futuro. Convive com tarefas e técnicas tradicionais de sua
profissão, mas precisa atravessar para uma outra realidade, para onde
estão indo seus clientes, e aprender a conviver com o novo e o inusitado,
numa constante renovação de seus conhecimentos e do seu agir no
trabalho.
De acordo com Rodrigues (2004, p. 33) , tudo indica que o acesso aberto fará
parte "do futuro da publicação científica e que as bibliotecas das instituições de
ciência e tecnologia, e os seus profissionais, terão a oportunidade e a obrigação de
reequacionar o seu posicionamento e demonstrar o seu valor na nova paisagem
informativa" .
No entanto, para Tennant (2004), uma das barreiras mais significantes para a
mudança e a implementação de uma nova infraestrutura de metadados
bibliográficos,
[ ... ] somos nós mesmos. A maioria de nós na profissão hoje nunca conheceu
nada exceto MAR C e AACR2 como uma infraestrutura de metadados online. Mas agora nós temos que dramaticamente ampliar nossa compreensão
do que isto significa para termos uma moderna infraestrutura de metadados
bibliográficos , a qual requererá claramente aprendizagem profissional
extensa e reciclagem . Tal visão pode ser amedrontadora quando vista como
um todo, mas quando iniciada gradativamente com o passar do tempo, há
de fato esperança em conseguir realizar tal empreendimento. Já há sinais
esperançosos que os bibliotecários estão aceitando o desafio diante deles,
quer participando nas atividades de desenvolvimento de padrões de
metadados tal como o Dublin Core e os esforços do METS, ou simplesmente
aprendendo mais sobre os assuntos de metadados lendo e assistindo a
apresentações de conferências (TENNANT, 2004 , p. 181 , tradução nossa).
Segundo Tennant (2004), como ele não fez parte dos esforços para criar o
MARC nessas muitas décadas atrás, ele não pode imaginar as condições que
encorajaram seu nascimento.
Mas em minha ignorância imagino que as oportunidades criadas através
dos computadores inspiraram Henriette Avram e companhia a aceitarem o
desafio de recriar nossa infra-estrutura profissional de um modo
revolucionário e perspicaz. Faríamos bem olharmos para o nosso passado
para obter a inspiração que precisamos para criar um futuro que nossos
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Organização do conhecimento: indexação, catalogação, tesauros, ontologias, taxonomias,
padrões e protocolos (Z39.5, XML, etc.) e demais temas relacionados
Trabalho completo
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descendentes olharão para trás com admiração semelhante (TENNANT,
2004, p. 181 , tradução nossa).
Portanto, é preciso reagir para a mudança, mas, nem com desespero e nem
com entusiasmo . Preferivelmente, é entender a mudança em um nível fundamental
para manter uma atitude realista (SCHAMBER, 1996).
5 Considerações Parciais/Finais
Open Access, Open Source e Open Standards são três conceitos que
precisam receber maior atenção na área da Biblioteconomia. Pois todos os três
conceitos são importantes para as bibliotecas individualmente, mas eles podem ser
ainda mais benéficos quando são aproveitados simultaneamente. De acordo com
Sayão (2007) "Não se pode esperar absolutamente que esses itens possam ser
estudados de forma estanque; ao contrário, eles se mesclam [ .. .)" e são, cada vez
mais, interdependentes.
O Acesso Aberto é visto por muitos como a solução para o aumento dos
preços dos periódicos e como uma forma da sociedade receber melhor o
investimento que as agências de fomento governamentais realizam em pesquisas
(CORRADO , 2005). No entanto, as iniciativas de Acesso Aberto têm gerado uma
enorme quantidade de documentos que, por sua vez, são descritos por uma
infinidade de tipos de metadados. Neste sentido, no atual cenário informacional, em
que o catálogo MARC é uma fonte de informação entre muitas, que trabalham em
conjunto para atender às necessidades de um usuário de informação, serão
necessários dados precisos, completos e estruturados em cada uma dessas fontes .
Softwares de fonte aberta (Open Source) podem beneficiar as instituições e
unidades de informação, reduzindo custos de implantação e manutenção eliminando
a dependência dos fornecedores e permitindo maior flexibilidade.
Os Padrões Abertos (Open Standards) permitem a interoperabilidade entre
sistemas, pois facilitam a migração de dados e a existência de recursos diversos.
A iniciativa das regras de catalogação RDA, baseadas nos modelos
conceituais FRBR e FRAD, pode permitir ou incentivar catalogadores a colocar
menos enfase na formatação rígida de dados (por exemplo, a pontuação das ISBD)
em favor de uma maior ênfase sobre a utilidade real dos dados aos usuários.
Diante de todas estas considerações, aproveitando o atual momento de
mudanças e desafios como uma grande oportunidade e em consonância com
iniciativas internacionais 1, este White Paper sugere que as instituições brasileiras e
suas bibliotecas, centros de documentação, entre outros tipos de unidades de
informação, se articulem na criação efetiva de grupos de estudos multidisciplinares e
interinstitucionais sobre o futuro da catalogação e seu impacto nos acervos
nacionais, com o foco na realização de pesquisas na área da representação
descritiva, nas temáticas: RDA, FRBR e FRAD, nova estrutura bibliográfica,
metadados para recursos web 2.0 e multimídia, MODS, EAD, TEI , Dublin Core,
1 A Library of Congress está lançando uma revisão da estrutura bibliográfica para acomodar
melhor as necessidades futuras. O foco principal da iniciativa será a de determinar um caminho de
transição do MARC21 para uma nova estrutura , de modo a colher os benefícios das tecnologias mais
recentes e, preservando o intercâmbio de dados que tem apoiado o compartilhamento de recursos e
a redução dos custos na catalogação nas últimas décadas (LlBRARY OF CONGRESS , 2012 ,
tradução nossa) .
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padrões e protocolos (Z39.5, XML, etc.) e demais temas relacionados
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Trabalho completo
METS , IMS , LOM , etc., buscando novos conceitos, métodos, padrões e práticas, de
modo a discutir e repensar o papel dos catálogos, da catalogação e dos
catalogadores, levando em consideração os padrões abertos e a filosofia de acesso
aberto à informação.
Espera-se que com a criação desses grupos, obtenham-se resultados para
planejar ações práticas no tratamento da informação nos acervos bibliográficos
nacionais, assim como contribuir para a área da representação descritiva em âmbito
nacional e internacional.
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Organização do conhecimento: indexação, catalogação, tesauros, ontologias, taxonomias,
padrões e protocolos (Z39.5, XML, etc.) e demais temas relacionados
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Trabalho completo
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 17 - Ano: 2012 (UFRGS - Gramado/RS)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária como laboratório na sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFRGS
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2012
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Gramado (Rio Grande do Sul)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
White Paper sobre Open Source, Open Access, Open Satndards e o futuro da catalogação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Flamino, Adriana Nascimento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Gramado (Rio Grande do Sul)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFRGS
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2012
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
As discussões sobre o futuro da catalogação tem recebido maior atenção nos últimos dez anos, principalmente devido ao impacto do rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, no mesmo período, o que tem proporcionado o acesso à Web a qualquer momento e lugar. Tais discussões giram em torno da necessidade de uma nova estrutura bibliográfica para atender à demanda desta nova realidade do ambiente digital, ou seja, como as bibliotecas poderão tratar, armazenar, disponibilizar, compartilhar e integrar seus acervos (físicos, digitais ou digitalizados), na atual era pós-PC? Diante desta questão, Open Access, Open Source e Open Standards são três conceitos que precisam receber maior atenção nas áreas da Biblioteconomia e Ciência da Informação, pois acredita- se que sejam elementos fundamentais para a mudança de paradigma da representação descritiva, atualmente baseada conceitualmente no item físico ao invés do trabalho intelectual. Este trabalho tem como objetivo levantar e discorrer sobre tais questões e instigar profissionais da informação, em especial os Bibliotecários, a pensar, discutir e propor iniciativas para tais problemas, contribuindo e compartilhando ideias e possíveis soluções, em equipes multidisciplinares. Ao final é sugerida a criação efetiva de grupos de estudos multidisciplinares e interinstitucionais sobre o futuro da catalogação e seu impacto nos acervos nacionais, de forma a contribuir para a área da representação descritiva em âmbito nacional e internacional.
Language
A language of the resource
pt