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http://repositorio.febab.libertar.org/files/original/49/5955/SNBU2012_094.pdf
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Trabalho completo
SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UFRGS E PROGRAMA
INCLUIR UFRGS: O OLHAR DISCENTE SOBRE ESTA PARCERIA
INCLUSIVA
Gabriela da Silva Giacumuzzi'
1
Graduanda em Biblioteconomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
Rio Grande do Sul
Resumo
Este artigo apresenta a perspectiva do discente com limitação no ambiente da
biblioteca universitária. Indicando, pela análise de entrevistas, a perspectiva discente
sobre a parceria entre o Programa Incluir e o Sistema de Bibliotecas da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul e a atuação desses serviços na universidade.
Demonstra que a acessibilidade na biblioteca contribui para a formação pedagógica
do aluno e na inclusão social no ambiente acadêmico . Ressalta a acessibilidade
atitudinal no atendimento aos usuários com limitação, portanto o acesso à
informação deve ser um serviço prestado de forma acessível pelas bibliotecas
universitárias. Conclui que as bibliotecas universitárias devem estabelecer parcerias
com os demais setores da universidade onde está inserida, para melhorar seus
serviços aos usuários.
Palavras-Chave:
Bibliotecas Universitárias; Acessibilidade; Programa Incluir UFRGS; UFRGS.
Abstract
This article presents the perspective of students with limitations in the environment of
the university library. Indicating, by the analysis of interviews, the student perspective
on the partnership between the Programa Incluir UFRGS and the Sistemas de
Bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul and the performance of
these services at the university. Demonstrates that accessibility in the library
contributes to pedagogical training of the students and social inclusion in the
academic environment. Emphasizes attitudinal accessibility in services to user with
limitations, therefore the access to information should be a service accessible at the
university libraries. Concludes that university libraries should establish partnerships
with other sectors of the university where it operates, to improve its services to users.
Keywords:
University Libraries; Accessibility; Include Program UFRGS; UFRGS.
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende apontar as questões de acessibilidade presentes nas
bibliotecas universitárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
por meio da parceria entre o Sistema de Bibliotecas da UFRGS (SBU) e o Programa
Incluir UFRGS. Tal resultado é obtido através do diálogo com alunos com limitações
que são incluídos na UFRGS através deste programa . Dessa forma , analisa-se a
visão do discente com limitação no ambiente universitário.
Por meio de entrevistas feitas pessoalmente, por telefone ou email foi
possível coletar o relato de diversos alunos e ex-alunos da UFRGS que obtiveram
algum auxílio do Programa Incluir UFRGS. A análise destes relatos em conjunto com
o estudo da literatura permitiu o estabelecimento da importância da Biblioteca
Universitária (BU) no processo de aprendizagem dos discentes, e também como a
BU deve contar com os demais setores da universidade onde está inserida para
otimizar seus serviços, reverberando na satisfação das necessidades informacionais
de seus usuários.
2 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E ACESsíVEIS
A biblioteca universitária tem como função primordial disponibilizar o acesso à
informação para a comunidade acadêmica e servidores da universidade. E contribuir
para a pesquisa e extensão acadêmica . O acervo é especializado e voltado para
atender as necessidades informacionais dos discentes e docentes dos cursos de
graduação ou pós-graduação que são oferecidos pelas universidades e faculdades,
além de quando solicitada atender o público externo se sua política permitir. Dessa
forma :
A biblioteca universitária, pensada como um dos espaços
facilitadores da aprendizagem, deve ser encarada como um espaço
de múltipla comunicação, disponibilizando itens informacionais,
dentro de padrões de agilidade e adequabilidade necessários à
geração de novos conhecimentos, representando um fórum de
interação entre emissores e receptores do conhecimento e da
informação e um recurso social comprometido com a comunicação
pedagógica. (CARVALHO, 2004, p. 96)
Segundo Machado e Blattmann (2011), a construção de conhecimento é
efetiva nas universidades, assim como a transmissão de informação é algo corrente .
Portanto, é um direito do discente ter acesso à bibliografia básica indicada por seus
professores para sua construção de conhecimento.
Na disponibilização do acesso à informação para todos, devemos pensar em
maneiras de tornar esse acesso possível para Pessoas com Necessidades
Educacionais Especiais (PNEEs) definidas por Moro e Estabel (2008)1 como as
pessoas que possuem alguma limitação seja física , visual, auditiva , mental ou de
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Documento eletrônico
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doenças crônicas, e que muitas vezes são vistas com estranhamento nos ambientes
educacionais.
As bibliotecas universitárias e seus serviços contribuem no desenvolvimento
acadêmico na universidade, logo é indispensável que ela esteja preparada para
atender os diferentes usuários que receberá, tornando-se, portanto, uma biblioteca
acessível. Considerando que:
Uma biblioteca acessível é um espaço que permite a presença e
proveito de todos, e está preparada para acolher a maior variedade
de público possível para as suas atividades, com instalações
adequadas às diferentes necessidades e em conformidade com as
diferenças físicas, antropométricas e sensoriais da população.
(FERRÉS, 2008, p. 36)
A acessibilidade nas bibliotecas universitárias contribui efetivamente para que
a informação também venha ser acessível. Sendo que a acessibilidade ocorre para
todos e não somente para os alunos PNEEs, não há exclusão ou integração, mas
inclusão de todos os alunos no mesmo ambiente . Conforme Mazzoni e outros
(2001) , a acessibilidade atitudinal também deve ser levada em consideração quando
se deseja tornar um lugar acessível. Já que mesmo o espaço físico tendo
acessibilidade arquitetônica e contando com a existência de tecnologia assistiva
(acessibilidade instrumental), se não houver acessibilidade atitudinal, o usuário não
se sentirá acolhido pela biblioteca por isso as "atitudes acessíveis agregam
qualidade à biblioteca" (GIACUMUZZI ; NUNES; JARDIM , 2011 , p. 4). Pois tais
atitudes permitem que a biblioteca se torne um ambiente agradável de ser
frequentado .
Acessibilidade atitudinal pode ser compreendida em ações e atitudes
acessíveis para com todos os usuários sem distinção, ou seja,
As ações e as atitudes do profissional bibliotecário nas relações
pessoais e profissionais irão se refletir em todos os usuários da
biblioteca. Se as atitudes forem de acolhimento e acessíveis a
biblioteca será acessível e, dessa maneira, exercerá também a sua
função social, contribuindo para a inclusão social e a acessibilidade.
(GIACUMUZZI ; NUNES; JARDIM, 2011 , p. 4).
A acessibilidade atitudinal na BU é importante,
Por ser a biblioteca universitária um espaço de interação, ensino,
aprendizagem, acesso e troca de informação deve ser destinado a
atender a todas as pessoas, independente das condições ou
limitações que elas possam apresentar, como forma de inclusão
social. (FERREIRA; CIANCONIP, 2011, p. 154)
A acessibilidade deve estar presente nas bibliotecas universitárias para que
seus serviços sejam oferecidos com maior eficiência para seus usuários sejam eles
PNEEs ou não, pois a acessibilidade visa tornar o lugar mais acessível para todos,
tornando o espaço um ambiente de inclusão social. Tornar o espaço acessível é
respeitar as diferenças existentes entre todas as pessoas.
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2.1 Sistema de Bibliotecas da UFRGS
o SBU é composto por 32 bibliotecas, que estão distribuídas nos seis campus
da UFRGS. A coordenação desse sistema é feita pela Biblioteca Central que dita os
padrões para as demais bibliotecas universitárias da UFRGS.
As bibliotecas universitárias, que compões o SBU, possuem acervo
especializado em diferentes suportes como físico (livros, periódicos, etc.), imagético
(fotografias) , audiovisual , digital (acesso a bases de dados, digitalizações, etc.),
entre outros.
O SBU iniciou sua automatização em 1989, e agora possui o Sistema de
Automação de Bibliotecas (SABi), cujo software adotado é o Aleph 500. O software
oportuniza que o usuário possa efetuar suas pesquisas no catálogo online mantendo
sua autonomia . O Lume Repositório Digital e outras bases de dados, também são
disponibilizados para os usuários através do acesso pela internet.
3 PROGRAMA INCLUIR UFRGS
Os Programas Incluir são programas desenvolvidos pela Secretaria de Ensino
Superior (SESu) e pela Secretaria de Educação Especial (SEESP) do Ministério da
Educação (MEC), e ocorrem nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) .
Na UFRGS, o Programa Incluir UFRGS é desenvolvido desde 2009, e vem
atuando na acessibilidade dentro de todos os âmbitos da universidade promovendo
a inclusão social dos alunos PNEEs na UFRGS. Seu objetivo é contribuir na
eliminação de barreiras pedagógicas, arquitetônicas e atitudinais dentro da
universidade. O programa é um aliado entre a interação acessível da universidade e
o aluno.
As barreiras pedagógicas sendo eliminadas por meio da acessibilidade no
acesso à informação e na comunicação . As barreiras arquitetônicas sendo
eliminadas pela acessibilidade arquitetônica nos campus e arredores. E as barreiras
atitudinais sendo eliminadas por meio da acessibilidade atitudinal e da inclusão
social.
4 SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UFRGS E PROGRAMA INCLUIR UFRGS
O SBU, assim como os demais setores da UFRGS, também conta com o
auxílio do Programa Incluir UFRGS para desenvolver ações acessíveis. Vem-se
desenvolvendo uma parceria entre as bibliotecas e o programa, resultando na
otimização dos aspectos acessíveis das bibliotecas.
O Programa Incluir UFRGS atua instalando pontos de atendimentos na
universidade e muitos desses pontos foram instalados em bibliotecas devido à
presença de alunos PNEEs nas faculdades onde tais bibliotecas estão localizadas.
Nos pontos há a presença de um ou mais bolsitas além de possuírem tecnologias
assistivas que são o "conjunto de técnicas, aparelhos, instrumentos, produtos e
procedimentos que visem auxiliar a mobilidade, a percepção e a utilização do meio
ambiente e seus elementos por pessoa com deficiência" (ASSOCIAÇÃO ... , 2008)
O Programa Incluir UFRGS desde que iniciou suas atividades já atendeu
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dezenas de alunos PNEEs, com diferentes tipos de limitação. E para a coleta de
dados entrevistamos nove alunos voluntários. Abaixo segue a lista dos alunos ou exalunos entrevistados indicando sua limitação, idade e o curso de seu vínculo com a
UFRGS:
a) Aluno A: limitação visual , 37 anos, Técnico em Biblioteconomia ;
b) aluno B: limitação visual , 24 anos, Licenciatura em Música;
c) aluno C: limitação visual , 29 anos, Programa de Educação Continuada da
UFRGS;
d) aluno D: limitação auditiva, 46 anos, Programa de Educação Continuada da
UFRGS;
e) aluno E: limitação física, 53 anos, bacharelado em Biblioteconomia ;
f) aluno F: limitação visual , 25 anos, curso pré-vestibular através do Projeto
Educacional Alternativa Cidadã (PEAC);
g) aluno G: limitação visual, 23 anos, licenciatura em Letras;
h) aluno H: limitação visual, 25 anos, bacharelado em Engenharia de Materias;
i) aluno I: limitação visual, 43 anos, bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais.
4.1 Visão docente sobre SBU e Programa Incluir UFRGS
o aluno A possui limitação visual e quando fez o curso técnico de
Biblioteconomia, ainda não utilizava leitura em Braille. Dessa forma o Programa
Incluir UFRGS disponibilizou bolsistas que liam o material que A necessitava para
estudar, ou seja , ledores. Além de também digitalizarem o material que A precisaria
ouvir por meio de leitor de tela com síntese de voz em seu próprio notebook. Esses
mesmos bolsistas acompanhavam A até a biblioteca da Escola Técnica da UFRGS,
que atualmente é o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Na biblioteca, A
sempre contou com a ajuda dos bibliotecários e atendentes, mas geralmente ia até
lá com algum colega ou bolsista para ajudar na busca pelos livros necessários. A
Biblioteca da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, a mais utilizada por A,
demonstrou acessibilidade atitudinal além de satisfazer suas necessidades
informacionais.
O aluno B possui limitação visual e faz licenciatura em Música e relatou que o
auxílio que recebe do Programa Incluir UFRGS é a digitalização de materiais,
principalmente de livros sobre Educação. Porém salientou uma dificuldade
encontrada: partituras não são reconhecidas por leitores de tela. Há uma quantidade
escassa de partituras em Braille, apesar de o Sistema Braille ser utilizado para a
escrita de partituras.
Conforme Bonilha e Carrasco (2008) , a biblioteca é um espaço que deve
proporcionar o acesso à partitura Braille, e também sua transcrição e produção. B,
portanto retira da BU CDs de áudios de música. Para ter acesso a partituras em
Braille, utiliza os serviços do Setor Braille da Biblioteca Pública do Estado do Rio
Grande Sul. Ou , faz suas próprias partituras utilizando softwares com ajuda de um
vidente que o auxilia na transcrição das partituras.
O aluno C possui limitação visual e ao fazer o Programa de Educação
Continuada (PEC) na UFRGS contou com o auxílio de bolsistas ledores e
digitalizações por meio do programa . C indicou que o programa permite o estudo
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com condições iguais em relação aos outros alunos. E que a UFRGS busca ser uma
universidade com acessibilidade atitudinal, garantindo o direito do estudante em ter
acesso à informação nas bibliotecas do SBU.
Para o aluno D possui limitação auditiva , o programa disponibilizou intérprete
de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para as aulas no PECo D não solicitou a
presença de intérpretes quando ia às bibliotecas do SBU, apesar de ser possível
agendar para ir acompanhado. Isso não foi necessário, pois D comunicava-se com
os bibliotecários ou atendentes trazendo já escrito as informações do material que
buscava . Relatou que apesar de não haver atendimento por algum profissional com
capacitação em LIBRAS, sempre houve acessibilidade atitudinal no atendimento e
sempre consegui os materiais que solicitavam, sendo que os livros solicitados
geralmente eram indicações de professores. D somente apontou a dificuldade do
aluno com limitação auditiva tem para acompanhar a aula, pois sua atenção deve
ser dividida entre o intérprete e o professor.
O aluno E possui limitação física , difere dos demais alunos, pois não
necessita do auxílio frequente do Programa Incluir UFRGS. Pois medidas de
acessibilidade arquitetônica já ajudam na eliminação de muitas barreiras. Logo, E
juntamente com o programa conseguiu que fosse instalado corrimão para rampa
existente na parte externa de um dos prédios da universidade, além de vaga no
estacionamento próxima as entradas dos prédios. Dessa maneira, simples medidas
já tornaram o espaço da universidade mais acessível para E. Além do aspecto
arquitetônico, E diz que a acessibilidade atitudinal é existente na universidade e
suas bibliotecas e que aumentou após a implementação do programa de inclusão.
Aluno F, que possui limitação visual, contou com o programa ao fazer o curso
pré-vestibular da UFRGS através do PEAC. F possui baixa visão, e em algumas
bibliotecas do SBU havia lupas eletrônicas que são: "desenvolvidas para auxiliar
pessoas com baixa visão, que necessitam grande ampliação de textos e imagens,
na leitura e na escrita. " (MELO; COSTA; SOARES, 2008 , p. 95). F teve acesso às
lupas eletrônicas e também material impresso em fonte ampliada. Nas bibliotecas do
SBU que possuíam lupa eletrônica , F sempre as pode utilizar.
Aluno G, assim como F, também possui baixa visão. E recebe como auxílio
do Programa Incluir UFRGS: digitalização, material impresso ampliado e uso de
lupas eletrônicas. G diz não possuir dificuldades em utilizar os serviços da biblioteca,
porém salientou a importância de salas de leitura iluminadas de maneira adequadas,
pois a ambientes obscuros ou com muita luminosidade podem prejudicar a leitura
dos alunos.
As lupas eletrônicas são equipamentos de suma importância nas bibliotecas,
pois permitem a ampliação de qualquer material impresso, assim o usuário tem
acesso tanto ao material impresso com a fonte do tamanho comumente impresso, e
aos materiais com a fonte ampliada . A lupa eletrônica permite o acesso à informação
para pessoas com baixa visão, podendo ser utilizada tanto por PNEEs com baixa
visão quanto pessoas idosas que possuem alguma dificuldade em ler textos
impressos com o uso de fontes pequenas.
Aluno H possui limitação visual e quando o Programa Incluir UFRGS
começou sua atuação na universidade já se encaminhava para a fase final de sua
graduação. H recebeu auxílio através de ledores e digitalização de materiais. H
relatou que para frequentar a biblioteca sempre contava com a ajuda de colegas e
familiares que também auxiliavam na digitalização antes do programa, e o programa
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veio ser um facilitador, pois prestava esse serviço para H que não precisou mais
contar com a disposição de amigos e familiares, pois a universidade por meio do
programa de inclusão trouxe profissionais e bolsistas para serem auxiliadores nos
processos de aprendizagem.
Aluno I que possui limitação visual, cursou uma graduação antes da
existência do Programa Incluir UFRGS, e teve a experiência discente com e sem o
programa , dessa maneira pode observar as melhorias que o programa trouxe para
os alunos. O auxílio que I recebeu foi na digitalização de materiais para ouvir através
dos leitores de tela com síntese de voz. O Programa Incluir UFRGS facilitou o
processo de aprendizagem de I, e otimizou seu tempo . Pois antes, I digitalizava o
material que necessitava para suas pesquisas, o programa proporcionou para ele
que essas digitalizações fossem feitas por bolsistas, não sendo mais necessário
fazer esse processo com a ajuda de colegas ou familiares .
Através dos relatos dos alunos é possível entender a utilidade de programas
de inclusão no ambiente universitário. E observamos a atuação que o Programa
Incluir UFRGS disponibiliza para cada aluno PNEE, segundo suas especificidades.
O SBU ao permitir essa parceria com o programa está exercendo a acessibilidade
atitudinal. Está permitindo que a informação chegue de maneira mais facilitada aos
usuários PNEEs, resultando na otimização do processo pedagógico de tais alunos.
Acessibilidade atitudinal e assistencialismo não estão relacionados. Trazendo
para o contexto da BU , temos a acessibilidade atitudinal como o conjunto de
atitudes, ações e políticas que tornam o acesso à informação um processo mais
facilitado ao usuário, sem colocar barreiras e que tornem a informação algo de difícil
acesso, ou até mesmo que impeçam o acesso à informação. Contudo, o
assistencialismo são ações pautadas no preconceito, atitudes aparentemente
facilitadoras, mas que são feitas achando que o Outro é inferior e não pode fazer
sozinho . A acessibilidade atitudinal propicia que as limitações sejam superadas, o
assistencialismo propicia que as limitações sejam barreiras intransponíveis.
Um aspecto importante que foi observado nos relatos é que o programa
permite que o aluno PNE tenha maior autonomia na sua busca pela informação. Não
sendo necessário pedir ajuda , continuamente, para colegas ou familiares. Portanto,
o programa disponibiliza um profissional para auxiliar até a ida à biblioteca, na busca
à informação e em tornar a informação acessível sem assistencialismo ou barreiras.
Nenhum dos alunos relatou a existência de assistencialismo no atendimento
nas bibliotecas do SBU , mas perceberam a acessibilidade atitudinal ao serem
atendidos como qualquer outro usuário, ou seja, sem fazer distinções devidas suas
limitações. A biblioteca universitária então é observada como um fator importante na
universidade, pois pode tanto ceder ou negar o acesso à informação.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vivemos na sociedade da diversidade, onde nós todos temos capacidades e
limitações diferentes . E é preciso que haja acessibilidade para que todas as pessoas
possam estar incluídas nos mesmos ambientes. E ao pensar em ambientes
acessíveis, deve-se lembrar das bibliotecas universitárias.
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Por meio da parceria que o SBU estabelece com o Programa Incluir UFRGS,
isso torna as bibliotecas um ambiente com alguns padrões de acessibilidade ,
inclusive bibliotecas que passam a contar com o apoio de tecnologias assistivas
para atender as demandas de seus usuários com limitação.
A BU contribui na formação pedagógica do aluno universitário, pois é nela
que ele irá incrementar os saberes obtidos na sala de aula . Portanto, a biblioteca
deve ser uma aliada da universidade. Deve se inserir no contexto universitário e
tornar-se presente no cotidiano do aluno . E as parcerias podem e devem sempre ser
produtivas. A BU não pode ser um setor distante da universidade, mas deve estar
incluída com os demais setores por isso deve ser um ambiente de inclusão social
dos alunos, professores e servidores.
As bibliotecas universitárias da UFRGS juntamente com o Programa Incluir
UFRGS tem contribuído na vida acadêmica do aluno PNEE , ambos tem tornado o
espaço universitário um ambiente de inclusão social. E nenhuma maneira é mais
eficaz de promover a inclusão social do que tornando acessível o acesso à
informação e eliminando as barreiras tanto arquitetônicas quanto atitudinais dos
ambientes que propiciam o saber, tais como as bibliotecas e universidades.
REFERÊNCIAS
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o PROCESSO DE USO E RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
PELOS ALUNOS DO 7° E 8° PERíODO DO CURSO DE
BIBLIOTECONOMIA DA UFMA
Isabel Diniz1, Raimunda Ribeiro 1
1Mestre,
UFMA, São Luís - Ma.
Resumo
Estudo do processo de uso e recuperação da informação pelos alunos do 7 °e
8° período do Curso de Biblioteconomia da UFMA, objetivando enfatizar suas
perspectivas e expectativas durante a realização de suas pesquisa, e analisar o que
tem influenciado a motivação e/ou desmotivação nesse processo, quais os autores e
títulos mais utilizados, bem como o ano dessas publicações. Foi realizada uma
pesquisa bibliográfica e de campo, com abordagem qualitativa, por meio da
aplicação de questionários com questões fechadas e abertas com 56 alunos que
estão cursando o 7° e 8° período no semestre letivo 2012 .1. A amostra se deu de
forma aleatória com todos os alunos que participaram da reunião de monografia no
mês de abril e com aqueles que estão cursando a disciplina Seminários de
Monografia. Os resultados analisados evidenciam que os alunos pesquisam tanto
em ambientes tradicionais quantos digitais, e que os maiores entraves para a
realização de pesquisas de forma satisfatória e com qualidade se dar em ambientes
tradicionais pela falta de acervos atualizados,número de exemplares e títulos
insuficientes, número de terminais insuficientes para o desenvolvimento de
pesquisas. E em ambientes digitais resultados de busca insatisfatória que ocorre
principalmente pela falta de treinamentos para a recuperação de informações em
bibliotecas digitais, repositórios dentre outros. Conclui-se que se faz necessário
orientar os alunos para o desenvolvimento de suas pesquisas e criar formas de
motivá-los e incentivá-los a desenvolver hábitos de leitura que vão além das
indicações de leituras da bibliografia básica da disciplina que estão cursando.
Palavras-chave:
Biblioteconomia ; Bibliotecas Universitárias; Discentes; Pesquisas; Bibliotecas
digitais; Sites institucionais.
Abstract
Study of the use and retrieval of information by students from the 7th and 8th
period of the Course Library Science UFMA, with the aim of emphasizing their
perspectives and expectations while conducting their research, and analyze what has
influenced the motivation and / or motivation in this process, which the authors and
titles used, as well as the publications of these years. We performed a literature
search and field, with a qualitative approach, through the use of questionnaires with
closed and open with 56 students currently enrolled in 7th and 8th semester period in
2012 .1. The sample was randomly given to ali students who participated in the
meeting of the monograph in April and with students who are attending the course in
the semester Seminars monograph cited . The analyzed results show that students
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Trabalho completo
research how both traditional digital environments, and that the greatest obstacles to
conducting research in a satisfactory manner and with quality to give in traditional
lack of updated collections, number of copies and titles insufficient number terminal
insufficient for further research . And in digital environments unsatisfactory search
results that occurs due to lack of training for the retrieval of information in digital
libraries, repositories and others. We conclude that it is necessary to guide students
to develop their research and create ways to motivate them and encourage them to
develop reading habits that go beyond the particulars of the basic bibliography of
readings that are attending the course.
Keywords:
Librarianship; University Libraries; Students; Research ; Digital libraries;
Institutional sites.
1
Introdução
No cenário da sociedade da informação e de um mundo globalizado, no
qual o desenvolvimento da ciência e tecnologia traz como conseqüência para a área
Biblioteconomia e Ciência da Informação, um ambiente informacional composto por
pessoas e organizações que necessitam, buscam, disseminam e fazem uso da
informação. As organizações estão envoltas por uma quantidade cada vez maior de
volumes de informação sem o devido gerenciamento. E os usuários, diante do
excesso de informações, não conseguem absorvê-Ia e usá-Ia para atingir um
objetivo ou mesmo para executar alguma tarefa .
Para as pessoas, de forma geral, ter consciência sobre a necessidade de
informação é algo subjetivo , que depende de vários fatores. Assim, efetuar a procura
por informações depende da acessibilidade e da relevância das fontes de
informação, que podem ser selecionadas de acordo com as escolhas subjetivas do
usuário. A confiança e a facilidade de acesso às fontes de informação são fatores
que auxiliam e facilitam o processo de busca .
Nesta pesquisa, estudou-se o processo de uso e recuperação da
informação pelos alunos do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do
Maranhão, enfatizando suas perspectivas e expectativas durante suas pesquisas,
buscando analisar o que tem influenciado a (des) motivação dos mesmos.
Tal temática surgiu em decorrência de vários fatores, dentre eles pode-se
destacar: a crise no Curso de Biblioteconomia da UFMA, que passa por momentos
de tensões em virtude da última avaliação divulgada pelo MEC, na prova do ENADE
de 2009 , onde o Curso obteve uma nota abaixo da média. O fato tem despertado a
atenção dos professores e dos alunos. Daí a preocupação da Coordenação do
Curso em criar formas de melhorar o nível de debate e estimular o estudo e reflexão
teórica a partir das pesquisas e da extensão, bem da produção monográfica. Além
de analise a partir de reflexões em torno da estrutura curricular do Curso.
Os resultados foram descritos e analisados a partir da coleta de dados
obtidos através de questionários aplicados aos alunos do 7° e 8° períodos do Curso
de Biblioteconomia. A escolha dos 7° e 8° períodos se deveu ao fato do primeiro ser
a fase de elaboração do projeto de monografia e do segundo ser a fase da
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efetivação, finalização e apresentação da monografia de conclusão do curso, que
requer rigor metodológico.
A análise e a interpretação dos dados realizaram-se privilegiando duas
categorias: necessidades informacionais e as fontes de informação. Os resultados
mais pontuais foram confrontados com a pesquisa bibliográfica , a fim de se
estabelecerem paralelos e de se identificarem semelhanças ou diferenças.
2
Usuário versus processo de busca e recuperação da informação
Uma organização, entendida ou definida com um conjunto de processo
interligado e independente, compõe-se de elementos do tipo: pessoas, estrutura e
tecnologia . As pessoas se relacionam e categorizam-se de acordo com a estrutura
da organização (são os níveis hierárquicos - funções e cargos). A tecnologia
significa , neste contexto, determinados recursos os quais as pessoas utilizam para
trabalharem ou executarem tarefas. Causadora de um grande impacto nos
relacionamentos e na produtividade das pessoas, a tecnologia se configura como
sendo as engrenagens da organização (CHIAVENATO , 2009).
Esses três elementos não coexistem isolados, separadamente, não são
suficientes para formarem uma organização , além disso, esta encontra-se inserida
em um ambiente (externo) dinâmico e complexo. Tal ambiente influencia os
elementos que compõem a organização sendo considerado incontrolável. A
organização tem que perceber as turbulências do seu ambiente externo
(concorrência e alternativas educacionais; fatores sociais, econômicos, políticos e
demográficos) para agir com competência . E, a biblioteca como uma organização
depende diretamente desses três elementos, em especial do seu usuário.
As bibliotecas, independentemente do tipo , são denominadas de
Sistemas de Recuperação da Informação/SRI apresentando-se como: "Conjunto de
componentes inter-relacionados que trabalham juntos para coletar/recuperar,
processar, armazenar e distribuir informação a fim de dar suporte a um processo de
tomada de decisão em uma organização" (LANDON ; LANDON, 2001 , p.34) . Ou
seja, é o conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológico e financeiro
agregados segundo uma seqüência lógica para o processamento de dados,
transformando esses dados em informação (OLIVEIRA, 2002) .
No caso das bibliotecas universitárias, assim com as demais, estão
inseridas num ambiente em constantes mudanças. Portanto, elas devem estar
preparadas para se adaptar a essas alterações, refletindo sobre suas práticas e
inovando nos produtos e serviços oferecidos aos seus usuários.
Neste contexto, faz-se necessário definir alguns termos comumente
utilizados (usuário, cliente e comunidade) . O termo usuário, no Dicionário Aurélio ,
significa aquele "que possui ou desfruta de alguma coisa pelo direito de uso"
(FERREIRA, 2005, p. 1446). O conceito de usuário é algo complexo, pois tanto "[ ... ]
pode ser um especialista que interroga uma base de dados como aquele que solicita
um serviço [.. .]; ao produtor de informação; entre outros." E, a comunidade significa
o público que freqüenta ou poderia freqüentar a biblioteca , ou seja , os usuários reais
e potenciais. (DIAS ; PIRES , 2004, p. 7) .
Para Vergueiro (1987) compreender as necessidades de cada individuo
em relação à informação é algo complexo , em decorrência das constantes
3
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Comportamento informacional humano
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Trabalho completo
mudanças de comportamento. Em contrapartida, Dias e Pires (2004) destacam os
fatores que influenciam o comportamento do usuário em relação à informação,
como: formação básica do usuário; treinamento que possui na utilização das fontes,
produtos e serviços de informação; acesso a esses serviços; condições de trabalho
e tempo que dispõe para a busca da informação; conhecimento de idiomas; posição
socioprofissional; sociabilidade; grau de competição dentro do grupo de atuação ,
dentre outros.
Complementando, Ferreira (2005) classifica as necessidades de cada
individuo como variáveis comportamentais (personalidade que inclui valores,
atitudes, crenças, motivos, estilos de vida , dentre outros; incertezas, ambigüidades e
riscos percebidos; memória e sua ativação que inclui dados e experiências
acumuladas; aprendizagem ; predisposição para busca , avaliação, escolha e reação ;
experiência, faixa etária, nível educacional, estilos cognitivos e orientação individual;
interesse e atividades de lazer; e a profissão que consiste no fator mais influente
importante: área de assunto) e as variáveis externas (informações objetivas;
comunicações induzidas; grupos de referencias; local de trabalho; e frentes de
pesquisa).
E, o Curso de Biblioteconomia da UFMA, no auge dos seus 42 anos de
existência , sempre teve a preocupação de sondar as práticas de pesquisa de seus
alunos, principalmente, em relação ao acervo da Biblioteca Central desta instituição
de ensino superior. Uma vez que, para a Biblioteconomia e Ciência da Informação, a
educação do usuário é conhecida como uma atribuição intrínseca das bibliotecas,
promovendo aos usuários o conhecimento para o uso dos recursos informacionais
oferecidos por esses serviços de informação.
Ressaltando que, há uma diferença conceitual entre a educação do usuário e a
competência informacional. Para diversos autores (KULTHAU, 1991 ; DERVIN, 1983
apud CRESPO; CAREGNATO, 2003), a capacitação do usuário envolve apenas o
desenvolvimento de habilidades no uso das tecnologias de informação, enquanto
que a competência informacional, além dessas habilidades, avança no repertório
cognitivo do usuário, capacitando-o a analisar criticamente os recursos
informacionais e o seu conteúdo, possibilitando a tomada de decisão para as suas
necessidades informacionais.
A necessidade informacional condiciona o usuário a buscar preencher as suas
lacunas cognitivas de forma coesa e objetiva . Na literatura temos vários autores
(ELLlS, 1989; ELLlS, COX, HALL, 1993; WILSON, 1999 apud CRESPO;
CAREGNATO, 2003) que através de estudos com cientistas de diversas áreas
apontam padrões de comportamento, onde a busca apresenta oito características:
iniciação - compreende todas as características iniciais da busca pela informação;
encadeamento - seqüência de referências que apresentam ligações no assunto
procurado/desejado; procura - identificação do local que contém tais referências;
diferenciação - consciência da diferença e qualidade o material pesquisado;
monitoramento - manutenção da qualidade do desenvolvimento do processo de
busca das fontes; extração - consiste em separar, somente, os materiais relevantes
para a pesquisa; verificação - é checar a precisão da informação; e finalização - são
as atividades que caracterizam a finalização do processo de busca.
Kuhthau (1991) , também, apresentou um modelo de busca da informação
dentro da perspectiva do usuário. Tal modelo apresentou oito estágios que
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Comportamento informacional humano
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Trabalho completo
complementam os estudos citados anteriormente, que são: iniciação - etapa inicial
caracterizada pela incerteza relacionada ao problema ; seleção - consciência da
necessidade de uma bagagem informacional; exploração - são os sentimentos de
dúvidas e incertezas que levam o pesquisador a explorar os espaços onde circulam
e estão as informações; formulação - enfoca um tópico especifico da tarefa a ser
solucionada ; coleção - levantamento de uma coleção sobre o assunto; e
apresentação - é a fase de satisfação.
Independente do modelo adotado, o uso da informação se configura como um
conjunto de ações que favorece as mudanças no estado de conhecimento do
usuário, bem como na sua capacidade para resolver um problema , executar uma
ação ou produzir um novo conhecimento (CHOO, 2006 apud DUARTE ; SILVA;
COSTA, 2007) . Ressaltando que, além de tais características, a busca depende
diretamente da qualidade da fonte de informação.
A Sociedade da Informação se caracteriza pela inclusão das tecnologias
de informação e comunicação no fazer bibliotecário, o que possibilita o acesso as
fontes de informação independente do suporte, formato ou meio onde esteja
armazenadas de forma rápida e eficiente. Nessa sociedade interligada por redes,
pessoas e computadores, as TIC's apresentam dimensões, tais como: "saber operar
com ferramentas conhecidas como softwares, hardwares e multimídias, manusear
os recursos tecnológicos e informacionais, pesquisar na rede", está centrado na
estrutura social existente, que envolve o processo das pessoas para se
comunicarem e desenvolverem seu posicionamento crítico, possibilitando uma
atuação de acordo com o seu contexto real , o que possibilitará formas de expressão
próprias, posicionamento de opiniões, autorias e co-autorias por meio de leituras,
pesquisas, avaliações e interações nos mais variados ambientes informacionais
(BLATTMANN ; FRAGOSO, 2003 , p. 15).
Nesses ambientes informacionais disponíveis em rede podemos
encontrar fontes especializadas nas mais variadas áreas do conhecimento
disponíveis em bibliotecas digitais, repositórios institucionais, sites, dentre outros.
Entretanto, o processo de busca e recuperação da informação de maneira rápida e
eficaz só será possível se houver um treinamento dos usuários pelos profissionais
da informação para capacitá-los a recuperar informações com qualidade, validade e
credibilidade no ambiente acadêmico e técnico-científico.
3
Contextualização da pesquisa
Para melhor entendimento das questões aqui tratadas, faz-se necessário
a caracterização do lócus da pesquisa e dos seus participantes. A pesquisa foi
realizada com 14 (quatorze) alunos do 7° período e 23 (vinte e três) alunos do 8°
período, que estudam no Curso de Biblioteconomia da UFMA, sendo 29 (vinte e
nove) mulheres e 4 (quatro) homens, dentre estes a maioria com faixa etária de 20 a
30 anos de idade.
A escolha por alunos do 7° e 8° períodos ocorreu pelo fato do primeiro
conter disciplinas específicas para a elaboração do projeto de monografia, como por
exemplo, a disciplina Seminários de Monografias, que finaliza com a elaboração do
projeto . E, o segundo por ser a fase da efetivação, finalização e apresentação da
monografia de conclusão do curso, que requer rigor metodológico. Além disso, a
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Comportamento informacional humano
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Trabalho completo
escolha se deu, também, pelo fato dos dois períodos serem os últimos cursados
onde se pressupõe que os alunos já tenham uma familiaridade com o processo de
uso e recuperação da informação, podendo evidenciar suas perspectivas e
expectativas durante suas pesquisas, bem como o que tem influenciado na sua
(des) motivação.
Percebe-se, quanto ao gênero, que a freqüência de mulheres no curso de
Biblioteconomia da UFMA continua sendo uma predominância , fato que se repete
com a mesma incidência em outros Estados. Em contrapartida, verificamos que a
quanto a faixa etária, esta diminui, visto que revendo os arquivos de dados dos
alunos ingressos deste Curso a faixa etária predominante era de mais de 30 anos.
Fato que comprava o quanto, pouco a pouco, o Curso de Biblioteconomia está
contagiando um público mais jovem.
Quando questionados sobre as disciplinas que estão cursando, pode-se
observar que a maioria dos respondentes do 70 período cursam as disciplinas do
período regular, isso é observado também com os respondentes do 8° período.
Analisando tal situação, percebe-se que existe uma regularidade destes
alunos nos períodos e cursando as respectivas disciplinas do mesmo, fato que não
ocorria a tempos atrás, visto que ao confrontar tais informações com os dados
contidos nos arquivos deste Curso verificamos uma alta incidência de alunos
irregulares, cursando disciplinas de períodos diferentes. Fato que dificultava o
processo de monografia, uma que o aluno se matriculava nesta disciplina cursando
várias outras paralelamente contribuindo negativamente para a pesquisa .
Em relação às atividades acadêmicas desenvolvidas pelos sujeitos
pesquisados pode-se observar que os alunos do 7° período participam de Projetos
de Pesquisa , Projetos de Extensão (EMAP na Comunidade), PET (Programa de
Educação Tutorial) , Estágios não obrigatório. Enquanto que os alunos do 8°
participam de Projetos de Pesquisa, Estágio Obrigatório e Trabalho.
Os Projetos de Pesquisa mencionados pelos alunos consistem naqueles
desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos e Documentação em História e das Práticas
Leitoras no Maranhão (NEDHEL) e do grupo de pesquisa sobre Epistemologia ,
Mercado de Trabalho e Movimentos Associativos.
O NEDHEL busca estudar e 'l ..] aliar os diferentes campos das Ciências
Sociais e Humanas, em especial as áreas de Biblioteconomia, História e Educação
[agregando] docentes e discentes em projetos de pesquisa, estudo e
armazenamento de documentos [...]" em torno das áreas temáticas de abrangência
do Núcleo.
Em relação as pesquisas em andamento, o núcleo
apresenta:
Ordenação e disciplina: instituições escolares e pobreza (meninos e meninas)
no maranhão oitocentista , cujo o objetivo consiste em : Descrever e analisar o ciclo
de vida de três instituições escolares do Maranhão provincial dedicadas ao
recolhimento de crianças pobres e desvalidas: Escola de Aprendizes Marinheiros,
Escola Agrícola do Cutim e Asilo de Santa Tereza . Esta pesquisa conta com a
participação de dois bolsistas e com o financiamento do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Outra pesquisa é a Presença e Circulação do Livro e da Leitura no
Maranhão oitocentista, cujo objetivo consiste em Analisar a forma e a intensidade
em que a produção literária (livros) e sua conseqüente leitura foram apropriadas pela
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Trabalho completo
população ludovicense no século XIX. Esta pesquisa está sobre a coordenação dos
professores doutores César Augusto Castro e Samuel Luis Velazquez Castellanos
conta com a participação de três bolsistas do CNPq .
Temos, também, a pesquisa Por uma teoria e uma história da Escola
Primária no Brasil: investigações comparadas sobre a escola graduada (18701950), cujo objetivo é: Desenvolver estudos histórico-comparados sobre a escola
graduada, no período entre 1870 e 1950, envolvendo diferentes estados brasileiros,
com vistas a construir uma teoria e uma história da escola primária no Brasil. Tal
estudo envolve um coordenador nacional, profa D~. Rosa Fátima de Sousa
(UNESP/Araraquara) e membros locais, profO D~ César Augusto Castro e a Profa .
D~ . Diomar das Graças Motta, além de dois bolsistas do CNPq .
E, como pesquisa concluída pelo Núcleo temos: Cartografia das Fontes
para a História da Educação no Maranhão Provincial (1835-1889), desenvolvida
sob a orientação do profO D~ César Augusto Castro, cujo o objetivo era Mapear as
leis, regulamentos e outros documentos legislativos sobre educação no Maranhão
no século XIX, com a participação de dois bolsistas do curso e financiamento do
CNPq .
Em relação aos Projetos de Extensão temos a Empresa Maranhense de
Administração Portuária (EMAP) na Comunidade, cujo o objetivo é a realização
de eventos na área Itaqui-Bacanga e no Cujupe, em Alcântara . O projeto se
estenderá ao longo de seis meses e conta com atividades de leitura e de cinema,
que integra a programação de Aniversário de 10 anos da EMAP. Assim , serão
realizadas durante o ano de 2011 e 2012 , 9 (nove) programações culturais
envolvendo leitura e cinema nos bairros: Vila Mauro Fecury, Vila Nova, São
Raimundo, Vila Bacanga , Anjo da Guarda, Vila Embratel , Sá Viana , Vila Maranhão,
Cujupe, e em Alcântara.
Quanto ao Estágio Obrigatório e não obrigatório a UFMA tem convênio
com empresas públicas e privadas, além de instituições de ensino superior, que
permitem ao aluno a vivência prática dos saberes e conhecimentos
Biblioteconômicos.
No que diz respeito ao Programa de Educação Tutorial (PET) deste curso
"foi criado em 1988 e se constitui o primeiro dos programas de tutorias da UFMA.
Em 23 anos de existência o PET qualificou cerca de 80 (oitenta) alunos. Destes
alunos vinte (25%) concluíram um curso de pós-graduação e seis ex-petianos, são
hoje docentes na UFMA." (FERREIRA, 2005 , p. 3). Tais dados demonstram a
importância desse Programa, na medida em que responde a uma necessidade da
UFMA de qualificar profissionais capazes de dar continuidade ao ensino, pesquisa e
extensão. Dessa forma, o PET de Biblioteconomia possui um projeto geral composto
por 3 (três) eixos centrais da universidade: ensino, pesquisa e extensão :
Construção da Biblioteconomia no Maranhão: análise dos aspectos sociais,
políticos e pedagógicos, com 3 (três) subprojetos de pesquisa e um projeto de
extensão : Fundamentos epistemológicos no ensino de Biblioteconomia no
Maranhão; Mercado de trabalho para os profissionais da informação (bibliotecários)
no Maranhão; Projeto de Extensão Informação e Cidadania : leitura e práticas de
pesquisa na construção de sujeitos.
Finalizando, às atividades acadêmicas desenvolvidas quando os
mencionaram no questionário o item Trabalho, era no sentido de vínculo a empresa
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�Comportamento informacional humano
Trabalho completo
pública ou privada como funcionários e exercendo cargos e funções desvinculadas
da área de Biblioteconomia. Realidade que vem se repetindo com freqüência no
nosso curso. Alunos que exercem atividades paralelas em empresas sem relação
com o ensino e aprendizagem do curso.
O Quadro 1 apresenta dados referentes a utilização do acervo da
Biblioteca Central (BC) da UFMA pelos alunos do Curso de Biblioteconomia para a
realização das suas pesquisas. Estes foram unânimes em suas respostas quando
afirmaram que utilizam sim o por meio de empréstimos domiciliares, pois é o único
acervo específico da área existente em São Luís, o que o torna de "fundamental
importância para os desenvolvimentos de suas pesquisas", porém alguns
ressaltaram a defasagem do acervo, o mau atendimento por parte dos profissionais
que ali atuam, e a dificuldade de recuperação e localização dos materiais.
Confirmando as idéias de Ferreira (2005), quando classifica as
necessidades de cada individuo como as variáveis comportamentais e as
variáveis externas , influenciam no comportamento e na motivação dos usuários do
acervo de uma biblioteca .
Quadro 1 - utilização do acervo da Biblioteca Central da UFMA
QUESTÃO 5
SUJEITO Al7
Sim
SUJEITO AI8
Sim (Devido ao acervo específico em nossa área)
SUJEITO BI7
Sim (em parte com uso de
recursos do acesso também
através da internet)
Sim
(é a minha primeira opÇao, porém
quando não encontro nada de meu
complemento
com
interesse,
pesquisas da internet)
Sim
(através de empréstimos)
Sim
(através de empréstimo e consulta
local)
Sim
(com a finalidade de aumentar o
conhecimento sobre a pesquisa)
SUJEITO BI8
Sim (Os livros da biblioteca central sao de fundamenlal
importância para ajudar nas pesquisas realizadas
SUJEITO CI7
SUJEITO DI7
SUJEITO EI7
SUJEITO FI7
SUJEITO CI8
SUJEITO DI8
SUJEITO EI8
SUJEITO FI8
Sim (os li vros de biblioteconomia que me interessa não
são fáceis de encontrar pra compra)
Não (são raras as vezes que utilizo o acervo, pois
geralmente baixo livros e artigos pela internet
Sim (alguns livros do acervo contribuem para a pesquisa,
mas ainda há muito o uso da internet.)
Sim (a biblioteca central possui acervo importantíssimo
para minhas pesquisas)
Sim (como as pesquisas que faço esla voltado na área de
Biblioteconomia então utilizo o acervo da biblioteca da
UFMA
Sim (é um dos lugares onde encontro acervo de
biblioteconomia)
SUJEITO GI7
Não
SUJEITO GI8
SUJEITO HI7
Nêo
SUJEITO HI8
SUJEITO 117
Sim
(com pouca freq Oência)
Nêo
(mais rápido o uso da internet)
SUJEITO 118
Não
(devido ao mau atendimento e
dificuldade
no
processo
de
recuperação
e
acesso
informacional)
Sim (mas, com pouca freqüência)
SUJEITO KI8
Sim (encon tra-se muita dificuldade
na localização de materiais)
Sim (no momento de desenvolver
algum trabalho seja para alguma
disciplina ou para apresentar
Irabalho em eventos, sempre
busco
consultar
primeiro
a
biblioteca).
SUJEITO MI8
SUJEITO JI7
SUJEITO Kl7
SUJEITO U7
SUJEITO Ml7
SUJEITO NI7
Sim (apesar dessa nossa área ser um pouco defasado,
ainda da pra aproveitar algo para as pesquisas
Sim (Mais pouco)
SUJEITO JI8
SUJEITO U8
Sim (livros relacionados com o tema do projeto de
monoarafia)
Sim
SUJEITO NI8
SUJEITO 018
1117
Sim (Costumo utilizar, a pesquisa bibliogréfica da
biblioteca citada porem não satisfaz as minhas
�Comportamento informacional humano
Trabalho completo
SUJEITO PI8
expectativas.
Sim
SUJEITO 018
Sim
(Principalmente na Area de Biblioteconomia)
SUJEITO RI8
Sim
SUJEITO SI8
Sim (Utilizo, porém não satisfaz as minhas necessidades)
SUJEITO TI8
Sim, utilizo livros e monografia
SUJEITO UI8
Sim (Mas o acervo é defasado, procuro mais na internet).
SUJEITO VI8
Sim (O acervo de Biblioteconomia da UFMA é o usuário
que
disponibiliza
livros
específicos
sobre
a
biblioteconomia)
Não (Falta de Conteúdo da temática Biblioterapia)
SUJEITO XI8
Fonte: Questlonano aplicado aos alunos do 70 e 80 penodos do Curso de Biblioteconomia da UFMA
Quando questionados sobre como se dar o processo de busca e
recuperação da informação na Biblioteca Central da UFMA (Quadro 2) estes
afirmaram que é pelo Sistema da Biblioteca por meio dos terminais de consultas
existentes na área do acervo dessa biblioteca, mais que a maioria das vezes este
não fornece as informações desejadas, pela falta de livros atualizados, e pelo
número de exemplares serem insuficientes para atender as demandas e
necess~adesdeseususuários .
Outros pontos destacados é que o sistema em alguns momentos se
encontra fora do ar, o acervo desorganizado o que dificulta a localização do material,
levando o usuário a ir direto na estante ou pedir ajuda ao Bibliotecário de Referência
disponível no momento.
Fato que nos reporta, novamente, a Kuhthau (1991), no seu modelo de
busca da informação dentro da perspectiva do usuário. E, questiona-se até que
ponto esses entraves prejudicam ou quebram o processo de busca da informação
de informação? Desestimulando e causando frustração , bem como demora no
processo .
Quadro 2 - Como se dar o processo de buscar e recuperação da informação no
acervo da Biblioteca Central da UFMA
OUESTA06
SUJEITO Al7
A principio o processo de busca é feito pelo
Sistema ou quando o usuário vai a
Bibliotecária que estar ali para ajudar.
SUJEITO Al8
Pontos negativos: muitas vezes o Sistema
não dar a informação desejada.
SUJEITO BI7
SUJEITO CI7
SUJEITO 0 17
Uso o terminal de consulta não encontrando
o documento procurado peço ajuda de
algum estagiário que costumam circular no
acervo, ou ainda a Bibliotecária.
Faço a busca no sistema e depois localizo o
material nas estantes.
Feito através do sistema da biblioteca
SUJEITO BI8
processo de busca as vezes utiliza o
SUJEITO CI8
SUJEITO 0 18
SUJEITO EI7
Através do sistema automatizado pontos
positivos: é mais rápido , ponto negativo:
quando o sistema fica fora do ar.
SUJEITO EI8
SUJEITO FI7
Primeiramente faça a busca no sistema,
após vai a estante onde esta localizado o
SUJEITO FI8
1118
o
terminal de consultas, mas, por ter pratica no
acervo vou direta nas estantes, o ponto
negativo seria o numero disponível de livros,
poucos para a comunidade e até mesma falta
de livros atualizados
Através do bibliotecário e do acesso geral ,
pontos positivos: acervo é grande e negativo:
falta alguns conteúdos atuais
A busca às vezes tem resultado positivo, mas
quando você vai procurar o material na
biblioteca não encontra devido ao acervo
bagunçado.
Positivos: sempre encontra alguma coisa
importante
Negativos: poucos exemplares dos mais
importantes
Eu costumo ir direto ao acervo porque desde
que entrei na ufma freqüento a biblioteca e foi
�Comportamento informacional humano
Trabalho completo
OUESTÃ06
livro, o ponto negativo é que muitas das
vezes não encontramos o livro no local
indicado o que nos faz gastar muito tempo
procurando em outras pratileiras.
SUJEITO G/7
mais fácil ate pra ver as obras novas. Alem
disso o sistema não responde bem a pesquisa
SUJEITO G/8
SUJEITO H/8
A busca é feita diretamente nas estantes
SUJEITO 1/8
O processo de busca se da através de uma
software o qual identifica a localização do livro
SUJEITO J/7
SUJEITO J/8
SUJEITO K/7
SUJEITO K/8
Sempre destino-me diretamente a estante de
biblioteconomia quando a pesquisa é da área
de biblioteconomia quando não, recorro ao
terminal de consulta
Pesquisa por meio do sistema de banco de
dados do acervo e pesquisa nas estantes
Sempre uso em primeiro lugar o computador
para a recuperação da informação que
procuro e esse é um ponto positivo, ponto
negativo é que os livros muitas das vezes não
estão no luqar que o sistema mostra.
O primeiro processo é buscar no sistema o
que pode nos interessar. Um ponto negativo é
o acervo com livros muito antiqo
SUJEITO H/7
SUJEITO 1/7
SUJEITO U7
Faço a busca utilizando os terminais de
consulta indo diretamente no acervo
No sistema de busca e direto ao acervo em
relação aos pontos negativos e positivos é a
organização do acervo que no sistema diz
que esta disponível , mas quando vai pegalo você não encontra.
Utiliza-se o sistema disponibilizado pela
biblioteca no qual se faz a busca por
assunto, titulo ou autor.
SUJEITO MI7
SUJEITO N/7
SUJEITO U8
SUJEITO M/8
O processo de recuperação dar-se por meio
do sistema ao qual é disponibilizado para os
usuários
SUJEITO N/8
SUJEITO 0/8
SUJEITO P/8
SUJEITO 0/8
Pesquisa através do sistema de automação
pelo numero da CDU. Entretanto na maioria
das vezes, a informação do sistema não
condiz com a das estantes.
Utilizo os terminais de consulta , quando
procuro um titulo em especial , ou vou
diretamente ao acervo e consulto as obras
que podem ser relevantes para minha
pesquisa
Costumo fazer a busca diretamente ao acervo
de biblioteconomia e história
SUJEITO R/8
SUJEITO S/8
Para ser sincero o sistema esta meio fora de
mora, o software precisa ser modificado.
SUJEITO T/8
Através do sistema SABI , os pontos positivos
dizem respeito que a busca pode ser feita
pelo usuário tanto no sistema , quanto no
acervo. Pontos negativos: palavras- chaves
mal colocadas, o sistema SABI tem algumas
falhas.
E dificil encontrar algo no acervo, pois o livro
aparece no terminal de consulta, mas não
esta na estante
A Busca nos terminais é boa, mas o acervo
não é bem sinalizado e os livros ficam na
maioria do tempo bagunçados nas estantes o
que dificulta a recuperação.
SUJEITO U/8
SUJEITO V/8
SUJEITO Xl8
Fonte: Questlonano aplicado aos alunos do 7° e 80 penodos do Curso de Biblioteconomia da UFMA
Quando questionados sobre quais os sites, portais, repositórios e
bibliotecas digitais (Quadro 3) que utilizam como ferramenta de pesquisa para o
desenvolvimento de seus trabalhos na área de Biblioteconomia e áreas afins, estes
listaram a utilização da SCIELO, do Portal de Periódicos da Capes, Biblioteca de
Teses e Dissertações da UFMA e da CAPES, Bibliotecas Digitais e Repositórios
Institucionais da UFMG, USP, UFSC, UnB, UFRJ, Revistas da área de
Biblioteconomia e áreas afins disponíveis na web como: Ciência da Informação,
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�Comportamento informacional humano
Trabalho completo
Datagramazero, Info Bci, Revista Brasileira de História da Educação, Google
acadêmico e sites institucionais do IBICT e da ABNT .
Esses dados mostram que os alunos do 7 0 e 80 do curso de
Biblioteconomia tem conhecimento das ferramentas de pesquisa disponíveis na web,
o que demonstra que estes dominam a utilização destas, que se tornam em nossa
sociedades imprescindíveis ao fazer do Bibliotecário em seus mais variados
ambientes de trabalho.
Quadro 3 - Sites, portais, repositórios, bibliotecas digitais utilizadas como ferramenta
de pesquisa pe Ios a Iunos do Curso de B'b!"
I loteconomla da UFMA
OU ESTÃO 7
SUJEITO Al7
Google
SUJEITO Al8
Scielo, BOTO· UFMA; portal da capes.
SUJEITO B/7
CAPES, SCIELO, Sites de bibliotecas
vi rtuais
Ulilizo as bibliotecas da UFSC, USP e
também o Google, sendo que neste
site eu só recupero os materiais
SUJEITO B/8
Google
SUJEITO C/7
SUJEITO C/8
oriundos de instituições ou autores que
conheço
Cielo, IBICT E CAPES
Sites das universidades: UFSC ,USP
dentre outros
Capes, IBICT, Cielo
Google
SUJEITO 0/8
Scielo, Site da UFMG, biblioteca digital da UFMA
SUJEITO E/8
SUJEITO F/8
Scielo, IBICT e UFMA
Não costumava fazer pesquisa na internet. Uso o
CAPES, OATAGRAMAZERO, Busco
arti~os no Goo~le
SCIELO, Google acadêmico, portal
Capes
SUJEITO G/8
dissertações da CAPES e o portal Oominio
IBICT,C NPO, UNB, USP E UFMG
SUJEITO 1/7
Scielo, ciência da informação, portal de
SUJEITO 1/8
SUJEITO J/7
periódicos e Gooole acadêmico
Cielo, IBICT
SUJEITO J/8
Datagramazero, Capes
SUJEITO Kf7
Google acadêmico, SCNBO
SUJEITO K/8
Biblioteca cenlral , Google, ibicl, scielo, repositório
da usp
SUJEITO U7
Scielo, Google acadêmico; ciência da
informação
Scielo; Revista ciência da informação.
SUJEITO U8
Ciência da informação, Capes
SUJEITO M/8
Capes; Ciência da Informação.
Scielo, capes, biblioteca
Gooale acadêmico
SUJEITO N/8
SUJEITO 0/7
SUJEITO E/7
SUJEITO F/7
Google(pesquisa avançada) e o banco de teses e
SUJEITO G/7
SUJEITO H/7
SUJEITO MI7
SUJEITO N/7
digital
e
SUJEITO H/8
SUJEITO 0 /8
O Google e através dele vou encontrando os
repositórios e as bibliotecas digitais
Scielo,
acadêmico,
SUJEITO P/8
SUJEITO 0/8
UFMA,UFMG ,UNB,UFRJ,
Google
Datagramazero
ciência
e
da
informação
Portal de periódicos da Capes e Oatagramazero
Portal da Capes, Base de dados de teses e
dissertações.
SUJEITO R/8
Scielo, Ciência da informação, Datagramazero,
Info Bci
SUJEITO S/8
Scielo, UFMA, Revista Brasileira de História da
Educação, Datagramazero, Ciência da informação
SUJEITO T/8
Transinformação; Datagramazero,
Biblioteconomia e outros
Revista
de
SUJEITO U/8
SUJEITO V/8
Portal da Capes, ABNT, Biblioteca central da
UFMA ETC ..
SUJEITO X/8
Scielo
Fonte: Questlonano aplicado aos alunos do 70 e 80 penodos do Curso de Biblioteconomia da UFMA
Sobre os autores e pesquisadores da área que os alunos mais utilizam
para o desenvolvimento das suas pesquisas e estudos forma citados: Almeida
1120
�i
;:li
S!mWrio
Comportamento informacional humano
/IbooroaIde
=
IiWitt_
:.
U-,""lIIMbs
Trabalho completo
Junior; Martins, Moraes, Alvarenga, Ortega y Gasset, Grogan, Trivino, Rostirola,
Chiavenato; Rubens Borba de Moraes, Vergueiro, Almeida , Edson Nery da Fonseca,
Emir Suaiden, Milanesi, Suzana Muller, Sueli Angélica do Amaral, Regina Fazioli,
Jonathas Carvalho, Marilena Chauí, Raganathan , Francisco das Chagas, Lena Valia,
Lancaster, Castells, Fugita , destacando que Cesar Augusto Castro e Mary Ferreira
são pesquisadores e escritores da área de Biblioteconomia e áreas afins e fazem
parte do quadro de professores do Departamento de Biblioteconomia da UFMA.
Deve-se ressaltar também que de acordo com os dados já apresentados
que os sujeitos pesquisados possuem conhecimento de autores clássicos e
contemporâneos da área de Biblioteconomia e áreas afins, o que demonstra que
estes estão sendo bem preparados pelo do Curso de Biblioteconomia da UFMA.
Sobre os autores citados que os alunos utilizam em suas pesquisas,
quanto aos títulos e período dessas publicações pode-se observar no Quadro 5 que
encontram-se entre os anos de 1999 a 2011, e os títulos mais utilizados, são:
Bibliotecas públicas, História das bibliotecas, História das bibliotecas brasileiras, A
palavra e o silencio, A missão do Bibliotecário, O serviço de referencia e assistência
aos leitores, A biblioteca universitária no contexto atual, A Historia da
Biblioteconomia Brasileira; Biblioteca e sociedade: evolução da interpretação ate
função e papeis da biblioteca ; As cinco leis de Biblioteconomia, Biblioteconomia
educação e sociedade, dentre outros
Ao serem interrogados sobre os títulos e períodos das publicações da
área de Biblioteconomia e áreas afins utilizados pelos alunos do Curso de
Biblioteconomia da UFMA em suas pesquisas e estudos, percebeu-se que as
maiores incidências foram na literatura correspondente as disciplinas dos períodos
que estão sendo cursados pelos alunos, enfatizando a literatura básica e
contemporâneas dos programas das disciplinais.
Esperávamos indicações de novas obras que fugisse das mencionadas
pelos professores, visto que o aluno deve buscar sempre mais informações para
adicionar ao conteúdo ministrado em sala de aula . Fato que comprova a limitação do
aluno, a apenas, as informações do professor, faltando o espírito de pesquisador
nos mesmos.
Em relação a como ocorre o processo de busca e recuperação dos
autores e títulos utilizados pelos alunos do Curso de Biblioteconomia da UFMA
(Quardro 4) em suas pesquisas e estudos, percebeu-se que os alunos ainda
recorrem com muita freqüência as indicações dos professores, pesquisa na
Biblioteca Central da UFMA, nos periódicos on fine , bibliotecas digitais, indicações
de professores, uso de buscadores, livros, sites,
artigos científicos, teses,
dissertaçõese no Goggfe, dentre outros. Fatos que mostram um aluno um pouco
mais autônomo e se desprendendo da indicação do professor.
Quadro 4 - Processo de busca e recuperação dos autores e títulos utilizados pelos
alunos do Curso de Biblioteconomia da UFMA em suas pesquisas e estudos
QUESTÃO 10
SUJEITO Al7
SUJEITO BI7
I
I Com uso de buscadores (quand o uso em
I SUJEITO Al8
I SUJEITO BI8
bibliotecas virtuais)
1121
I Orientação de professores; utilização
(disciplinas)
I Alravés de livros, site s e etc ...
na sala de aula
�Comportamento informacional humano
Trabalho completo
QUESTÃO 10
Por indicação de professores e pesquisa
na biblioteca
Através de sites e livros da biblioteca
central
Coloquei no sistema e procurei na
estante
Em site de busca como o Google
SUJEITO C/8
SUJEITO G/8
SUJEITO H/7
Buscas feitas em periódicos online e
Google
Através da intemet e biblioteca
SUJEITO 1/7
No contato direto ao acervo
SUJEITO 1/8
SUJEITO J/7
Geralmente por material passado pelo
professor
Se deu a partir da necessidade de
absorver meus conhecimentos dentro da
área de biblioteconomia algumas delas
de forma satisfatória outras não, sobre os
SUJEITO J/8
SUJEITO C/7
SUJEITO 0/7
SUJEITO E/7
SUJEITO F/7
SUJEITO G/7
SUJEITO KI7
SUJEITO 0/8
Atraves de artigos científicos, teses para trabalhos
acadêmicos.
SUJEITO E/8
SUJEITO F/8
Todos sao amigos de facebook e twitter suas obras
foram lidas por mim ao longo do curso Xerox deixadas
por professores e biblioleca
Livros baixados pela internet
SUJEITO H/8
SUJEITO K/8
grandes teóricos da área. A maioria em
SUJEITO U7
ambientes virtuais foi mais eficaz.
Direto ao acervo da biblioteca central;
busca no sistema pelos autores e sites.
SUJEITO U8
SUJEITO MI7
Via internet e acervo da biblioteca central
SUJEITO M/8
SUJEITO N/7
Desenvolveu-se a partir da necessidade
de estudo de disciplina por meio dos
professores e também por meio de busca
na biblioteca
SUJEITO N/8
SUJEITO 0/8
A maioria foi através das disciplinas do curso de
biblioteconomia e fazendo pesquisa na biblioteca
central
Através de pesquisa na internet
SUJEITO P/8
SUJEITO 0/8
SUJEITO R/8
SUJEITO S/8
SUJEITO T/8
Deu-se pela apresentação dos professores e pesquisas
na internet e na biblioteca.
SUJEITO U/8
Internet
SUJEITO V/8
Busca e recuperação no acervo da Biblioteca central.
Também em artigos cientificas.
SUJEITO Xl8
Leitura de livros e Elaboração de fichamenlo
Fonte: Questlonano aplicado aos alunos do 7° e 80 penodos do Curso de Biblioteconomia da UFMA
Quando interrogados sobre os motivos que levam o aluno a (Des)
motivação no processo de busca e recuperação da informação em ambientes
tradicionais ou digitais (Quadro 5) os mesmos destacaram que:
"Em ambientes digitais a busca nem sempre é satisfatória, pelo fato que a
informação não é sempre verdadeira, ou vem muita informação etc. E nos ambientes
tradicionais muitas vezes os livros e recursos não estão atualizados ou
desgastados."
"O que mais motiva é a vontade de aprender e explorar os temas e o que mais
desmotiva é em alguns casos, a falta de materiais mais recentes."
"Em bibliotecas tradicionais geralmente não encontramos os livros no sistema
disponibilizado e no digital às vezes é difícil fazer o download de alguns artigos."
1122
�Comportamento informacional humano
Trabalho completo
Confrontando com os padrões de comportamento (ELLlS, 1989; ELLlS,
COX, HALL, 1993; WILSON, 1999 apud CRESPO; CAREGNATO, 2003) e os
modelos de busca apresentado no referencial teórico, como o de Kuhthau (1991),
verifica-se, a necessidade de utilização de sites confiáveis que disponibilizem
informações fidedignas , além de enfatizar a carência da Biblioteca Central da UFMA
sobre materiais informacionais na área de Biblioteconomia , fato que se estende para
outras áreas, também .
Quadro 5 - (Des) motivação no processo de busca e recuperação da informação em
ambientes tradicionais ou digitais pelos alunos do Curso de Biblioteconomia da
UFMA em suas pesquisas e estudos
QUESTAO 11
SUJEITO Al7
Em ambientes digitais a busca nem sempre
SUJEITO Al8
é satisfatória, pelo falo que a informação não
é sempre verdadeira, ou vem muita
SUJEITO B/7
SUJEITO C/7
SUJEITO 0/7
SUJEITO E/7
SUJEITO F/7
SUJEITO G/7
SUJEITO H/7
SUJEITO 1/7
SUJEITO J/7
SUJEITO KI7
SUJEITO L/7
informação etc. E nos ambientes tradicionais
muitas vezes os livros e recursos não estão
atualizados ou desgaslados.
Em ambientes tradicionais muitas vezes
encontra-se o registro do documento na
biblioteca, mas ao desloca-se para o acervo
encontrado
o
documento
não
é
(desorganização)
O que mais motiva é a vontade de aprender
e explorar os temas e o que mais desmotiva
é em alguns casos, a falta de materiais mais
recentes .
Desmotiva: não encontrar o que estou
procurando e a leitura na tela do computador
Motiva: acervo orQanizado de fácil acesso
Motiva: quando encontro o que procuro,
desmotiva: quando não encontro o que
procuro.
Tradicional é que às vezes não encontramos
o que queremos, no digital, podemos
encontrar muitas coisas, ale o que não
queremos.
O fato de nao encontrar o documento
pertinente ao assunto buscado
SUJEITO N/7
SUJEITO B/8
SUJEITO C/8
SUJEITO 0 /8
A falta de material que
relevantes para nossa área
SUJEITO E/8
O que mais me motiva nas buscas digitais é a
rapidez e o que desmotiva no tradicional são os
poucos exemplares
As vezes vontade de ler curiosidade sobre uma
determinada temática ou um livro, necessidade de
explicar um determinado assunto mas calourar no
facebook e pesquisar no curso mesmo
Em bibliotecas tradicionais geralmenle não
encontramos os livros no sistema disponibilizado e
no digital as vezes é difícil fazer o download de
alguns artigos.
SUJEITO F/8
SUJEITO G/8
Tradicionais, a falta de terminais de consulta
que estejam em bom estado, a não
possibilidade de fazer a busca em casa , ou
de tirar duvidas fora da biblioteca. Digitais,
muito lixo eletrônico, poucos pesquisadores
que publicam em modo digital denlro da
nossa área.
Não encontro o livro que quero quando no
sistema diz Que esta disponlvel
Dificultado acesso
SUJEITO H/8
(ambiente digilal) satisfação na busca,
agilidade. No entanlo a desmotivação vem a
partir da dificuldade no acesso e atualização
do acervo e ambiente tradicional da
informação.
O que motiva é a necessidade de uma
busca, informação e o que desmotiva é a
dificuldade de recuperação no meio digital e
no tradicional constar no sistema e não
encontrar no acervo.
SUJEITO K/8
SUJEITO Ml7
trate
de
assuntos
SUJEITO 1/8
SUJEITO J/8
SUJEITO U8
SUJEITO M/8
O que motiva é a recuperação da informação
nas bases de dados, é o tempo que levo
para fazer esse processo, logo posso
recuperar de qualquer lugar que eu estiver
sem a preocupação de quando terei que
devolver.
Desmotiva por não conter muitas publicações na
área historia do livro e das bibliotecas
SUJEITO N/8
1123
Desmotiva: falta de material de livros, terminal de
consulta.
Quanto a área de biblioteconomia ainda há pouco
produção de temas relacionados a minha área de
interesse
Quando se busca uma informação que consta no
sistema, mas que não se encontra na estante.
�i
Comportamento informacional humano
S!mWrio
;:li
/IbooroaIde
:.
IiWitt_
U-,""lIIMbs
=
Trabalho completo
QUESTÃO 11
SUJEITO 0/8
A precisão da busca
SUJEITO P/8
O que mais me desmotiva alem do limitado acervo
para nossa area é o atendimento que muitas vezes
deixa a dese·ar
Desmotivação porque muitos dos assuntos que
procuro para fazer meus trabalhos acadêmicos
encontro pouco material, ou as vezes não tem
nada
SUJEITO Q/8
SUJEITO R/8
SUJEITO S/8
SUJEITO T /8
SUJEITO U/8
SUJEITO V/8
SUJEITO Xl8
Em ambos ambientes sempre temos dificuldade de
encontrar o que desejamos
A quantidade de informações que não servem para
a pesquisa, ou seja , o tempo gasto, com a procura.
A forma de Indexação de muitos documentos
ainda é feita de ora muito abrangente
O que mais me desmotiva é a grande quantidade
de lixo informacional e o que mais motiva é o
crescimento de literatura especifica sobre
sociedade da informação e Biblioteconomia.
As vezes a Falta de conteúdo
a
Fonte: Questlonano aplicado aos alunos do 7° e 8° penodos do Curso de Biblioteconomia da UFMA
4
Considerações finais
De acordo com o objetivo traçado, que foi o de analisar o que tem
influenciado a (des)motivação dos alunos do 70 e 80 períodos do Curso de
Biblioteconomia da UFMA, no processo de realização de suas pesquisas para o
desenvolvimento dos seus trabalhos em ambientes tradicionais e/ou virtuais. Podese perceber que dos 56 (cinqüenta e seis) alunos que responderam ao questionário
aplicado evidenciaram que os maiores entraves para o desenvolvimento de suas
pesquisas em ambientes tradicionais são:
a) Desatualização do acervo da Biblioteca Central da UFMA que é o
único acervo existente na área em São Luís-MA;
b) O nO de exemplares e títulos insuficientes;
c) O sistema da Biblioteca Central sai muito do ar, o acervo é
desorganizado o que dificulta a localização do material, levando o
usuário a ir direto na estante ou pedir ajuda ao Bibliotecário de
Referência.
No caso dos pontos positivos observados durante a pesquisa foram que:
a) Os pesquisados possuem conhecimento de autores clássicos e
contemporâneos da área de Biblioteconomia e áreas afins, o que
demonstra que estes estão sendo bem preparados pelo do Curso de
Biblioteconomia da UFMA;
b) Os pesquisados utilizam como ferramenta de pesquisa para o
desenvolvimento de seus trabalhos na área de Biblioteconomia e
áreas afins, estes listaram a utilização da SCIELO, do Portal de
Periódicos da Capes, Biblioteca de Teses e Dissertações da UFMA e
da CAPES, Bibliotecas Digitais e Repositórios Institucionais da
1124
�i
Comportamento informacional humano
S!mWrio
;:li
/IbooroaIde
:.
IiWitt_
U-,""lIIMbs
=
Trabalho completo
UFMG, USP, UFSC, UnB, UFRJ, Revistas da área de Biblioteconomia
e áreas afins disponíveis na web como: Ciência da Informação,
Datagramazero, Info Bci , Revista Brasileira de História da Educação,
Google acadêmico e sites institucionais do IBICT e da ABNT;
c) Os alunos ainda recorrem com muita freqüência as indicações dos
professores, pesquisa na Biblioteca Central da UFMA, nos periódicos
on fine e no Goggle, dentre outros. Fatos que mostram um aluno um
pouco mais autônomo e se desprendendo da indicação do professor.
d)
que mais (des) motiva o aluno no processo de pesquisa "Em
ambientes digitais a busca nem sempre é satisfatória, pelo fato que a
informação não é sempre verdadeira, ou vem muita informação etc. E
nos ambientes tradicionais muitas vezes os livros e recursos não
estão atualizados ou estão desgastados." "A precisão da busca".
°
Referências
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bibliotecas e na internet. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
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v.10,
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LAUDON , Kenneth C.; LAUDON , Jane Price. Gerenciamento de Sistemas de
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1125
�i
;:li
S!mWrio
Comportamento informacional humano
/IbooroaIde
=
IiWitt_
:.
U-,""lIIMbs
Trabalho completo
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organizações e métodos:
uma abordagem gerencial. 13. ed . São Paulo, 2002.
VERGUEIRO, Waldomiro. Censura e seleção de materiais em bibliotecas o
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Informação, Brasília , v.16, n.1, p.21-6 , jan./jun. 1987.
1126
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
SNBU - Edição: 17 - Ano: 2012 (UFRGS - Gramado/RS)
Subject
The topic of the resource
Biblioteconomia
Documentação
Ciência da Informação
Bibliotecas Universitárias
Description
An account of the resource
Tema: A biblioteca universitária como laboratório na sociedade da informação.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
SNBU - Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFRGS
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2012
Language
A language of the resource
Português
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Gramado (Rio Grande do Sul)
Event
A non-persistent, time-based occurrence. Metadata for an event provides descriptive information that is the basis for discovery of the purpose, location, duration, and responsible agents associated with an event. Examples include an exhibition, webcast, conference, workshop, open day, performance, battle, trial, wedding, tea party, conflagration.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Sistema de Bibliotecas da UFRGS e Programa Incluir UFRGS: o olhar discente sobre esta parceria inclusiva.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Giacumuzzi, Gabriela da Silva
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Gramado (Rio Grande do Sul)
Publisher
An entity responsible for making the resource available
UFRGS
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2012
Type
The nature or genre of the resource
Evento
Description
An account of the resource
Este artigo apresenta a perspectiva do discente com limitação no ambiente da biblioteca universitária. Indicando, pela análise de entrevistas, a perspectiva discente sobre a parceria entre o Programa Incluir e o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a atuação desses serviços na universidade. Demonstra que a acessibilidade na biblioteca contribui para a formação pedagógica do aluno e na inclusão social no ambiente acadêmico. Ressalta a acessibilidade atitudinal no atendimento aos usuários com limitação, portanto o acesso à informação deve ser um serviço prestado de forma acessível pelas bibliotecas universitárias. Conclui que as bibliotecas universitárias devem estabelecer parcerias com os demais setores da universidade onde está inserida, para melhorar seus serviços aos usuários.
Language
A language of the resource
pt